sábado, 21 de março de 2009

10 - Os Vazios


Os Vazios(Hollow One)

"A dança da morte é uma celebração da vida para aqueles que sabem os passos "

Uma piada para uns, um incômodo para outros. Os Vazios fazem companhia para os Adeptos da Virtualidade na Galeria da Infâmia do Conselho. As semelhanças não acabam por aí; os dois grupos são produtos da era moderna, de um mundo à beira do inferno. Ambos abraçam uma subcultura que tanto glorifica quanto ridiculariza o mundo, e ambos carregam a luz da mudança futura com seus dedos médios levantados. Mas enquanto os Adeptos carregam lâmpadas de néon para iluminar o caminho do Conselho, Os Vazios carregam sus candelabro no escuro.

Filosofia: Sua religião me faz vomitar. Sua iluminação me faz rir. Acorde e veja o mundo como ele é - agonizante. Um ótimo show, eu acho, e bom para se dar algumas risadas, mas se você acha nós vamos salvá-lo com algumas "Ave Maria" habilmente colocadas, eu tenho um terreno na lua para vender.

Estilo: A mágika dos Vazios é eclética - um pouco de bruxaria, um outro tanto espiritualismo vitoriano. um salpico de Crowley, uma pitada de vudu trivial; adicione o rock gótico para dar sabor, misture rapidamente e coloque tudo num caldeirão para cozinhar. Apesar dos Sombrios procurarem avidamente por novas maneiras de canalizar sua Arte, eles retiram seu verdadeiro poder do interior.

Esfera: Qualquer uma, embora eles tenham que pagar o preço integral por todas as Esferas devido à sua abordagem genética e aleatória e à falta de tutoria.

Focos Comuns: A maioria canaliza sua Arte através do "ocultismo de shopping center" - bijuteria barata, "grimórios" comerciais, parafernália vendida pelo correio e truques de mágika.

Organização: Informal; rodas muito unidas formam uma rede de comunicações ligadas através de amizades, casas noturnas, linhas de bate-papo, e do bom e velho correio. Embora "reis" e "rainhas" sejam escolhidos ocasionalmente, estes títulos são no mínimo sardônicos. Os líderes locais de rodas promovem festas enormes (ou "sabás") todo Dia das Bruxas, com bandas tocando ao vivo e rituais semi-sérios. Muitos seres sobrenaturais, principalmente vampiros, participam.

Iniciação: A maioria dos iniciados acabam participando de algum bate-papo via rede, onde são testados por seus futuros mentores. Aqueles que reagem favoravelmente recebem teorias e quebra-cabeças mágikos projetados para provocar o Despertar. Outros Despertam espontaneamente e se associam a pessoas com filosofias semelhantes. Os Adeptos da Virtualidade não têm nada contra os Órfãos; é assim que muitos deles começam.

Acólitos: Membros de gangues, fugitivos, proprietários de clubes noturnos, bandas góticas.
Conceitos: Ocultista, músico, poeta trágico, freqüentador de clubes.

9 - Adeptos da Virtualidade


Adeptos da Virtualidade(Virtual Adepts)

"Você chama isso de realidade?Deixe-me mostrar-lhe outra - Realidade 2.0, se você preferir.Mais limpa, mais segura, mais democrática ecompletamente aberta para a expansão criativa.Qual delas você prefere? "

Completamente rebeldes, estes anarquistas futuristas se recusam a herdar o mundo como ele é. Como acontece com o Culto do Êxtase, a Arte dos Adeptos transcende as barreiras, contornando-as. Entretanto, em vez de alterarem a consciência à maneira antiga, os Adeptos da Realidade valorizam a tecnologia, a metafísica e a anarquia. Seu feito mais importante é a realidade virtual, e nenhum grupo compreendem seus segredos como eles.

Filosofia: Dizer-me que algo não pode ou não deve ser feito apenas me deixa com vontade e provar que está errado. E eu vou provar. Nós temos caminhos e perícias que você nem é capaz de imaginar; nenhuma porta fica fechada para nós por muito tempo. Nós somos o futuro. A carne está morrendo e nós somos o próximo passo. O mundo que nós conhecemos é tão real quanto - e muito mais puro que - esta bola de lama e de decomposição que vocês estão tentando salvar. A Ascensão baseia-se em novas idéias, e não nas velhas, cobertas de pó.

Estilo: Curiosidades matemáticas e metafísica formam a Arte desta Tradição. Para eles toda a realidade é informação. Alterando esta informação você pode mudar o mundo. Como a maioria das outras Tradições, os Adeptos tem sua teoria preferida sobre a "10º Esfera", que para eles é o Paradigma, o elemento da realidade conceitual. A maioria dos Adeptos usam sua tecnomágika arcana através de computadores avançados chamados de unidades Ternárias. Enquanto a maioria dos sistema opera com "sim" ou "não", os consoles Ternários entendem o "talvez".

Esfera: Correspondência

Focos Comuns: Computadores, equipamentos de realidade virtual, armas, produtos cibernéticos, ligações de rede, invenções.

Organização: Extremamente democráticos; o status provém "elitização", uma mistura semi-séria de frieza, realizações, inteligência e força de vontade. Eles se reúnem em massa duas vezes por ano, embora muito deles realizem reuniões menores. A maioria dos Adeptos têm um 'eu' on-line (que inclui até um ícone de realidade virtual) que se assemelha apenas superficialmente com aos seus 'eus' mortais; estes ícones são a única maneira pela qual muito deles se comunicam. Apesar da maioria dos Adeptos interagir apenas via Rede, na realidade existem algumas facções (conhecidas sarcasticamente como "legiões"). Algumas, como Cyberpunks, encaixam-se em estereótipos óbvios, enquanto outros, como os Hackers da Realidade, trabalham num nível mais metafísico. Como eles raramente se encontram ao vivo, os Adeptos têm uma longa história de comportamentos insultuosos. A disputas são resolvidas através de "guerra de ofensas", um tipo de certame de realidade virtual que se baseia no raciocínio e na imaginação.

Facções: Cyberpunks, que abraçam a atitude niilista e apocalíptica de que o futuro está mais negro, sujo e desprezível; Cypherpunks, que adoram reunir informações aleatórias, dados esotéricos e segredos escondidos, distribuindo-os para todo mundo, depois; Caóticos, que usam a Entropia para estudar sistemas extremamente complexos e caóticos; Hackers da Realidade, que acreditam que o universo desfruta de uma ordem implícita; Nexploradores, que estão mais preocupados em melhor o mundo atual.

Iniciação: A maioria dos iniciados acabam participando de algum bate-papo via rede, onde são testados por seus futuros mentores. Aqueles que reagem favoravelmente recebem teorias e quebra-cabeças mágikos projetados para provocar o Despertar. Outros Despertam espontaneamente e se associam a pessoas com filosofias semelhantes. Os Adeptos da Virtualidade não têm nada contra os Órfãos; é assim que muitos deles começam.

Acólitos: Fãs de cyberpunk, músicos, gênios da computação, anarquistas, escritores.

Conceitos: Hacker, revolucionário, artista, punk, explorador da rede, matafísico.

sexta-feira, 20 de março de 2009

8 - Verbena


Verbena(Verbena)

"Me chame de cadela imunda - eu sou isso e muito mais.Mas eu posso me olhar para o espelho e dizer que vivi. Você pode com suas ilusões de conforto dizer o mesmo? "

A vida não foi feita para ser estéril e segura; as paixões que tanta gente teme são o que mantém nossa raça viva. Os Verbena arregaçam as mangas e encaram os prazeres e brutalidades da vida com determinação. Esses feiticeiros primordiais conhecem o poder destas paixões - e o quanto custa aceitá-las.

Filosofia: Não pense nem por um segundo que a pulsação do mundo foi silenciada. Nós a ouvimos o tempo todo; é nossa música e nossa lei. Somos os criados do Destinos. e aceitamos tudo que a vida nos oferece - mesmo que às vezes seja doloroso - e mergulhamos entusiasticamente em sua essência. Se nossas maneiras os assustam, talvez devessem perguntar a si mesmo por que - é a nossa paixão que o assusta ou a sua?

Estilo: Os laços desta Tradição com a natureza são evidentes em sua mágika; suas Artes privilegiam a metamorfose, a cura, a percepção e a força. Como os Eutanatos, os Verbena conhecem os caminhos do Destino e medem os ciclos de existência. Muitos dos equipamentos clássicos dos bruxos dos mesmos vêm do estilo dos Verbena e refletem a afinidade dos mesmos às necessidades básicas.

Esfera: Vida

Focos Comuns: Ferramentas ritualísticas, incenso, ervas, caldeirões, dança, sexo, sangue, runas, suplícios, canto.

Organização: Agregações, freqüentemente em número de treze, nove, sete ou três, representam a base da Tradição. A maioria dos Verbena é social - o grupo tem um significado místiko - e baseia-se na família sempre que possível. Tanto as mulheres quanto os homens têm papeis importantes no grupo, embora as mulheres dominem muitas agregações. Reuniões enormes são realizadas oito vezes por ano - os quatro equinócios, Candelária (2 de Fev.), Beltane (1 de Maio), Lammas 91 de Agosto - festa da colheita) e Samhaine (31 de Out.). As disputas são com freqüência decididas por meio de voto, mas muitas vezes envolvem testes ou até mesmo combates.

Facções: Jardineiros da Árvore, que tentam manter os antigos caminhos vivos e puros; Alteradores do Destino, que seguem antigas canções desconhecidas pelos outros Verbena; Seguidores da Lua, que são viajantes e exploradores, que saúdam novos caminhos; Tecelões da Vida, que vivem afastados, ignoram os velhos ritos e fazem tudo crescer conforme passam.

Iniciação: Todos os iniciados devem passar por uma morte e um renascimento. Depois de estudar e se submeter aos testes, o futuro Verbena entra no ciclo e passa por alguma de ordálio (muitas vezes ilusórios, às vezes não). Quando a agregação está convencida de que ele tem o espírito e a dedicação necessárias, eles convocam os elementos como testemunhas. A maioria dos Verbena permanece leal até a morte. Esta Tradição não têm lugar para Órfãos. Se eles não forem capazes de demonstrar sua dedicação no aprendizado das Artes ancestrais, eles serão um fardo e um desperdício.

Acólitos: Pagãos, povos rústicos, ambientalistas, radicais.

Conceitos: Bruxo, druida, xamã, curandeiro, entalhador de runas, metamorfo, ativista, artista.

7 - Filhos do Éter


Filhos do Éter(Sons of Ether)

"A verdadeira Ciência não vem de laboratórios estéreise sim da centelha de imaginação!"

Uma ciência esquisita! Sonhos de um Amanhã Melhor! Utopia! Todos esse slogans podem ser aplicados aos Filhos do Éter, a Tradição mais esperançosa do Conselho. Às vezes vítimas da descrença, raramente entendidos e na maioria das vezes menosprezados pelas outras Tradições (e freqüentemente usados como bode expiatório da Tecnocracia), os exageradamente otimistas Filhos do Éter representam a esperança e a admiração que são muitas vezes esquecidas no mundo atual.

Filosofia: Criação, a centelha da imaginação, é o caminho para o Despertar; até os Adormecidos compartilham esta emoção. As visões íntimas que nos guiam à invenção e à criação nos levarão ao futuro. A Tecnocracia falhará porque falta-lhe inspiração e ela não oferece nenhum futuro. Nós sim.

Estilo: Eles não são magos, e sim Cientistas! Por causa de seu ponto de vista, eles dependem muito de seus focos "científicos": invenções malucas, procedimentos estranhos ou físicas arcana. Suas engenhocas combinam com freqüência o senso de prodígio dos Adormecidos com feitiçaria científica e pode tanto ser tremendamente vulgar quanto marginalmente coincidente. Os Filhos do Éter mais avançados aprendem a superar a necessidade por suas invenções, mas muitos deles preferem seus aparelhos estranhos à mágika pura, mesmo quando não estão de acordo.

Esfera: Matéria

Focos Comuns: Invenções, eletricidade, óculos de Éter, produtos químicos estranhos, energia eólica/hidráulica/solar, medidores, experimentos, armas,veículos.

Organização: Os Filhos do Éter estão )alguns diriam irremediavelmente) ligados ao modelo dos clube Vitorianos estabelecido na época dos Engenheiros Eletrodinâmicos. Os níveis hierárquicos são razoavelmente formais, e se baseiam nas realizações científicas e no know-how. Muitos Filhos do Éter trabalham sozinhos, e no encalço de suas teorias preferidas ou pesquisando aquelas que foram rejeitadas há muito tempo. Rivalidades de egolatria são comuns e muitas vezes resolvidas através de batalhas científicas em algum Reino selvagem. Esses visionários comunicam-se muito através do periódico Paradigma, que funciona como um fórum para o desenvolvimento Científico quanto para debates políticos. Embora sejam chamados de Filhos do Éter, muitas cientistas - que não gostam da conduta vitoriana de seus colegas - fazem parte desta Tradição.

Facções: Eternautas, que pesquisam o cosmos em busca de novidades; Utópicos, que desejam construir um amanhã melhor, usando a ciência; Cibernautas cruzam a Teia Digital e à transformam à sua vontade; Progressistas desejam modernizar a Tradição; “Cientistas Loucos” criam objetos perigosos com objetivos discutíveis.

Iniciação: A maioria dos Filhos do Éter tendem a vir de ambientes acadêmicos, embora os prodígios Científicos sejam bem-vindos. Uma cópia do Kiatab al Alcir é "oferecida" aos candidatos em perspectiva, e suas observações são estudadas. Dizem que o próprio tratado é capaz de provocar o Despertar. Em seguida, o possível candidato em perspectiva é convidado a comparecer a um fórum informal com os Filhos do Éter para discutir assuntos relativos à Ciência - o que servirá para testar o conhecimento do candidato e avaliar a sua imaginação, tão necessário para o avanço científico.

Acólitos: Inventores excêntricos, mecânicos, golens, robôs, fãs de ficção científica.

Conceitos: Cientista maluco, inventor, eternáuta, herói de ficção, explorador destemido, erudito cavalheiresco.

quinta-feira, 19 de março de 2009

6 - Ordem de Hermes


A Ordem de Hermes(Order of Hermes)

"Eu falo a língua secreta.Eu conheço o significado dos números.Eu percebo verdades mais sutisque suas mentes simplórias seriam incapazes de alcançar."

Todas as Tradições afirmam ter uma história grandiosa que vem desde os tempos imemoriais, mais poucas podem se vangloriar de uma vida tão rica e significativa quanto a Ordem de Hermes. Herdeiros - ou sobreviventes - das ilustres Casas Herméticas da Alta Idade Mítica européia, estes magos altivos resumem a imagem do feiticeiro clássico: curvado sobre escrituras arcanas, eles traduzem numerologias esotéricas e conjeturam quais seriam as chaves arcanas do universo.

Filosofia: Nosso ensinamentos são profundos e complexos demais para os imbecis compreenderem. Portanto, precisamos escondê-los atrás de metáforas e ensiná-los através de analogias. Apesar de ainda ser nossa obrigação guiar os Adormecidos (e as outras tradições) para a Ascensão, as verdades que sabemos são tão poderosas que somente os magi sábios podem recebê-las livremente.

Estilo: Os magos Herméticos são eruditos rematados que estudam doutrinas antigas e preservam verdades veneradas. A Ordem deleita-se com seu sigilo e utiliza uma linguagem secreta para seus trabalhos mágicos. A mágika Hermética provoca mudanças no fluxo elemental através de rituais de encantamento, símbolos, selos, nomes secretos, e outras parafernálias clássicas. Esta mágika é complexa e difícil de usar, mas apresenta resultados poderosos.

Esfera: Forças

Focos Comuns: Círculos e chancelas, linguagens e números, gemas e joias, rituais elaborados, pentagramas, fórmulas, objetos cerimoniais.

Organização: A Ordem de Hermes baseia-se na hierarquia e na disciplina para manter seu sigilo. Extremamente formal, esta Tradição tem regulamentos rigidamente codificado sobre comportamentos, ensinamentos, e formas de tratamento adequados. Sob a proteção da Ordem, as diversas Casas ainda existem como facções dentro da Ordem, um fato desconhecido da maioria dos magos das outras Tradições. Apesar de as mais poderosas - Tytalus, Ex Miscllanea, Quaesitor, Bonisagus e Flambeau - datarem da Idade Mítica, as novas Casas (Janissary, Thig, Shaea e Fortunae) crescerem desde que o Conselho foi criado.
Facções: Casa Bonisagus, que mantém vivas as bases da erudição e do conhecimento acadêmico do fundador da Ordem; a Casa Ex Miscelanea ou “casa da desarmonia”, que é composta por necromantes, espiritualistas, pesquisadores de fadas, naturalistas, metafísicos, artesãos, artífices e muitos outros; a Casa Flambeau, formada por estudantes de origem moura ou espanhola; a Casa Fortunae, que se preocupa com numerologia, aleatoriedade e espólios de jogos de azar; a Casa Janissari, que vigia os demais magos; a Casa Quesitor que é composta de juízes dos magos; a Casa Shaea, que pesquisa antigos enigmas egípcios; a Casa Solificati, que é composta por alquimistas; a Casa Thig, que mistura tecnologia com magia, e a Casa Tytalus, que enfatiza o crescimento por meio do conflito.

Iniciação: Os novatos vêm com freqüência do meio acadêmico, onde estudantes promissores são selecionados e testados rigorosamente, às vezes durante anos. Os novatos aprendizes são mandados para Capelas Escolas, e deixados aos cuidados de seus Mestres para um longo aprendizado. A iniciação pe extremamente formal e ritualística, e acontece em datas determinadas por conjunções astrológicas. Algumas mais significativas que outras devido ao alinhamento astrológico de determinado ano.

Acólitos: matemáticos, membros de organizações secretas (CIA, ordens místicas, O Arcano), cientistas, eruditos, editores.

Conceitos: Escolástico, astrólogo, alquimista, lingüista, mágico.

quarta-feira, 18 de março de 2009

5 - Eutanatos


Eutanatos(Euthanatos)

"Porque você se agarra tão firme em si mesmo?Isto é apenas uma casca, e as cascas se quebram.seu espírito é que é o imortal verdadeiro."

Nós começamos a morrer desde o momento em que nascemos. Vagarosamente, dolorosamente, alegremente, nós nos reunificamos ao Grande Desfazer que nos destrói, apaga nossa individualidade e nos manda de volta, quem sabe, para uma outra viagem. A idéia aterroriza a maioria dos ocidentais. O medo explica a má reputação dos Eutanatos.Embora os Eutanatos glorifiquem a morte, a "morte breve" (ágama) de sua iniciação deixa suas marcas nele. A maioria dos magos acusam esta Tradição de assassinato, tortura, genocídio, necromancia, vampirismo e outros horrores. Há muitos enganos - e algumas verdades - por trás desses boatos.

Filosofia: As coisas se quebram. A noite cai sobre o dia. Todos morrem, até mesmo nós. A Roda não chora por ninguém. Mas amanhã sempre volta. Isto é parte do trado. Tudo recomeça outra vez. Como você pode duvidar que isso seja natural? A morte é apenas um breve sono. Nós estamos apenas tentando acordar os Adormecidos antes que seja tarde demais.

Estilo: A magia dos Eutanatos vem da sua harmonia com o Grande Ciclo, ou Roda, que eles personificam em uma infinidade de divindades do nascimento e da morte (Kali, Perséfone e o Barão Samedi são os mais comuns). Muitos utilizam este ciclo entrando num transe suave ou focalizado sua vontade através de cartas, dedos ou outros objetos para tirar a sorte. Alguns Eutanatos modernos usam símbolos da mortalidade - ossos, crânios, a terra de cemitérios, etc - enquanto outros trabalham usando armas purificadas.

Esfera: Entropia

Focos Comuns: Dança, dados, cartas, armas, ossos, incenso, canto, velas, meditação.

Organização: razoavelmente, liberais e democráticos; a sua maioria dos Marabus (Capelas) tem autonomia e decide toda sua política internamente. As reuniões são realizadas no primeiro dia de cada mês. Dizem que um grupo exclusivo, a Lâmina da Liberdade, fiscaliza a Tradição à procura de sinais Nefândicos e supostamente obedecem à misteriosa Consangüinidade de Alegria Eterna. Outra facção, a Faixa Branca, administra as necessidades dos Adormecidos que podem ser salvos.
Os líderes Eutanatos são chamados de Paramagurus ou Acarya (Mentores). As facções são: Natatapas, que se concentram na Índia e sabem de Hinduísmo e Budismo; Madzimbabwe que lidam com espiritualidade e cura e vieram da África; Pomegranate Deme, que estuda os mistérios de Perséfone e o Mundo Inferior grego; Auxiliadores, que são magos de origem celta; Lhakmistas ou “seguidores da sorte”, que são atraídos pela teoria da probabilidade e da incerteza quântica; Cálice Dourado, que reúne assassinos políticos; Cavaleiros de Radamantis, que dominam a Entropia e técnicas aterrorizantes de combate; e Albireo, que é o grupo mais importante dessa Tradição, entre outros.

Iniciação: Todos os novos membros precisam passar pela agama ("morte curta"), uma experiência próxima a morte que os leva ao Mundo Inferior por um momento para se sentir a mortalidade e sabedoria do Grande Desfazer. Lá, os iniciados decidem se querem ficar ou voltar para se juntar a Tradição.

Acólitos: Ocultistas, ativistas que defendem a eutanásia, médicos e enfermeiras, detetives.

Conceitos: Assassino, vigilante, funcionário na área de saúde, sacerdotisa, itinerante.

“Nova vida, novas oportunidades – isso é belo e milagroso. Mas não pode existir nada novo se o velho não partir. Não existe vida sem morte; esse é o grande segredo: o segredo da mudança”

domingo, 15 de março de 2009

4 - Os Oradores dos Sonhos


Os Oradores dos Sonhos(Dream Speakers)

"Eu caminho por onde o sonho é real.Eu danço de acordo com a pulsação do Mundo.Eu sou Uno com a natureza - o lobo, o urso, a coruja.Seu mundo é cego, seu espírito está agonizando. Venha comigo para o coração da naturezaCompartilhe nossos Sonhos, e você viverá"

Criada antes do próprio tempo, esta Tradição primordial é responsável pelos despojados, por aqueles cujas culturas foram subvertidas como a própria terra. Estes xamãs unidos pelos laços da conveniência, encontraram um objetivo comum no destino da paisagem espiritual - um destino que seu próprio povo entende. Algumas tradições lutam contra os Tecnocratas por idealismo. Para os Oradores dos Sonhos, a luta é pessoal.O povo desta Tradição enfrentou muitas dificuldades. Suas terras foram usurpadas e depredadas durante a Era das explorações.

Filosofia: Esse vazio que vocês chamam de "mundo real" é apenas um fantasma, um sussurro passageiro dos espíritos. Nós conhecemos a Terra pelo que e Ela é feita - uma mãe cujas crianças ficaram orgulhosas demais. Alguém precisa cuidar Dela, e esta é a nossa tarefa. Nós procuramos o caminho por trás daquilo que vocês chamam de sonhos, pois a sabedoria do nosso povo é anterior às suas máquinas maravilhosas e sobreviverá após elas terem desaparecido.

Estilo: Os Oradores dos Sonhos acreditam que sua Arte provém inteiramente dos Sonhadores, ou espíritos; portanto, seus focos convocam esses espíritos e preparam a mente para conversar com eles. Suas Artes são as mais vigorosas nas terras onde o paradigma Tecnicista ainda não criou raízes; as selvas da América do Sul e da África, as áreas selvagens da Sibéria, o Interior da Ásia e da Austrália. No mundo moderno, onde a película resiste firme, sua mágika perde a força.

Esfera: Espírito

Focos Comuns: Ossos, penas, danças, música e canto, provações, orações, imagens, drogas naturais.

Organização: Pouco restritiva; os Oradores dos Sonhos são nômades e solitários. Outros reivindicam determinadas áreas como seus protetorados e aliam-se a licantropos para defendê-las. Os níveis hierárquicos, baseiam-se no respeito e em votos ocasionais, e não em títulos ou em poder. As vezes, as rivalidades tribais recomeçam, e outros Oradores dos Sonhos têm de intervir para acabar com a disputa. A Tradição convoca reuniões no solstício de verão e em épocas difíceis para trocar notícias e inuições, decidir disputas e festejar.
Existem muitas facções nessa Tradição, sendo que as principais são: Guardiões do Fogo Sagrado, que são os que mais guardam as culturas nativas; Solitários, que são meio eremitas; a Sociedade da Roda Fantasma, onde os tecno-xamãs tentam aliar tecnologia com xamanismo; a Sociedade da Lança Vermelha é formada por extremistas guerreiros; e os Baruti são contadores de lendas, que mantém a tradição oral viva.

Iniciação: A iniciação é, de muitas formas, o auge da Trilha do Orador dos Sonhos. Os espíritos escolhem a maioria dos xamãs - aqueles que buscam este sentido raramente consegue alcança-lo. Os Oradores dos Sonhos que estão a beira de Despertar muitas vezes parece instáveis; eles vêem imagens passageiras da Umbra e têm visões da verdade escondida. A iniciação muitas vezes é pessoal - alguém vai, ou é levado, numa busca visionária onde enfrenta privações reais e espirituais. Muitas vezes, ele morre e renasce. Às vezes, outros xamãs observam o recém-chegado, mas a busca visionária normalmente é suportada sozinho. Quando ela acaba, o Avatar normalmente torna a forma de algum espírito patrono - geralmente um animal que tem algum significado para o mago - guiando-o para junto de seus semelhantes.

Acólitos: Garou, xamãs, neo-xamãs, ativistas nativos.

Conceitos: Xamã, eremita, ecologista visionário, guerreiro.

sábado, 14 de março de 2009

3 - Culto do Êxtase


O Culto do Êxtase(Cult of Ecstasy)

"Se você não consegue ver além do seu nariz, você só pode culpar a si mesmo. Jogue fora suas obrigações e descubra quão longe você pode ver.Isso parece mesquinho ou vulgar?Ótimo pelo menos você saberá que eu vivi quando chegar a hora da morte."

A maioria das Tradições consideram os Cultistas do Êxtase uns derrotados com os olhos cheios de estrelas e a cabeça cheia de drogas. Por tanto, eles não percebem o método por trás da loucura aparente do Culto: somente transcendendo os limites - sociais, teológicos, e até mesmo temporais - podemos realmente ir além das nossas barreiras internas. Outros magos não vêem com bons olhos os assim chamados "vícios" dos Mestres do Tempo, mas os próprios Extáticos percebem que sexo, dança e drogas são caminhos tradicionais, ainda que arriscados, para a transcendência.

Filosofia: Harmonize-se com o canto dentro de você. Estique seus dedos além das grandes jaulas de sua jaula particular, e eleve-se acima dos limites. Tudo é possível! A vida é um presente, e a maioria dos pobres coitados nunca passa do papel de presente.

Estilo: A mágika do Culto tem origem na tentativa de evitar as limitações tanto interiores quanto exteriores. A partir do momento em que se acredita num determinado conjunto de regras, eles dizem, você deve violá-las para dar um passo adiante em sua iluminação. Esse credo rebelde permite que os magos Extáticos avancem rápida e espetacularmente, embora o Paradoxo abata os descuidados. Suas Artes normalmente envolve percepção (e a distorção da mesma) através da libertação das paixões sagradas.

Esfera: Tempo

Focos Comuns: Dança, música, sexo e sensualidade, drogas (normalmente naturais, não as fabricadas pelo homem), incenso, velas, arte.

Organização: Nômades e anarquistas, os Cultistas do Êxtase vagam pelo mundo à procura de novas emoções e novos adeptos. Shows, reuniões tribais e festivais são os pontos de encontro mais comuns. Os níveis hierárquicos são uma coisa informal; o status é baseado no respeito mútuo. Grandes reuniões são uma coisa incomum e tratam de assuntos muito sérios. Embora sejam classificados como irresponsáveis, os magos Extáticos são perfeitamente razoáveis quanto a comparecer a encontros de Capela - desde que haja razão para isso.
Os Cultistas possuem divisões: Aghoris são da Índia e usam mutilação, dor e destruição como ferramenta pra transcender o corpo mortal. No Ocidente, alguns deles criaram Clubes do Inferno (Acharnes). Os Hagalaz são um grupo violento de guerreiros, magos de runas e trapaceiros nórdicos. Os Seguidores de Pã se entregam a rituais de sexo, bebidas, debate e poesia inspirada nas Musas. A Sociedade Dissonante é um pequeno grupo que ensina a responsabilidade e a ética pessoal como pedra angular da sociedade anárquica. Os Taoístas da K’an Lu praticam a paixão extrema e o prazer físico. Os Clubwerks são Cultistas que misturam à consciência coletiva dos clubes noturnos e shows.

Iniciação: Os candidatos prováveis normalmente recebem uma chance de iluminação, qualquer coisa desde uma busca visionária alucinógena até um longa caminhada ou um trabalho de caridade. Sua reação é observada posteriormente, e os visionários Despertos são convidados a se juntarem ao Culto. Os recrutas são escolhidos de acordo com seu compromisso, princípios e muitas vezes o talento ou a aparência.

Acólitos: Tietes, artistas, pessoas em busca de emoções, hippies, etc.

Conceitos: Músico, dançarino, doidão, medievalista, vagabundo, aborígine moderno, etc.

“Você sempre esteve encalhado na realidade. Quando canta, toca ou algo assim, deixando para trás o lugar onde está e permitindo que tudo aconteça, não é a melhor coisa que já fez? É disso que trata esse treinamento”

quarta-feira, 11 de março de 2009

2 - O Coro Celestial


O Coro Celestial(Celestial Chorus)

"Olhe dentro de si mesmo e veja a centelha ardente do Uno, e deixe-a explodir num canto!Nós somos muitos, mas estamos em conjunto.Ouça sempre o canto daqueles que estão ao seu redor, e nunca se esqueça do Uno, nossa origem e nosso destino"

As tradições são mal compreendidas umas pelas outras, mas poucas são vistas com tanta antipatia quanto Coro Celestial. É verdade que os Coristas são pública e desavergonhadamente reli-giocêntricos, mas seu ideal ardoroso de Ascensão tem deixado um gosto amargo na boca das outras Tradições. No entanto, existe muito mais nesta Tradição do que seus detratores estão dispostos a perceber.O Coro Celestial não é uma religião, e sim uma meta-religião, destinada a englobar todos os sistemas de crenças. Seus seguidores típicos vêm das Tradições monoteístas ocidentais, mas seria ingênuo concluir que todo Corista é Cristão. Mesmo assim, os membros desta Tradição têm uma filosofia e uma cosmologia comum: No princípio, antes da criação do Tempo, existia o Uno, e o Uno entoou uma Canção gloriosa. O Uno cantou uma canção que introduziu a Vida em si mesmo e transformou-se em muitos.Os Coristas vêem a si mesmos como pastores, e os Adormecidos como seu rebanho. A obrigação do Coro é guiar a humanidade em direção à Ascensão.

Filosofia:Toda a humanidade tem origem do Uno, e nós não seremos felizes enquanto não retornamos a Ele. Juntos, conduziremos os Adormecidos em direção á Ascensão gloriosa. Da mesma forma que somos guiados pela luz do Uno, nossa luz guiará os Adormecidos até que eles se juntem no Abraço do Uno.

Estilo:Esses magos concentram sua Arte com a fé e a determinação. Para eles, sua Arte é o tato do Uno. Eles são apenas os dedos e a língua Dele.

Esfera: Primórdio algumas facções (Filhos de Mitra e Cavaleiros Templários, por exemplo), observam a Esfera da Força.

Focos Comuns: Fogo e a luz, o canto (e, raramente, instrumentos musicais), a água ou o óleo, os símbolos sacros, tato, candelabros, preces.

Organização: O Coro Celestial é estritamente (muitos diriam inflexivelmente) hierárquicos, mantendo muitas das estruturas estabelecidas durante a República Romana. O nível hierárquico e o status são bastante formais. Entretanto, existem muitas facções informais dentro do Coro, baseadas em padrões de crença ou ideologias religiosas (Judaísmo, Zoroastrismo, etc.). Os Coristas discutem freqüentemente quanto ao futuro do Coro, o sexo provável do Uno, os valores da heterodoxia, etc. Discutir tais visões não é mais tão perigoso quanto já foi.
Existem facções no Coro, mas elas estão desaparecendo, em favor da união. Anacoretas vivem sozinhos, nos longínquos da Terra; os Septários são os mais tradicionalistas; os Latitudinários são o oposto: são a favor de mudanças na Tradição, com adoção de elementos menos católicos; os Monistas acreditam na unificação das facções; a Sociedade Alexandrina almeja unir religião e ciência; os Filhos de Mitra cultuam o antigo deus militar Mitra; as Crianças de Albi são remanescentes dos Albigenses, e acreditam na separação dos mundos material e espiritual e estudam a Mágica do Primórdio; os Náxios são mais radicais que as Crianças de Albi; o mais misterioso grupo é o dos Cavaleiros Templários, guerreiros da fé que usam armas para defender o Cristianismo. Eles têm certo receio dos Coristas, por estes aceitarem outras religiões.

Iniciação: Os Coristas procuram muitas vezes seus recrutas em organizações controladas pela igreja com a atuação social. Alguns Despertos espontaneamente através de experiências religiosas poderosas - particularmente aquelas que envolvem música -sem a ajuda do Coro. Aprendizes passam por um catecumenato rigoroso antes dos votos formais.

Acólitos: Padres, chantres, assistentes sociais, fiéis, etc.

Conceitos: Evangelistas, poeta, teólogo, caçador de bruxas, curandeiro, etc.
“O Uno é glorioso e inominável. O Uno carrega todos os nomes já entoados. Ouça a canção que ressoa dentro de você e à sua volta e irá perceber o Uno e Primordial”.

segunda-feira, 9 de março de 2009

1 - A Irmandade de Akasha


A Irmandade de Akasha(Akashic Brotherhood)

"Primeiro você deve aprender o Dô, depois você deve esquece-lo.Você precisa se lembrar de respirar para que a respiração ocorra?Não. É a mesma coisa com o Dô"

Muitos magos ficam perplexos pelo fato desta Tradição, com sua ênfase no desenvolvimento do corpo, acreditar que a Esfera da Mente é superior, mas para a Irmandade, mente e corpo são indispensáveis. A disciplina da mente só pode ser alcançada com a disciplina apropriada do corpo que a contém. Infelizmente grande parte da história da Irmandade de Akasha não viu muito mais do que estereótipos e confusão por parte de seus semelhantes ocidentais.A Irmandade de Akasha é uma Tradição antiga e opulenta e suas origens remontam à primeira aldeia, quando a humanidade vivia em harmonia com o Todo Cósmico. Ali, a futura Irmandade aprendeu o Dô com o Dragão, o Tigre e a Fênix Celestinos.

Filosofia:Não faça; apenas seja. Olhe para seu interior em busca tanto da solução para um problema quanto de sua causa. Você não pode produzir o equilíbrio enquanto não estiver equilibrado interiormente. Não tente controlar seu inimigo, e sim guiá-lo. Não tente resistir à oposição quando você pode simplesmente contorná-la.

Estilo:A mágika flui da harmonia e da disciplina, uma força natural concentrada pelo Dô. Os Magos desta Tradição são tão contemplativos, quanto podem ser combativos, guerreiros-filósofos que iriam entender e guiar em vez de simplesmente eliminar. Os de Akasha tendem a usar a violência apenas como último recurso, mas podem ser muito efetivos quando o fazem.

Esfera: Mente

Focos Comuns: Meditação, cânticos, Dô, rituais de purificação e armas, sinos, incensos, faixas ou flâmulas de prece.

Organização: Mais do que em qualquer outra Tradição os magos de Akasha são separados de acordo com sua essência. Magas do Padrão (às vezes chamados de Mantos Laranjas ou Açafrão) muitas vezes são mestres do Darhma. Magos Investigadores (ou Escamas do Dragão) concentram-se em proteger Adormecidos e Despertos e acreditam fazer parte do corpo do Dragão Celestino. Os Dinâmicos (às vezes chamados de Iogues) dominam o mundo espiritual, enquanto os magos Primordiais (às vezes chamados de Peles Azuis) são os que mais se dedicam à Ascensão pessoal.

Iniciação: Essa Tradição não é mais exclusivamente asiática como costumava ser. A maioria dos Irmãos foram Irmãos em encarnações passadas. Alguns membros demonstram um bom domínio das artes marciais ou da filosofia oriental antes de Despertarem, enquanto outros são observados de longe por Irmãos que examinam as partes mais profundas do Registro com o objetivo de descobrirem a encarnação atual de seus Avatares. Os de Akasha podem ser treinados em seus Xiudaoyuan (Capelas) durante anos antes de serem liberados de seus estudos.

Acólitos: Lutadores de artes marciais, sábios budistas, professores de ioga e herboristas

Conceitos: Sábio errante, guerreiro contemplativo, eremita taoísta, cavaleiro moderno, estrela de filme de ação, atleta, explorador, estudante de artes marciais, sábio, herói errante, etc.

Tellurian, Trama, Nodos, Película e Umbra


A TELLURIAN

Este é um nome simpático para a realidade, Tellurian, que faz com que os magos floresçam com sua idealização e identidade. Ao dar importância a alguma coisa, isto ganha poder. Isso ajuda a separar a verdade colorida da existência do plano pardo em que todos nascemos – e a Tellurian é de fato uma verdade bastante colorida.
A Tellurian é o universo – um lugar de vastas possibilidades e oportunidades, limitadas apenas pela imaginação daqueles que a habitam. Toda e qualquer coisa que possa ser sonhada, discutida ou descrita tem o potencial de existir dentro dessa vastidão. Muitas dessas fantasias já existem e muitas outras ainda estão por se formar. A Tellurian é a existência sem limites e um local onde a esperança toma forma. Ela é o mundo material e espiritual juntos, onde pensamentos se tornam ações e crenças se materializam.

A TRAMA

Não há como entender a Tellurian em seu estado natural de infinitas possibilidades. Apesar dos melhores esforços dos magos, todos têm limites de compreensão, e portanto, eles não podem realmente aceitar a limpidez do verdadeiro caos. Usando metáforas, os humanos estabelecem uma ordem e uma estrutura para Tellurian – eles criam a Trama. Cada possibilidade ou sonho toma a forma de um filamento e é tecido na estrutura do mundo. O talento dos Despertos consiste em tecer novamente esses fios conforme necessário ou desejado, moldando assim as possibilidades para seus próprios fins. Fundamentalmente, a magia é capaz de tecer a matéria prima da Tellurian e mudar o padrão.
O problema é que grandes alterações nos filamentos podem causar desgaste, rompimentos ou deformações. Ainda mais importante, os Despertos só podem alterar a Trama ao variar o seu lugar dentro dela. Assim, cada puxão nos filamentos ecoa como um empurrão num mago. Puxando muito forte, um mago pode cair durante a quebra de um filamento, quebrar ou perder o controle em uma complicação repentina. É preciso observar os padrões da Terra muito atentamente, e ter o cuidado de não alterá-los muito de uma só vez. Ninguém sabe o que aconteceria caso ela se tornasse muito frágil ou gasta para permanecer unida, mas é fácil imaginar a conseqüência...o fim da realidade.

AS CAPELAS

Você nunca irá reconhecer uma Capela por sua aparência. Elas tomam diversas formas, desde uma antiga casa vitoriana com a palavra “assombrada” estampada na porta até uma caminhonete Volkswagen estacionada no jardim de uma casa. Não vá procurando por uma torre construída na beira de uma montanha e com relâmpagos na paisagem – pelo menos não nas Américas. Onde antes as Capelas eram o abrigo fortificado de um mago, agora elas são locais reservados onde se esconder ou pontos estratégicos ocultos no cenário cotidiano.
Uma Capela é qualquer lugar onde o mago pode se sentar, ficar fora de brigas e relaxar por alguns minutos. Algumas Capelas raras e disputadas com violência foram construídas próximas a locais de poder e ajudam na realização de mágicas. A maioria, contudo, é apenas um lugar pelo qual o mago pagou o aluguel mensal e onde escondeu um saco de batatas fritas.

NODOS

Os Nodos são locais de poder, lugares onde a Trama dá um nó e o poder do cosmos – a Quintessência, como alguns o chamam – se concentra. Quando magos estabelecem uma Capela sobre um desses locais, eles são capazes de manipular os filamentos da Trama com grande facilidade. Tais lugares se destacam pela facilidade com que os limites da magia são ampliados dentro dele. Ainda melhor, muitos Nodos deixam pequenas quantidades de poder disponíveis em objetos ao seu redor. Artigos simples dentro de sua área de influência acumulam o poder, tornando-se Sorvo, a energia mágica aprisionada na forma material.
É possível que os Nodos se formem para refletir o que está ao redor deles. Por exemplo, Stonehenge pode ter sido o resultado de alguém aplicando um grande esforço para posicionar as pedras naquele padrão. Às vezes as pessoas constroem coisas inconscientemente, para refletir o poder que sentem instintivamente quando estão dormindo. Outras vezes há um pouco dos dois e alguns magos usam essas dicas sutis para avistar um Nodo simplesmente ao olhar para um mapa. Ruas com projetos incomuns, construções que não se encaixam com a paisagem ou aspectos naturais um pouco regulares demais são todos sinais que apontam para um Nodo.

A PELÍCULA

A Película é como uma daquelas luvas usadas por policiais ou motoqueiros para proteger o antebraço. Ao menos, essa é uma forma de se pensar na barreira que separa a Terra dos demais reinos espirituais. Contudo, a Película é mais como aquela antiga punição aplicada aos tripulantes dos navios de guerra ingleses que cometiam erros, também chamada de corredor polonês. Seus companheiros formavam duas fileiras e se armavam com bastões, atingindo o infrator tão forte quanto podiam conforme ele corria entre elas. Acredite, a dor de atravessar do mundo material para o mundo espiritual é bastante semelhante àquela de várias pessoas atingindo você com um bastão – e também dá uma dor de cabeça quase tão ruim.
Contudo, esta barreira não existe somente para impedir que os humanos saiam. Há várias criaturas ruins nos reinos espirituais que não querem mais nada senão vir à Terra e consumir almas. Ela funciona para ambos os lados – a Película mantêm os magos em seu pequeno parque de diversões enquanto as Coisas Ruins permanecem do lado de fora. Não que ela impeça todos os magos de cruzá-la, claro que não. As viagens espirituais parecem estar mais perigosas do que nunca, mas os magos sempre foram conhecidos por serem heróis e tolos.
Costumava ser muito fácil viajar pela Película. Dores de cabeça e alguns machucados metafísicos sempre foram comuns, mas nos dias de hoje, é quase impossível preparar um mago novato para a viagem. É como se alguém tivesse colocado uma barreira de vendavais para impedir que algo pior entre. A Película costumava dificultar as viagens espirituais, mas agora ela tornou a travessia dolorosamente prejudicial.
Mesmo antes da nova “aspereza” da Película, as viagens espirituais eram arriscadas. Poucos magos conseguiam reunir forças para chegar aos espíritos da natureza ou às terras dos mortos. Dessas excursões surgiram as buscas lendárias.

A Penumbra

Depois de atravessar a Película, um mago pode se surpreender com a semelhança das coisas com o mundo que ele acabou de deixar. Isto é, ele só perceberá a diferença depois de vomitar um pouco e reprimir seus gritos de dor. Ao pisar no reino espiritual mais próximo da Terra, o mago estará muito longe de qualquer Kansas que ele já conheceu. Os magos chamam esse reino de Penumbra. Ela é a Terra que se encontra logo após o horizonte mas reflete sempre o seu âmago.

A Umbra Astral

Um passo além da Penumbra está a Umbra Astral. Magos mais antigos chamam este local de Umbra Alta, mas não é assim que os magos mais jovens a vêem. Assim como a Penumbra leva em conta o contexto emocional e o intensifica para criar um ideal da Terra, a Umbra Astral amplifica o contexto racional.
Tudo o que alguém pode desejar saber sobre o significado do universo teoricamente pode ser encontrado aqui. Naturalmente, qualquer questão relativa ao universo também pode ser desmembrada com muitas discussões e buscas espirituais. Quando sua crença mola a realidade, a exploração do pensamento junto a um copo de cerveja é tão válida quanto qualquer Reino de conceitos abstratos.

A Umbra Sombria

Este é o reino para onde são levados os mortos; e também para onde os desaparecidos desaparecem. A mácula da entropia infecta a todos e o impressionante peso da deterioração do universo está suspenso acima da cabeça. Se a Penumbra é o que as pessoas querem e a Umbra Astral é o que as pessoas pensam, então este Reino é o que elas temem. As cidades são morros destroçados de podridão onde rastejam os espíritos dos mortos. Tudo o que há nas cidades está a beira do colapso e da destruição. O lugar até mesmo cheira mal. Onde quer que se vá, os mortos invejam a vida do mago – e eles farão de tudo para sugá-la.

domingo, 8 de março de 2009

Postos e Títulos, Desauridos e Nefandi


POSTOS E TÍTULOS

Durante a Grande Convocação na qual o Conselho foi formado, as Tradições concordaram com um sistema depostos e títulos que deveria ser usado em sua hierarquia. Os postos classificam a iluminação relativa de um mago e sua habilidade com determinadas esferas. Adicionalmente, podem ser concedidos títulos por grandes obras, feitos mágicos, idade respeitável ou mesmo como um capricho. Contudo, um mago que não seja capaz de corresponder ao seu título irá perdê-lo rapidamente.
A forma mais comum de receber um título é por meio de aptidão em uma ou mais Esferas. Um mago inexperiente nos caminhos da magia normalmente é considerado um Aprendiz ou Iniciante, independentemente dele receber ou não instrução. Quando ele demonstra um controle maior sobre uma Esfera, ele pode ser elevado ao posto de Discípulo. Com ainda mais domínio, vem o título de Iniciado. O exaltado posto de Mestre é concedido àqueles magos que atingem os maiores graus de controle sobre uma Esfera. Magos que alcançam um refinamento lendário de controle sobre a magia recebem o cobiçado e raro título de Arquimago. Tal reconhecimento só surge com o reconhecimento da responsabilidade concomitante.
Um mago idoso pode ser reconhecido como um Mestre de varias Esferas, mas a maioria destes magos poderosos deixou a Terra depois do engrossamento da Película, fugindo da prisão imposta pelo mundo material. Esses títulos valorizam o poder acima da compreensão e alguns até mesmo dizem que essa hierarquia encoraja a hubris. Um mago pode ansiar pelo domínio de uma Esfera simplesmente em busca de poder, sem se preocupar com a sabedoria que deveria acompanhá-lo.
O Conselho dos Nove elegeu esses termos em 1466 para que servissem como um modo geral de cumprimento. Hoje em dia, contudo, apenas os Coristas e Herméticos remotamente apóiam essa decisão. Outras Tradições preferem seus próprios termos. Os Filhos do Éter usam Estudante, Cientista, Professor, Doutor e Cientista Mestre. Várias Tradições (Oradores dos Sonhos, Verbena e Adeptos da Virtualidade, por exemplo) não possuem nenhuma espécie de hierarquia.

DESAURIDOS

Alguns magos simplesmente ficam loucos em seguida ao Despertar ou em alguns momentos logo depois disso. Embora instabilidade não seja incomum entre os Despertos (dada a incrível mudança de perspectiva, isso é praticamente esperado), alguns raros magos são afligidos por uma loucura tão potente que afeta a própria interação deles com a realidade. O ponto de vista desses desafortunados muda para sempre e eles percebem que o mundo em que eles vivem não é o mesmo mundo em que todos vivem. Essas criaturas são chamadas de Desauridos e podem surgir de qualquer afiliação.

NEFANDI

Poucas palavras são capazes de afetar um mago com tanta intensidade e rapidez quanto o termo Nefandus. Os Decaídos são os servos do Limbo, dos pesadelos e do caos primordial do qual o universo foi cuspido durante a Criação. Individualmente, cada Nefandus serve um lorde ou conceito dessa decadência. Coletivamente, os Nefandi não desejam nada além da completa destruição de toda a realidade. Eles não têm visões de Ascensão, mas de Decadência.
Os Nefandi são odiados, caçados e temidos não apenas por seus desejos malignos, mas também porque eles são o inverso de tudo aquilo que os magos acreditam. Um Nefandus tem um Avatar literalmente às avessas, revertendo para sempre o seu destino e transformando-o em um agente de destruição em vez de criação. Ainda pior, qualquer mago está sujeito a Decair e os Nefandi estão sempre famintos por novos recrutas. Os traidores das Tradições e da Tecnocracia são chamados de barabi e ambos os grupos caçam estes magos com uma ferocidade inigualável, às vezes colocando de lado suas hostilidades para lutar contra os Decaídos. Talvez ainda mais aterrorizante é o fato de que depois da Queda, o Avatar de um Nefandus está para sempre corrompido. Apenas os Oráculos poderiam saber se uma alma tão horrorosamente deformada poderia ser salva.

sábado, 7 de março de 2009

As Nove Tradições - Considerações


AS NOVE TRADIÇÕES

Em inúmeras tradições mágicas, o nove é considerado um número de sorte. Para os seguidores do caminho hermético, esse número representa o mago que carrega a lâmpada da iluminação que atravessa a realidade. O nove também é o cume do poder e da experiência num ciclo de nove fases; ele representa a perfeição da mente e do espírito. Foi baseada em tal símbolo de superstição que a Ordem de Hermes,um grupo antigo de magos influenciados pela magia do Egito, de Salomão, de Tóteme e de outros preceitos de estrutura similar, reuniu as Tradições místicas a fim de formar uma gloriosa união.
O Conselho das Nove Tradições tentou consolidar esse destino. Infelizmente, durante toda a história, ele foi incapaz de preencher todas as nove cadeiras de liderança durante um período significativo de tempo. Oito cadeiras – representando o mundano e suas armadilhas – tem sido o habitual a maior parte do tempo.
Durante algum tempo, houve esperança. Recentemente, com a adição dos Adeptos da Virtualidade, todas aas nove cadeiras foram ocupadas. O Conselho foi revigorado por esse equilíbrio no pêndulo e seus membros realmente acreditaram que conseguiriam derrotar seus inimigos por meio de conjectura numerológica, embora fossem em menor número e não tivessem tantas armas. O Conselho acreditou que essa superioridade, juntamente com sua maior flexibilidade mágica e sua ênfase nas liberdades individuais – sendo esta última mais atraente aos Adormecidos do que o conformismo adotado pela União Tecnocrática – iria fornecer a vantagem necessária para vencer a Guerra da Ascensão.
O Conselho dos Nove serve como uma proteção mútua contra ameaças externas e como um campo neutro onde magos de diferentes Tradições podem trocar idéias ou trabalhar juntos em busca de um mesmo objetivo. O Conselho edificou o que deveria ser uma formidável aliança de Tradições místicas que buscam criar um mundo onde cada pessoa é livre para escolher seu próprio caminho.

Ascensão

As Tradições acreditam basicamente no equilíbrio da interação entre a Ascensão pessoal e o desenvolvimento coletivo da humanidade (tanto espiritual, como material). Os magos deveriam ser um modelo perfeito de suas filosofias, a fim de servir como exemplo aos Adormecidos. Se seus valores forem verdadeiros, os Adormecidos irão perceber. O Conselho acredita que nenhum mago tem o direito de forçar a humanidade a se acomodar sob um paradigma.
Quando a humanidade alcançar a perfeição – no seu próprio ritmo – a realidade irá avançar ao seu próximo estágio.

Adormecidos

Os magos da Tradição normalmente sentem compaixão pelos Adormecidos. Eles acreditam que todos têm o direito de alcançar seus objetivos pessoais sem influência externa. Todas as culturas merecem iluminação.
Ironicamente, esse sentimento força os magos a proteger o bem estar das mesmas pessoas que, acima de tudo, apóiam o paradigma da Tecnocracia. O ceticismo da humanidade concretiza a ciência e torna os trabalhos místicos cada vez mais difíceis. Um dos aspectos dessa filosofia que perturba os magos é o fato de que os Adormecidos escolheram apoiar a ciência, então as Tradições devem apoiar essa decisão. Alguns magos preferem caminhos um pouco mais preventivos.

Capela Horizonte

O Conselho dos Nove costumava compartilhar uma Capela chamada (erroneamente) de Horizonte, onde mantinha encontros importantes de nove em nove anos e realizava reuniões menos formais com freqüência. Horizonte foi o local de unificação para todos os magos da Tradição e um símbolo da união do Conselho.
Toda essa segurança e simbolismo mudaram recentemente, quando um revolucionário que se acreditava morto incitou muitos magos mais jovens a atacar Horizonte mais abertamente, conduzindo a uma luta dentro da própria Câmara do Conselho. O resultado desse ataque teve como conseqüência o engrossamento da Película. Diante da quase total inexistência de contatos confiáveis entre Horizonte e os magos ligados à Terra, o símbolo perdeu grande parte de seu poder. Com a morte de muitos Conselheiros, o ideal de união das Tradições se encontra despedaçado.
Alguns magos buscam estabelecer uma segunda Capela Horizonte na Terra, onde eles possam se reunir, coordenar-se e restabelecer sua antiga união novamente – ou talvez alcançar um sucesso ainda maior. Somente o tempo poderá dizer se esse novo esforço poderá ser bem sucedido.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A GUERRA DA ASCENSÃO


A GUERRA DA ASCENSÃO

Todo mago aprende a manipular a matéria do cosmos por meio da prática, estudos assíduos e rituais. Naturalmente, essas formas determinam o que os magos podem fazer, como eles fazem estas coisas e o que eles entendem como as “verdades” da prática da magia. Os magos acreditam firmemente na veracidade de suas opiniões e esta crença canaliza a vontade deles de transformar suas visões em realidade. Grupos de magos com os mesmos ideais se reúnem para compartilhar sua sabedoria, enquanto seitas opostas censuram abertamente as práticas errôneas do adversário.
Desde o início, os magos discutem sobre suas doutrinas místicas. Onde a fé, a ciência e a mágica colidem, batalhas estouram. Todos os magos acreditam que seus caminhos místicos levam a um estado de iluminação além da mera consciência humana, mas nenhum deles consegue concordar em uma única trilha para tal Ascensão. Durante eras, os Despertos tem aderido a suas versões da “verdade” e batalhado uns contra os outros pelo direito de colocar toda a humanidade sob seus dogmas. O conflito que visava trazer uma maior consciência ao mundo foi chamado de Guerra da Ascensão.
Durante os últimos séculos, a Guerra da Ascensão tem se intensificado entre a magia e a ciência, conforme os adeptos do pensamento científico espalham suas crenças por todo o mundo. Os magos vêm descobrindo que as pessoas estão mais céticas e hostis aos seus caminhos. Místicos têm que se esconder da perseguição e de um mundo paranóico que nem conhece e nem deseja suas doutrinas. A própria magia está morrendo conforme o mundo é sufocado por constantes estáticas. As pessoas trocam a inovação pela complacência e a audácia pelo conforto. Outrora, os magos lutavam para trazer a magia de volta PA Ra um mundo sob o poder da ciência; agora, eles lutam para manter viva a sua própria magia.
A própria ciência estagnou sob o peso de sua própria retórica e inúmeras invenções morrem diante dos pensamentos “bom o bastante” e “auto-suficiente”. As massas declararam sua vontade e decidiram ser abandonadas. Os guardiões da humanidade empurram mais e mais ciência enquanto a centelha do misticismo morre. Os idealistas que buscavam trazer a Ascensão ao mundo e dar a todos o dom dessa compreensão superlativa vêm descobrindo que as próprias pessoas de quem eles tomam conta não se importam mais. A Guerra pela Ascensão de todo o mundo está terminada.
Ainda assim, alguns magos se prendem à idéia de trazer a magia de volta ao mundo. Alguns querem abrir as portas das possibilidades para as Massas. Outros querem criar uma humanidade que tenha o desejo de explorar, aspirar e aprender. Ainda outros visam uma Renascença da magia em que eles possam criar uma nova fronteira e trazer apenas os melhores e mais brilhantes. No que diz respeito à humanidade, ela parece estar contente em um ventre de tecnologia segura e estagnada. É nesse mundo que atualmente ocorre uma guerra pela Ascensão do indivíduo – antes que a magia morra de uma vez por todas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Despertar



O DESPERTAR
Embora muitas pessoas estudem vários anos a fim de desvendar os segredos místicos do universo, apenas alguns poucos abrem os olhos e Despertam para suas verdades individuais. Nenhuma fórmula ou caminho é capaz de decretar o Despertar; esta consciência atinge onde quer, sem distinções. O mago descobre que possui a habilidade de moldar o seu próprio destino e virar o mundo de ponta-cabeça por meio da vontade e prática.
O Despertar pode chegar súbita ou gradualmente. Alguns magos simplesmente “acordam” e percebem ter sido dotados de uma nova forma de compreensão depois de algum acontecimento traumático – ou nenhum acontecimento específico. Outros passam por uma lenta intensificação da consciência, uma longa sequência de pressentimentos, alusões e sentimentos que finalmente levam à iluminação. De qualquer forma, o suplicante entra em um novo mundo. Depois do Despertar, não há caminho de volta.
O despertar revela a um mago nascente o poder de moldar a magia com o seu Avatar, mas não traz um conhecimento prático automaticamente. Estimulados por visões, sonhos ou impulsos subliminares do Avatar, muitos desses magos buscam uma compreensão de sua nova e estranha consciência. Por meio do estudo ou treinamento em uma Tradição, eles descobrem técnicas e formas de controlar seus poderes mágicos. Em troca, a magia deixa sua marca no mago. Os acontecimentos se entrelaçam de formas estranhas e o mago se encontra irrevogavelmente em uma nova estrada, na qual eventos místicos e situações de risco se tornam a norma.

A PROCURA

Depois de Desperto, o Avatar de um mago não fica satisfeito em descansar. Em vez disso, o mago é levado a alturas cada vez maiores de compreensão. Confrontando seus próprios medos e fraquezas, o mago se levanta ante o desafio e atravessa o fogo a fim de se tornar uma alma de boa têmpera, forjada – ou cai, impotente, na tentativa. Em seus sonhos e buscas, o mago tenta, instintivamente, alcançar novos conhecimentos.
Alguns magos deixam de lado a Procura em detrimento do poder mundano ou de ganhos pessoais. Outros se retiram da sociedade, vendo esta como a melhor forma de explorar sua verdadeira natureza. De um modo ou de outro, todos buscam justificar suas crenças. Embora a magia traga poder, este vem da sabedoria. A magia é uma mudança, tanto do exterior quanto do interior. Com essa mudança, o mago é elevado a um estado mais sublime, de boa vontade ou não. . Seguindo o seu inconstante Avatar, um mago pode ser levado a uma Procura a qualquer hora, avançando através de enigmas espirituais e regiões de sonhos em busca da verdade interior ou na tentativa de vencer seus próprios defeitos.
No fim, o mago aprende com suas Procuras e supera as frágeis preocupações da existência humana. Ele coloca seus defeitos e problemas de lado na busca de uma forma mais perfeita. A Ascensão é o fim desse caminho, mas poucos magos chegam tão longe. Muitos nunca passam pelo fogo de suas próprias imperfeições. Alguns são tentados a seguir um caminho mais fácil em direção ao poder. Outros morrem antes de alcançar a verdadeira compreensão. Aqueles que não podem devotar seu tempo aas práticas da magia escolhem passar sua vida prestando serviços, lutando ou se escondendo. Alguns deixam de lado a Ascensão em troca de uma existência diferente como espíritos ou até mesmo deuses. Uma vez que nenhum deles retorna após a Ascensão, não há como dizer onde ela leva, mas as gloriosas revelações que surgem depois de cada Procura demonstram que a Ascensão deve ser um final bastante promissor. Talvez os magos acreditem nesse ideal porque, em um mundo de trevas, o maior dos feitiços é a esperança.

terça-feira, 3 de março de 2009

Uma Aula de História


Eu tive o meu primeiro contato com a magia há muitos anos, mas eu era tão ignorante quanto você. Eu pensei que tinha endoidado, que havia visto muitos horrores e minha mente tinha simplesmente parado de funcionar. Levou algumas semanas até alguém perceber minha situação e decidir me mostrar a verdade. Com meu professor, eu aprendi as primeiras noções da mágica. História e sociedade, tudo em um estilo místico. Agora, estou te fazendo um favor e passando isso adiante pra você.
Os magos sempre existiram. Nós somos os pioneiros e visionários que fazem o impossível: os homens e mulheres que exploram o desconhecido, abraçam causas e buscam respostas para grandes mistérios. Durante boa parte dos últimos, digamos, dez mil anos, essas pessoas desenterraram segredos bizarros, dançaram com entidades estranhas e basicamente andaram por aí realizando todo tipo de experimentos na busca do poder, sabedoria, segurança e qualquer outra coisa que um ser humano pode desejar. Está tudo na história se você souber procurar – histórias como o épico de Gilgamesh, a Bíblia, os contos do Rei Artur. As pessoas realmente fizeram todas aquelas coisas miraculosas e elas continuam fazendo ainda hoje.
O que, você quer saber como irá aprender a usar esse poder agora que percebeu o seu potencial para mudar o mundo e abriu os olhos pra a verdade? Os primeiros magos provavelmente tinham que improvisar conforme seguiam em frente. Em algum lugar no meio do caminho, eles começaram a falar uns com os outros sobre como eles faziam as coisas. Os magos trocaram idéias e teorias, eles inventavam motivos para suas mágicas e passaram suas crenças adiante para seus alunos. Destas raízes nasceram as ordens mágicas.
Obviamente, contudo, quando você reúne vários visionários poderosos em um mesmo lugar, eles não vão concordar com nada. Essas fraternidades mágicas brigaram como gatos furiosos sobre a essência de seus dogmas, teorias e práticas. Mestres de artes marciais surraram o diabo dos existencialistas Kevorkianos, enquanto a Igreja queimava bruxas na fogueira. Profetas e alquimistas do Oriente Médio discordavam dos cavaleiros europeus. Culturas xamanistas eram erradicadas no fogo cruzado. O triste é que cada uma delas estava convicta de ter o domínio sobre “a verdade”.
Tudo bem, eu estou sendo um pouco teatral, mas foi mais ou menos assim que aconteceu.
Basicamente, os magos estavam guerreando para ver quem estava certo, quem estava errado e quem merecia guiar e proteger a humanidade. Todos tinham sua própria visão mas ninguém conseguia concordar. Mestres e seus alunos formavam conspirações cuidadosas para defender seus tesouros ocultos e cada grupo brigava contra todos os outros. A humanidade oscilava, alternadamente temendo e adorando esses místicos que lhe traziam poderosas novas formas de pensar mas também a aprisionava com idéias conflitantes ou uma descrença pura e total. Isso tudo foi varrido para baixo do tapete por razões que eu ainda vou explicar, só espere um pouco.

O Longo Caminho

Dados os problemas e dificuldades da magia, você deve estar se perguntando por que alguém se daria ao trabalho. A verdade é que não há volta. Agora que você Despertou, não dá mais pra fechar os olhos. Pra você, a magia sempre existirá e sempre irá atraí-lo. Além disso, depois que Desperta você enxerga o mundo com outros olhos. Nós magos temos a tendência de ver coisas que as pessoas normais não vêem e, como resultado, somos tragados para dentro de um mundo sobrenatural que pensávamos só existir nos romances.
É justamente por isso que eu estou te fazendo esse favor. Apenas concorde e finja estar prestando atenção. Entenda, agora, que Despertou você mesmo encontrará seu caminho neste mundo mágico. Isso significa que você pode aprender a usar sua magia com responsabilidade ou vai acabar se matando. Se estragar tudo, há grandes chances de que você encontre um conhecido meu. Chame de sabedoria egoísta se desejar, mas eu acho que vou gastar umas poucas horas para ao menos fazê-lo compreender essa confusão.

domingo, 1 de março de 2009

O Preço

Obviamente, nada neste mundo vem de graça e a magia não é uma exceção.
Embora traga poder, ela não é toda poderosa. Um mago só é capaz de fazer aquilo que suas crenças, vontade e treinamento são capazes de suportar. Eu nunca aprendi a controlar o clima, por exemplo, e isso é uma tarefa tão complexa e de larga escala que está fora do meu alcance. Você pode elaborar uma mágica para voar, mas não será tão fácil desfazer o conceito da gravidade. Lembre-se, você também tem limitações. Eu suponho que seria capaz de criar um portal mágico para Tóquio, mas o esforço seria tão monstruoso que é preferível pegar um avião.
Um outro problema é que a magia tende a sair de controle. Ela não é totalmente caótica, mas possui seus efeitos colaterais. Uma vez que reflete o seu desejo, ela naturalmente demonstra suas intenções e suas emoções. Se você faz uma mágica com a intenção de matar, ela irá demonstrar isso - ela será forte, violenta e furiosa. Faça algo com luxúria em mente e o quadro muda totalmente.
As tentativas mais ostensivas correm o risco de sofrer Paradoxo. Entenda, eu sei pelo meu treinamento e compreensão que sou capaz de atravessar uma parede com o ritual correto, embora nosso conhecimento das leis do mundo nos diga que isso é impossível. Isso é um Paradoxo! Portanto, quanto mais estranha for sua magia, maior srá o risco de um tiro pela culatra. Fazer algo que apenas desvia levemente a realidade de sua rota é simples. Realizar mágicas mais potentes e causar grandes maldades, por outro lado, não apenas requer trabalho, mas envolve grandes mudanças. Quanto mais você tentar mudar o universo ao seu redor, maior a probabilidade do Paradoxo atingí-lo na cabeça. O Paradoxo poderia simplesmente destruir sua magia, ou então provocar todo tipo de esquisitices para afligí-lo. Em vários casos, ele até mesmo explode. A moral é manter sua magia sutil e com pouca intensidade. Confie em mim, você irá durar mais dessa maneira.

Magia I


Quintessência (quinta essência) é uma alusão à Aristóteles, que considerava que o universo era composto de quatro elementos principais - terra, água, ar e fogo-, mais um quinto elemento, uma substância etérea que permeava tudo e impedia os corpos celestes de caírem sobre a Terra. Em 1998, três astrofísicos da Universidade de Pensilvânia - Robert Caldwell, Rahul Dave e Paul Steinhardt - reintroduziram o termo para designar um campo dinâmico quântico que é gravitacionalmente repulsivo.

Fonte:"The quintessencial Universe", Scientific American vol12, número 2, 2002, pagina 41.



Não me olhe assim. Eu estou tentando ajudar.

Bom, você já viu alguns truques legaais com seus prórpios olhos. Só pra ajudá-lo a cruzar a linha, eu vou mostrar o que realmente está acontecendo. Não se mova; eu não vou machucá-lo. Apenas observe o que eu vou fazer. Espere um pouco - maldito elixir, está sempre no bolso errado.

Pronto. Você se lembra daquele tipo de vibração que é possível sentir na cabeça, aquele que te avisou sobre algo errado com o cara da loja e que te assustou quando atravessamos a parede? Concentre-se naquele sentimento. Eu quero que você se concentre no poder por trás daquele sentimento. Eu sei que você está cético, mas nada disso irá funcionar se vocêe não acreditar. Portanto, apenas se lembre de como nós atravessamos aquela pedra como se ela fosse névoa. Respire fundo e feche os olhos por um segundo. Pense sobre aquele poder e então abra-os novamente.

Você está vendo?

Legal, não acha?

O que você está vendo na minha mão é o que nós chamamos de Quintessência. Ela é basicamente a energia que compõe a magia. Toda a criação deriva da energia da Quintessência; ela é ligada de uma forma que definimos como Padrões. Você é um Padrão, eu sou um Padrão e tudo aquilo com uma representação que podemos sentir ou afetar possui algum tipo de Padrão. Essa explicação pode ficar muito mais complexa do que isso, mas tentarei ser breve.

Quando você recebe esse golpe metafísico na cabeça, você adquire o potencial de fazer mágicas. Algumas pessoas fazem isso sem nunca ver o mundo dessa forma, mas estas não conseguem controlar sua haabilidade. O Despertar para um mundo maior, por outro lado, sempre é marcado pela capacidade de aprender a magia verdadeira. Você percebe que há mais no mundo do que aquilo que foi levado a acreditar e aprende a recriar o mundo de acordo com a sua vontade.

É isso que a magia reflete: desejo. Ela é moldada com a vontade e a sabedoria, mas na verdade só surge quando você decide exercer mudanças. Ela nos dá varias formas de transformar a Quintessência do universo. Ao alterar essa energia, nós reelaboramos, criamos ou destruímos os Padrões do mundo ao nosso redor. Sua magia é uma ferramenta. Cada ritual, prática ou expressão vocal concentram essa energia e a distorcem. O resultado final: eu digo algumas palavras em uma linguagem mágica nós atravessamos a parede; você se concentra no poder da magia e é capaz de vê-la: nós acreditamos com veemência e ela se torna real.

Existem diversas formas de discutir a magia, formas de categorizá-la e meios de aprendê-la. Graduações complexas, títulos e formas a codificam em um grau infinito. Só vamos nos preocupar com essa baboseira adicional depois de entender alguns dos conceitos maais básicos.

1 - O Mundo Mágico


Você vem cambaleando pela vida com a crença de que este é um mundo racional e ordenado, de que a ciência pode explicar tudo e de que os mitos e contos de fadas são coisas de criança. Você vem usando tapa-olhos criados por uma centena de anos de uma história fabricada. Todos aceitam isso e se você é diferente, é visto como um excêntrico, psicótico ou avoado. O problema é que esse é o mundo que as pessoas aceitam isso só porque é seguro. Tudo é ordenado, mundano e pode ser explicado. Todos podem comer fast food e ter um emprego tedioso sem ter que se preocupar com loucuras como demônios e magias.
Você é diferente. Você achou que era louco quando olhou pela janela hoje à noite e viu o que estava realmente acontecendo, certo? Aquela pressão constante em sua cabeça tinha que ser um tumor e você estava somente alucinado - fim. Uma forma conveniente de evitar a noção de que talvez o seu reconhecimento súbito da magia seja realmente uma consciência repentina da verdade que vem sendo escondida de você durante toda a sua vida.
Sim, magia. O mundo está cheio dela. Todas as coisas, desde rituais pagãos até lutas de kung fu e estranhos avanços da ciência confirmam a existência dela neste mundo. Contudo, ao contrário do que acontecia antigamente, ela é quieta, sutil e escondida cuidadosamente dos olhos das pessoas comuns.
Entenda, as pessoas comuns não desejam um mundo mágico. Elas querem um mundo seguro onde não tenham que confrontar os perigos dos demônios, dragões, sonhos e da imaginação. Entretanto, como você aprendeu tão recentemente, algumas pessoas simplismente não se encaixam no molde "comum". Nós abrimos os olhos para um mundo em que podemos criar nossas próprias regras e escolher por nós mesmos no que acreditar. Nós Despertamos para uma magia que está escondida bem à vista.
Não acredita? Você acabou de ver uma pequena mágica quando atravessamos aquela parede. Eu aposto que você também sentiu alguma coisa quando eu fiz aquele selo com o amuleto - um arrepio na nuca, o sentimento repentino de estaar com uma palavra na ponta da língua, certo? Isso também é magia. Só porque ela não é visível, não significa que não é poderosa. Ela está por aí e, depois de vê-la algumas vezes, você irá acreditar nela. E quando acreditar nela, você a verá todo o tempo.
Não, você não é louco, assim como eu também não. Você simplesmente entrou em um mundo maior. Leva algum tempo para se acostumar, mas é bom você aceitar, porque não é possível voltar por aquela porta. A súbita compreensão que explodiu em sua mente nunca mais irá desaparecer.
Eu sei como você se sente porque sei do que estou falando. Tudo o que você tem a fazer é escutar.