sexta-feira, 31 de julho de 2009

1 - O Nascimento dos Elementais

Vou lhes contar uma História, que talvez seja uma Lenda. Não sei de todos os detalhes, por isso contarei como eu sei...

"Há muito tempo atrás, onde a memória não alcança,surgiu Ela. Ninguém sabe o nome certo dEla, e talvez e Ela nem tenha nome. Por outro lado, pode ser que Ela tenha vários nomes, pois cada um a chama de um jeito. E nem sabemos se Ela era ou é mulher. Acreditamos que seja, pois foi Ela que pariu os quatro primeiros Elementais, os Primogênitos Unos.
Não sabemos porque e nem como Ela fez isso, mas colocou nesse Mundo os quatro primeiros, aqueles que chamamos de Unos, e que deram origem aos quatro povos dos Elementos...
O que sabemos, é que um dia, sem maiores explicações, Ela pariu os quatro, mas em lugares separados, um sem conhecer o outro...
No início, os Unos não possuíam nome, visto que estavam sós. Mas, para facilitar o entendimento, vamos chamá-los pelos nomes que eles receberam depois...E, apesar de terem nascido ao mesmo tempo, vamos colocá-los em ordem alfabética, a fim de não cometermos injustiças...

1 - Udara: nada existia, onde hoje é nosso mundo...Mas, num determinado momento, algo começou a acontecer...a poeira do Universo começou a se juntar, a formar algo novo, e esse algo novo foi formando uma esfera de gases, que muitos chamam de Atmosfera. De todos esses gases, o Oxigênio foi um dos que mais esteve presente, formando uma espécie de proteção para o que viria depois...Mas, antes que algo mais acontecesse, uma parte desses gases separou-se da parte maior, e tomou a forma humanóide, com cabeça, tronco e membros...Essa forma seria mais tarde chamada de Udara...

2 - Mabelé: no centro dos gases de Udara, a poeira cósmica começou a se aglutinar, se condensar, e formar algo sólido, firme, terroso e rochoso, que é o lugar onde pisamos hoje. Após milhares de anos, ou talvez milhões, formou-se o nosso planeta, uma esfera rochosa, circundada por uma outra esfera, de gases. E ali, naquela esfera rochosa, surgiu a segunda Elemental: Mabelé...

3 - Lu'a: naquela esfera rochosa, algo começou a se mover, internamente...algumas partes da esfera começaram a crescer, formando as montanhas, serras e cordilheiras, e outras se abriram, expelindo uma substância vermelha, quente, escaldante...Eram os vulcões, expelido seu material quente e, em meio a esse material, surgiu o terceiro Elemental: Lu'a. Ele era vermelho, como o próprio material que o fez nascer...

4 - Vatten: tudo estava árido, ressecado, e quente. Mas, naquele dia, algo diferente estava acontecendo...o céu, que sempre estivera azul e limpo, ou cheio de nuvens de fumaça, começou a ficar escuro e formar nuvens diferentes...Isso durou um tempo que não se tem noção, e as nuvens foram ficando carregadas, começaram a soltar raios e, enfim, choveu...Choveu muito, durante muitas Eras, até formar riachos, rios, lagoas, lagos e o mar, o oceano...Essa água primordial não tinha nem o nome de "água". E, com o tempo, o céu ficou azulado novamente, e as águas se acalmaram, tornando-se plácidas. E foi ali, no meio daquela imensidão de algo molhado e calmo, que começou um movimento, quebrando toda aquela calmaria...E desse movimento, surgiu uma criatura esverdeada, que tinha cabeça, troco e membros...Essa criatura receberia, muito tempo depois, o nome de Vatten, o último Elemental...

Muito tempo se passou, e cada Elemental foi tomando consciência de si mesmo, de sua condição e de suas capacidades. E isso ocorreu calmamente, durante Eras sem fim...Mas, um dia, eles perceberam que não estavam sós, e souberam que haviam "almas gêmeas"...Fizeram um esforço imenso, e começaram a se movimentar, uns em direção aos outros...Esse movimento também durou muito tempo, um tempo que nem se conta...O que aconteceria, quando eles se encontrassem?

domingo, 26 de julho de 2009

Aúra-Masda (Ahura Ormazd)

Aúra-Masda
Origem: Wikipédia

Aúra-Masda, Aura-Mazda ou Ahura Mazda, em sânscrito: asuras, "senhores", era um dos deuses existentes na cultura indo-iraniana, pré zoroastriana, politeísta, com muitas semelhanças à Índia Védica, dado que as populações que habitavam esse espaço descendiam de um mesmo povo, os arianos (ou indo-iranianos). À época em que Zaratustra nasceu, em grego "Zoroastro", no século VII a.C., os seres vivos naquela sociedade enquadravam-se em duas classes, ambas de características distintas: os ahuras e os daivas ( em sânscrito: deivas, "deuses"). Antes de desaguar no que viria a ser o Zoroastrismo, aquela religião politeísta parte para um dualismo. Os ahuras ou asuras passam a ser vistos como seres que escolheram o bem e os daivas, o mal. Na Índia, o percurso seria o inverso. Zaratustra, segundo uma visão que ele teve, eleva Ahura Mazda (Senhor Sábio) ao estatuto de divindade suprema, após Vohu Mano, a Boa Mente, aparecer para ele e revelar-lhe que Ahura Mazda era o deus supremo que tudo governava.

Significado

Significa Senhor Sábio, a quem se credita o papel de criador e guia absoluto do universo.Dessa divindade suprema emanam seis espíritos, os Amesas Spenta (Imortais Sagrados), que auxiliam Aúra-Masda na realização de seus desígnios: Vohu-Mano (Espírito do Bem), Asa-Vahista (Retidão Suprema), Khsathra Varya (Governo Ideal), Spenta Armaiti (Piedade Sagrada), Haurvatat (Perfeição) e Ameretat (Imortalidade).
Juntos, Aúra-Masda e esses entes travam luta permanente contra o princípio do mal, Angra Mainyu (ou Arimã), por sua vez acompanhado de entidades demoníacas: o mau pensamento; a mentira, a rebelião, o mau governo, a doença e a morte. Seu símbolo era o sol e o fogo, este último atuando como mensageiro entre os homens e Aúra-Masda. Seu profeta foi chamado de Zoroastro (ou Zaratustra) e foi autor do livro sagrado do Mazdeismo, o Zend-Avesta.

História dos Celestiais - Parte I

HISTÓRIA DOS CELESTIAIS - I

1- O PRINCÍPIO DOS TEMPOS: para compreender a história do Éden, é preciso compreender não só a história da Terra como também as lendas de nossas origens. Embora na Terra seja importante conhecer fatos para se entender a história, aqui é preciso entender lendas...
não há como explicar o sobrenatural, afinal de contas, embora possamos compreendê-lo.
Não sabemos ao certo como era a Tellurian antes de nossa existência... sabemos apenas que os Celestiais surgiram após o surgimento da humanidade. É dito que, quando os humanos surgiram, as entidades das trevas e da luz passaram a clamar as almas humanas para si. Segundo os Primi, eles nasceram há muitos milhares de anos... nem eles sabem ao certo, pois naqueles tempos não havia necessidade em se contar o tempo... mas é provável que eles tenham mais de 100 mil anos de idade...
Os sete primeiros Celestiais foram os Primi originais. Eles acordaram nus, cada um em uma parte separada do Éden, e com vagas memórias de suas vidas humanas anteriores. Cada um deles conta que, um dia após vagarem pelo Éden, eles foram visitados pela primeira vez pelos Guardiões, os seres de luz que falam conosco em sonhos.
Cada Primi foi ensinado de um modo diferente pelos Guardiões, de acordo com sua futura missão, mas todos eles concordam que os Guardiões disseram que eles eram as crias do deus que hoje chamamos Ahura Ormazd... Os Primi sabem o Nome Verdadeiro do deus da luz, mas jamais o revelaram.
Segundo os Guardiões, antes da humanidade adquirir consciência, a Tellurian se baseava apenas no equilíbrio natural. Trevas e luz apenas observavam, na forma de dia e noite, a criação, e cada um a governava em seu devido momento. Quando a humanidade surgiu, trevas e luz lutaram por aquela nova criatura, que tinha muito potencial e algo novo: almas.
O deus das trevas, que chamamos Ialdabaoth, reuniu os espíritos de escuridão que o serviam e os sacrificou para criar o Inferno... em seguida, ele reuniu diversas almas humanas — ninguém sabe o número com certeza — e as alterou e as desfigurou, mudando seu passado e tornando-as os terrores sem nome chamados Grandes Lordes — os supostos governantes do Inferno. Não sabemos quantos Grandes Lordes existem, nem seus nomes... apenas sabemos que assim surgiram os demônios...
Ormazd, porém, também reuniu seus espíritos de luz, os Guardiões, mas ao invés de sacrificá-los, pediu seu poder. Os Guardiões aceitaram... os mais fracos morreram ao entregarem seu poder... os mais poderosos, que eram poucos, tornaram-se apenas fantasmas, só visíveis em nossos sonhos... mas o poder que doaram permitiu a Ormazd gerar o Éden... Ormazd então escolheu sete almas humanas, e entregou seu próprio poder a elas. Ele pediu que os Guardiões os guiassem, e partiu da criação, exausto pelo poder que usou.
Essas sete almas são os Primi. Os sete mais poderosos Celestiais.

2 - OS SETE PRIMI: hoje chamamos os Sete pelos nomes de Ariel, Fanuel, Gabriel, Lucibel, Miguel, Rafael e Raguel. Seus nomes originais eram diferentes, porém, mas isso não importa... eles ganharam os nomes que possuem hoje devido ao contato com as tribos originais que formariam os Hebreus, e cada um de seus nomes é um título que mostra a missão do Primus.
Quando renasceram no Éden, os Primi ainda eram ignorantes quanto à sua missão, e o grande poder que possuíam os fez esquecerem suas vidas como mortais. Como crianças sem resposta, eles vagaram até serem visitados pelos Guardiões em sonhos. Cada Primus foi ensinado nos caminhos do Éden e na grande missão que eles teriam. Por fim, os Guardiões pediram que cada um deles fosse à Terra e vagasse até que escolhessem a missão que melhor lhes serviria.
Por muitos anos, cada um dos Sete Primi andaram pela Terra, pelas áreas selvagens e por tribos primitivas, por pequenas vilas e por áreas remotas... até que Miguel, avisado pelos Guardiões, procurou os outros seis e os guiou de volta ao Éden. Pela primeira vez, os Sete Primi se encontraram, na base da grande torre que hoje chamamos Sancta Turrim.
Lá, diante das almas de milhares de mortos que tinham alcançado o Éden, os Sete conversaram. Cada um deles contou o que viu e aprendeu, e cada um deles mostrou o poder que desenvolveu e disse que missão eles tinham escolhido.

Miguel, que reuniu os Sete, disse que ele iria liderar seus irmãos, que iria organizar os vários grupos de Celestiais que se formariam, e que desta forma poderiam agir em conjunto contra o Inferno. Ele mostrou aos outros seus poderes de unir e fortalecer um grupo, e criou o Clero Princeps.

A bela e calma Ariel mostrou sua afinidade com animais, e revelou que viajaria pelos cantos mais longínquos, sempre aprendendo mais, trazendo ajuda aos locais que visitasse e informando os Celestiais de suas descobertas. Ela criou o Clero dos Superviventes.

O sério e temperamental Raguel, por sua vez, disse que a natureza seria seu domínio, que iria usa-la para trazer prosperidade ao povos merecedores e punição aos que desrespeitavam o que é natural. Dele surgiu o Clero Xamã.

Gabriel contou a respeito dos demônios que encontrou e enfrentou, de como eles eram perigosos e poderosos, e mostrou o fogo purificador que ele criou para destruir as abominações infernais. Ele disse que treinaria os guerreiros que enfrentariam o Inferno, e criou o Clero dos Venatores.

O pensativo e planejador Lucibel então revelou que sua missão seria proteger a humanidade. Enquanto Gabriel caçaria os demônios, Lucibel iria impedir que os demônios que escapassem pudessem prejudicar as pessoas. De Lucibel surgiu o Clero dos Protectori.

Rafael então revelou que não apenas os demônios ameaçavam a humanidade... que doenças, infecções e ferimentos impediam que muitos vivessem... ele demonstrou suas habilidades de cura, e revelou que iria tratar para que os humanos vivessem vidas mais longas. Seus descendentes são o Clero Sancti.

Por fim, Fanuel olhou seus irmãos, e revelou que mesmo sob a liderança de Miguel, ainda podiam haver injustiças e desentendimentos. Ele disse que iria cuidar para que não houvessem disputas entre os Celestiais e que cuidaria para que nenhum deles se corrompesse sem ser punido. Fanuel demonstrou conseguir ver as verdades ocultas, e fundou o Clero dos Cuique Suum.

A história do Éden começa a partir deste momento.

3 - A REVOLTA DE LÚCIFER: dezenas de milhares de anos se passaram... as guerras entre Éden e Inferno ocorriam constantemente, mas em escala pequena... era a Pré-história terrestre, mas já haviam cidades e civilizações que os historiadores humanos nem sequer sabem que existiram... Tanto Celestiais como demônios eram tratados como deuses pelas tribos mortais, e respeitados como tal. As áreas selvagens eram território de seres metamórficos que caçavam a humanidade... e as criaturas do Vermis Magnis começavam a se proliferar nesta época.
Foi então que ocorreu um dos eventos mais lamentáveis para o Éden... o Arcanjo Lucibel, Primus do Clero Protectori, se deixou levar pelo orgulho, e se viu como um deus para os mortais. Sob suas ordens, os Protectori passaram a dominar vilas e tribos humanas e a interferir em suas vidas diretamente.
Foi então que Fanuel chamou Lucibel, e perguntou os motivos para agir contra os Mandamentos Celestiais. Lucibel explicou que ele tinha visto que, controlando os mortais, era mais fácil vencer o Inferno e impedir a corrupção. Seu orgulho o fez ver os mortais como míseros rebanhos a serem controlados para o próprio bem deles. Fanuel ordenou que Lucibel parasse com a loucura, mas Lucibel apenas saiu de sua presença.
Os Cleros então se reuniram contra as ações de Lucibel. Na Terra, invadiram as vilas controladas e aprisionaram os Protectori, levando-os ao Éden. Lucibel revoltou-se contra essa atitude, iniciando ataques contra os Cleros e as almas no Éden.
Vendo que Lucibel havia se corrompido, os Cleros se reuniram, e houve guerra no Éden.
A revolta durou anos, embora ninguém saiba o tempo exato, até que Lucibel foi encontrado e enfrentou Gabriel. Quando Gabriel estava prestes a destruir o Primus Protector, Fanuel o impediu, dizendo que havia sido instruído pelos Guardiões sobre uma punição maior e mais justa para o revoltoso.
Lucibel e os Protectori foram julgados por Fanuel e os Cleros. Quando Lucibel se mostrou arrogante demais para pensar nas conseqüências de seus próprios atos, Fanuel revelou uma punição nunca usada antes. Ele condenou os revoltosos a Decaírem e a permanecer na Terra, entre as próprias pessoas que eles prejudicaram e vivendo como elas, até que tenham se arrependido completamente e aprendido com seus erros... Fanuel também revelou que eles seriam vigiados e se preciso Obliterados, caso se corrompessem ainda mais. Cada um dos condenados teve suas asas violentamente arrancadas e foram então atirados em diferentes pontos da Terra, nus e sós, para que refletissem os caminhos que escolheram. Assim surgiram o Anjos Caídos. E a partir desta condenação, Lucibel passou a ser chamado Lúcifer.
Nem todos os Protectori permaneceram ao lado de Lucibel, porém. Muitos lutaram ao lado dos demais Cleros, e foram poupados da condenação. Devido à queda do Clero, porém, esses Protectori tiveram de se unir aos Cleros que sobraram.
Os que se recusaram passaram a ser chamados de Primordiais, os “sem-Clero.” A tradição dos Primordiais perdura até hoje.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amigos

Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam
- ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes

FELIZ DIA DO AMIGO!!!! - 20 DE JULHO DE 2009

sábado, 18 de julho de 2009

Onde Estará Morgana? - Parte 1

NÃO! NÃO!
Marguerite deu um pulo e se estabacou no chão do seu quarto...Ainda bem que caiu sentada, e não se machucou muito...Pelo menos não fisicamente...
Tudo era confuso...Ela levou certo tempo pra entender que tivera um sonho...ou melhor, um pesadelo...muito estranho, onde via coisas sem sentido...
Levantou-se, acariciou as partes doloridas e se dirigiu para o banheiro, a fim de lavar o rosto...o que era aquilo? Enquanto se lavava, Marg pensou no que tinha visto, durante o sonh...pesadelo...
Ao levantar o rosto, mirou-se no espelho, e parecia ver aquele par de olhos, duros, frios, analíticos, olhando-a...."Não pode ser"...Pensou..."O que ela estaria fazendo em meu subconsciente?????"
Com aquela visão na mente, Marguerite decidiu procurar sua amiga maga e irmã Janeloradana Janus, e contar-lhe o que acontecera....
"Oi amiga e irmã, tudo bem?"
"Não, Jane, não está nada bem"
"Mas o que houve?"
"É ela! Ela está mandando sinais!"
"Ela? Ela quem?"
"..."
"Fale,Marg..."
"...Morgana Le Fey!"
"O quê?"
***SILÊNCIO***
Marguerite se pôs a contar o que acontecera à sua amiga: "Ontem, eu estava estranha...Normalmente, durmo tarde...Mas ontem, estava com uma vontade irresistível de dormir, estava que não me aguentava de tanto sono...Fui dormir, e logo tive visões, que não sei se eram sonhos ou não....Comecei sonhando com Merlin, Arthur, Guinevere, Lancelot...e Morgana. Aos poucos, a história deles foi se desenvolvendo em meu sonho/visão, e eu fiquei ali, vendo tudo, como se estivesse presente naquela época....Vi a jovem Guinevere indo para o convento, vi Arthur e Mordred na batalha final, vi Viviane pegando Excalibur e levando pro fundo do lago...e vi Morgana, sozinha, em Avalon, fria como uma pedra de gelo, ao passar por tudo que passou, em sua vida....Percebi o tempo passando...Escurecia e amanhecia, e voltava a escurecer...as árvores perdiam folhas e as recuperavam, e Morgana estava ali, diante delas, e o tempo ia passando...."
Marguerite parou para respirar...Notou que falou tudo numa vez só, chegando a ficar sem fôlego....
"...Continuando...o tempo passava, e Morgana não envelhecia...apenas ficava mais fria, mais rancorosa, mais distante...até que, aconteceu....Percebi sombras chegando a Avalon, sombras misteriosas, que foram tomando conta de tudo, e forçando a aproximação com Morgana...Ela não demonstrava um traço sequer em seu semblante, mas eu via que estava havendo uma guerra ali...um fio de suor correu pela testa de Morgana...E, pouco a pouco, as sombras foram chegando perto, cada vez mais perto, e acabaram por encobrir a maga, até ela desaparecer....Aí, ouvi um grito profundo, desesperado...era ela que gritava....e acordei..."
Janeloradana sacudiu Marguerite, pois notou que a maga ruiva estava tendo um transe...Mas esse era tão forte, que ela não acordou, e continuou falando...
"...sons....gritos....vozes....gemidos...*Socorro*....diz a voz, entre tantas...*Socorro*...*Preciso de ajudaaaaa*....*

Marguerite acordou, olhou para os lados, e percebeu que estava deitada....Viu Janeloradana sentada perto da cama e perguntou: "o que houve? O que faço aqui?!"
"Você recebeu a presença de Morgana Le Fey, Marg! Ela disse (através de você), que está presa, e pede socorro!"

As duas se entreolharam...O que fazer, num caso desses? Morgana Le Fey era uma das Magas Wyck mais poderosas que já existiram e, de certa forma, era uma Verbena! Se ela estava em perigo, TODAS as Verbenas poderiam estar em perigo também!

Assim, as duas decidiram que teriam que reunir mais Verbenas, antes de decidir o que fazer....(CONTINUA...)

Volta ao Passado - 1

"Decidi conhecer o Second Life como se fosse uma peregrina aventureira, somente por intuição. Escolhi começa pela land que estivesse mais distante. Minha escolha foi para noroeste, na land ATLANTIS WORLD. Escrevi o nome no mapa e me teleportei para lá. ATLANTIS é uma land aprazível, mas deserta. Notei apenas duas casas, e um monte de terrenos à venda. Em uma das casas, haviam duas pessoas. Mas fiquei de longe, para não incomodar a privacidade delas. Aperte o ALT e fui apenas em "espírito", e vi que o dono (ou dona) gosta de Doors, pois tem um pôster do Jim Morrison na parede. Depois andei um pouco por cima do morro que fica ao centro, e observei a paisagem... Andar tão na fronteira me deu uma sensação de paz misturada com solidão, pois parece que ninguém nunca virá aqui, a não ser os proprietários. Mas o Second Life também tem disso: solidão..."

Esse foi o post que eu fiz no dia 06 de março de 2008, o quinto desse Blog...Hoje, resolvi matar minha curiosidade: o que aconteceu, de lá para cá? Então, vou dizer...Eu, que era uma "aventureira solitária", hoje estou noiva de um homem maravilhoso, e solidão é algo subjetivo...E a Atlantis World? O que será que aconteceu lá? Resolvi ir verificar....
A primeira coisa que notei, no mapa, é que Atlantis World já não é a mais distante das ilhas...Depois dela, ainda há centenas de ilhas e todas cheias de gente...É...o progresso chegou aqui...Além disso, o morro que havia no meio da ilha diminuiu, e ela é, agora, quase que totalmente plana.
Agora existem, ali, várias casas, então os terrenos que estavam a venda foram vendidos, e parece uma coisa caótica: um colocou uma casa medieval, outro colocou uma casa futurística, outro colocou casa normal...
Não encontrei ninguém, dessa vez, mas encontrei (para a minha surpresa) a casinha onde se encontra o pôster do Jim Morrison!!!! Não resisti e verifiquei quem é a pessoa que "mora" ali...Chama-se Sabrina Crimson, "nascida" em 29 de outubro de 2006 (mais velha que eu) e casada com Volker Hefferman. Pelo jeito, são alemães...O SL tem cara, é humano, tem nacionalidade!!!!
Legal, isso....Vamos ver o que outras "voltas ao passado" reservam....^^

terça-feira, 14 de julho de 2009

Os Nefandi

Antes de mais nada, se você achava que os Nefandi eram Magos que foram corrompidos e hoje trabalham para destruir tudo a torto e a direito, você está bastante errado. Pra começar, nem todos os Nefandi são Magos. Toda criatura que deseja o fim da realidade atual para benefício próprio é um Nefandus (um Nefandus, dois Nefandi). Um Nefandus pode ser um Dançarino da Espiral Negra, Fomor, um Barabi, um Widderslainte, um mago estático... quase qualquer um que tenha poder suficiente pode se tornar um Nefandus. Todos os Nefandi trabalham para trazer alguma entidade maligna (não necessariamente a mesma) até a Terra, onde ela terá poder suficiente para recompensar seu "ajudante". Essas entidades foram expulsas da Terra há muito tempo, por outras entidades ou, no caso das mais fracas, pela Tecnocracia. Na verdade, é mais provável que o mate assim que chegar, mas deixe os Nefandi acreditarem no que quiserem...

Os Nefandi, ainda que não tenham o mínimo respeito pela sua vida, têm pela deles mesmos. E mantém uma espécie de "código de ética". São muito humanos, na verdade. Lembre-se que os Nefandi são como cristãos numa missa, não como muçulmanos árabes fanáticos e terroristas do Oriente Médio. Os Nefandi têm como uma de suas maiores forças sua aparência inofensiva. Assim como os Mágikos Tradicionais, eles são e se parecem com humanos normais. Quem disse que aquela linda universitária com rosto de menina inocente vai à Igreja rezar para o mesmo Deus que o padre? Se o espírito que ela serve não gosta de cristãos, pode querer que ela reze a ele em uma igreja cristã, para profanar o local. Quem disse que a velhinha paraplégica que nunca se levanta da cadeira de rodas e só fica em casa vendo TV é mesmo inofensiva? Se você destrói apenas por dentro (vamos ser discretos, tudo bem?) o apartamento de um Nefandus que não mora em um Labirinto, aquela criança que vem perguntar "o que foi, tio? Aconteceu alguma coisa ruim?" e você responde "Nada não, garoto. Tava acontecendo, mas a gente cuidou disso", um personagem pode, enquanto espera o elevador para sair do prédio, ver a sombra da criança no apartamento da velha crescendo, ganhando músculos, cabelos longos, chifres e garras (se você acompanhou, há um bom tempo atrás, a época em que Coração Negro, filho de Mephisto, tentava corromper o Demolidor, da Marvel, sabe do que falo) ouvir uma voz grossa e profunda no apartamento da velhinha, "eles mataram o César, vovó", respondida por uma mais fina e humana "calma, filhinho... eles vão ter o que merecem...". A velha é paralítica, ué, mas as pernas não são essenciais para fazer a Mágika, a menos que elas sejam seu Foco! Ela fala com seu Mestre pela TV, rouba as almas de entregadores de pizza que vão para outros apartamentos ou prédios vizinhos para alimentá-lo e come a pizza (e, se você for bem macabro mesmo, o corpo do entregador também) com uma Mágika coincidente, pequena e fácil ("mude de rota, meu filho...", escuta o homem no elevador, "essa pizza não é pro 304, e sim por 901 do prédio ao lado...")... quem desconfiaria do poder de uma velhinha paraplégica?

Lembre-se de nunca perder o controle no seguinte aspecto: um Mágiko pode ser seqüestrado, preso, ter os melhores amigos mortos, mas os Nefandi nunca aceitam um novo membro que não esteja lá para ser iniciado por vontade própria. Nunca. Nefandi nunca usam Mágikas da Mente ou tortura física para conveter alguém. Se o personagem se negar, a alma dele simplesmente vira papinha de algum espírito poderoso e fim de papo. Se ele for especialmente desejado, os Nefandi podem fazer algo realmente cruel: "se ele se nega a se juntar a nós porque tem muito a perder, logo não terá mais nada". Família, filhos, amigos, emprego, boa fama, honra... o que não puder ser desfeito razoavelmente (emprego por excesso de faltas, boa fama por um boato bem plantado...) é sumariamente destruído (apartamento, conta no banco, pessoas queridas)! Quando não tiver mais nada na vida e for apenas um sem-teto caçado pela polícia e sem amigos, só uma grande força de vontade o separa da conversão... ou do suicídio.

Dançarinos da Espiral Negra: Os Garou (lobisomens, lupinos, chame como quiser) se dividem em tribos. Há muito tempo atrás, uma tribo chamada Uivadores Brancos, que eram os melhores combatentes na guerra e os mais sábios na paz, decidiram que a ameaça que enfrentavam, a Wyrm (como eles chamam a força que reúne tudo novamente em Quintessência) estava ficando muito forte e que iriam enfrentá-la. Eles têm lendas que dizem que a Wyrm é má, e vivem de enfrentar seus representantes. Lutamos lado a lado, pois esses "representantes" são os Nefandi, embora eles não gostem de nenhum de nós, Magos. Essa tribo foi até o local onde a Wyrm vive e enfrentou-a, mas foi corrompida e hoje trabalha para ela. Segundo os Garou, todos os Nefandi são "da Wyrm". Para os Magos, todos os "da Wyrm" são Nefandi. No fim, dá no mesmo. Hoje eles parecem mais com hienas do que com lobos, e são completamente amorais e sádicos. Adotaram esse nome por causa da Espiral Negra que descem dançando como ritual de iniciação e aceitação.

Fomor: Um humano que é corrompido pelos Lordes do Limbo, pela Wyrm, por um Mágiko Nefandus, ou que por algum outro motivo decida juntar-se às fileiras Nefândicas, perde sua sanidade e sua aparência humana em troca de alguns pequenos poderes, geralmente de combate: garras (+2 no dano), sangue ou saliva ácidos, uma força física maior... esses poderes costumam causar dano agravado. Existem várias formas de isso acontecer: poções preparadas por Mágikos corrompidos, uma proposta feita às portas da morte ("posso te trazer de volta à vida, você quer?" No meio da dor, a maioria aceita), possessão prolongada por um espírito maligno, pacto com um demônio... o plural de Fomor é Fomori, e geralmente eles são bem feios. Costumam ser a bucha de canhão quando em grandes grupos. São os mais numerosos entre todos os Nefandi.

Widderslainte: um Mágiko verdadeiro que tenha o azar de ter um Avatar corrompido em uma vida passada, ou seja, tenha sido um Barabi em uma vida passada, já nasce predestinado a ser um Nefandi. Costuma já ter uma certa facilidade para compreender e utilizar as teorias Nefândicas. São, em termos de regras, idênticos aos Magos da Tradição.

Barabi: Um Barabi é um Mago Tradicional, Tecnocrata ou Desaurido que aceita a proposta dos Lordes do Limbo, os Lordes Negros Nefândicos, de vender sua alma por poder. Ele entra numa Coifa (confira na historinha do começo do livro de Mago, na parte Outubro de 1896, Um Labirinto Nefandi, Localização Desconhecida, e veja se aquilo não parece um determinado órgão genital - pista: não é masculino), onde seu Avatar tem sua energia sugada, sendo destruído e reconstruído... ao avesso, segundo as lendas. Um Barabi nessa vida será sempre um Widderslainte nas próximas, nascido com um Avatar corrompido. Ele passa a servir aos Lordes até a morte, tendo em troca a promessa de recompensa inimaginável se conseguir trazê-lo de volta à Terra. Enquanto isso, deve manter seus Mestres vivos, corrompendo outros humanos, espíritos, Garou ou qualquer outro ser vivo inteligente, para alimentá-lo com suas almas (acho que os computadores ternários Tecnocratas e os dos Adeptos da Virtualidade não contam, certo?).

Algumas idéias interessantes relacionadas aos Nefandi:

Um Widderslainte pode se arrepender, mas seu Avatar já foi corrompido. A única esperança para ele continuar vivo e não corromper-se com o tempo é encontrar alguém que possa fazer um Gilgul nele. Enquanto isso, ele vive com o Defeito (do Guia do Jogador de Vampiro) Assombrado: ele dá cinco pontos extras de bônus, mas o personagem é assombrado por um poltergeist (no caso, o próprio Avatar) que deseja algo dele (a união com os Nefandi) e o atrapalha em coisas não-relacionadas a isso, podendo causar pequenos distúrbios uma vez por cena, como zumbidos irritantes, mal-estar em alguém, atividade poltergeist (objetos voando) e coisas assim. Use as regras de harmonia com o Avatar que o livro de Mago dá, usando redutores para Mágika, já que o Mago não está em harmonia com seu Avatar. +3 em todas as dificuldades Mágikas, até um máximo de dificuldade dez, lógico! Mas que tal se, plagiando e alterando um pouco o Spawn (corre e compra uma edição na banca AGORA se você não conhece!), ele perder um pouquinho da sanidade cada vez que usar seu poder? Ele pode usar um número de Mágikas igual à sua Força de Vontade multiplicada por seis, quando será corrompido e se juntará aos Nefandi. Mágikas coincidentes contam como meia Mágika. Tradução: duas Mágikas coincidentes valem um "ponto", enquanto uma vulgar também vale apenas um "ponto". Falhas críticas coincidentes valem um ponto, e falhas críticas vulgares valem dois. Quando o personagem alcançar (Força de Vontade vezes seis) "pontos"... é corrompido! Ele vai ter que usar muito a cabeça para evitar Mágikas vulgares e Paradoxo. Vai ficar um pouco parecido com o personagem Forge, da Marvel, um xamã que renega seu passado e é muito dependente de tecnologia. Quando conseguir o Gilgul, será que sua missão chegou mesmo ao fim? Ele tem que continuar negando o passado Nefandi e resistindo às ofertas que os Nefandi lhe farão, dessa vez não de se tornar um Barabi, mas sim um mísero Fomor. E quem fez o Gilgul nele também não será muito bem-visto pelas Tradições (Gilgul é o pior crime para um Mágiko, lembra-se?) ou pelos Nefandi (estragou um deles que estava "apenas em dúvida!"). Sem dúvida é uma boa idéia se você gosta de fugir do comum!

Um personagem sofre o mesmo que Amanda, a Eutanatos, na pequena história do início do livro: conhece um NPC muito interessante, apaixona-se e tem que decidir-se, ao descobrir que ele é um Decaído, se deve matá-lo como seria adequado ou fugir com ele e entrar na Coifa. É sempre uma decisão difícil, mas só pode ser usada se você tem um jogador maduro o suficiente para saber interpretar o amor por um NPC. Se você der uma lida na historinha, vai entender tudo o que estou propondo nessa pequena dica.

Os Nefandi estão ficando mais e mais raros na Terra, mas aumentando na Umbra Profunda. A Tecnocracia os está caçando de novo ou eles estão voltando por vontade própria? Se for vontade própria, devem estar preparando um grande ritual para trazer um de seus Lordes até a Terra. Uma vez aqui, em algum tempo ele traz todos os seus coleguinhas e aí você pode dar adeus ao planetinha azul! Avisar a Tecnocracia poderia ser uma boa idéia, se tão poucos deles não soubessem sobre a Umbra e sobre espíritos malignos. Obviamente, um número insuficiente para impedir o ritual. O negócio é que os PCs vão precisar convocar uma grande reunião em Horizonte e conseguir com que todas as Tradições estejam lá para ouvir isso. O pior é que, se eles conseguirem colocar Eutanatos, Akáshicos, Coristas e Verbena lado a lado, além de tirar as bundas dos Adeptos das cadeiras de seus computadores, talvez precisem de ajuda Tecnocrata...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Diário de Uma Maga - 1

Marguerite chegou em casa cansada, depois de mais um dia de trânsito, buzinas, gritos, poluição....Afff!!!! Que vontade de fugir dali e ir para algum lugar beeeem distante, descansar, ficar em contato com a natureza....Mas, por que não? Era sexta-feira, e ela não teria que trabalhar nos dois dias seguintes...Bom momento para descansar a cabeça, o corpo, a alma!
Imediatamente, ela começou a colocar umas roupas na mala, sem pensar muito em critérios, apenas seguindo sua intuição. Enquanto isso, pensava: "não vejo a hora de estar em paz, numa comunhão com a natureza..."
Duas horas depois, a maga já estava na praia. Deixou a mala em casa e logo foi pra beira-mar, onde ficou molhando os pés ali mesmo, no escuro..."Que delícia! Amanhã cedinho, quero estar aqui..."
Dito e feito! No dia seguinte, logo cedo, lá estava a maga, molhando os pés, olhando as ondas batendo nas pedras, ouvindo as gaivotas, cheirando aquele ar marinho...."Não é por acaso que os cientistas dizem que a VIDA surgiu na água! Adoro esse elemento!" - pensou a maga...
"Vida...Água...Os focos de estudo de uma Maga Verbena", ela pensou..."Tenho que começar o estudo da minha Esfera de algum ponto, e acho que é da compreensão de que a Vida e a Água estão ligadas, que posso começar..."
Ela ainda lembrava o que se dizia dessa Esfera: "Todas as coisas materiais que se movem, crescem e mudam estão sob o espectro da Esfera da Vida..."
Marg sabia o quanto era grande e poderosa a Esfera Vida e seu controle..."O poder sobre a Vida é grandioso, é o poder de criar e influenciar todos os seres. Os magos que estudam a Esfera aprendem a curar e alterar animais e, mais tarde, outras pessoas e a si. Conforme o crescimento do Desperto aumenta, ele aprende a afetar Padrões mais complexos. Com o tempo, ele será capaz de alterar formas, restaurar a juventude e a saúde, curar ferimentos. Por outro lado, será capaz de derrubar oponentes, despedaçar seres vivos e propagar doenças conforme desejar..." Assim falava sua mãe, a maga Brigitte, e Marg não entendia...
Hoje, vendo a força do mar e o poder da vida, ela entende o que sua mãe queria dizer perfeitamente, e sabe que seu destino de maga só tem um caminho sem volta. Mas ela cansou de fugir de seu destino. Percebendo o quanto a Vida lhe faz bem, como suas energias se renovam, Marg finalmente compreende que é seu caminho e seu destino compreender a Esfera Vida...
Foi assim que Marguerite decidiu saber mais sobre seus poderes, como desenvolvê-los, e usá-los em prol de quem necessitasse....

(as partes em negrito foram copiadas ipsis literis do livro Mago: Ascensão)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

As Filhas de Hécate (The Daughters of Hecate)

As Filhas de Hécate são um Círculo Verbena totalmente feminino, e suas seguidoras são dedicadas ao culto de Hécate, a "Rainha das Bruxas". Cada uma das Filhas possui suas próprias tragédias pessoais, mas encontram o conforto e a cura para seus problemas, com sua fé e devoção à Deusa. Elas se dedicam principalmente à cura e à justiça.

AS TRÊS FACES DE HÉCATE

Hécate é o arquétipo mais incompreendido da mitologia grega. Ela é uma Deusa Tríplice Lunar vinculada com o aspecto sombrio do disco lunar, ou seja, o lado inconsciente do feminino. E, representa ainda, o lado feminino ligado ao destino. Seu domínio se dá em três dimensões: no Céu, na Terra e no Submundo.
Hécate é, portanto, uma Deusa lunar por excelência e sua presença é sentida nas três fases lunares.

A Lua Nova pressupõe a face oculta de Hécate, a Lua Cheia vai sendo aos poucos sombreada pelo seu lado escuro, revelando o aspecto negativo da Mãe. E a Lua Minguante revela seu aspecto luminoso. É preciso morrer para renascer.

Esta Deusa ainda permanece com o estigma de ser uma figura do mal. Essa percepção foi particularmente consolidada na psique ocidental durante o período medieval, quando a igreja organizada projetou este arquétipo em simplórias pessoas pagãs do campo que seguiam seus antigos costumes e habilidades populares ligados a fertilidade. Estes indivíduos eram considerados malévolos adoradores do “demônio”. Hécate era então, a Deusa das bruxas, Padroeira do aspecto virago, mas nos é impossível termos uma imagem clara do que realmente acontecia devido às projeções distorcidas, aos medos íntimos e inseguranças espirituais destes sacerdotes e confessores cristãos.
Em épocas primevas, antes do patriarcado ter se estabelecido, é mais fácil descobrir a essência interior do arquétipo Hécate e relacionar-se com ele. Hécate está vinculada com as trevas e com o lado escuro do Lua. A Lua, na verdade, não possui luz própria. A luz que se projeta na Lua é a luz solar. Logo, a Lua Cheia é a Lua vista pela luz do Sol. A Lua Nova Negra é, portanto, a verdadeira face da Lua.
Hécate costuma ser considerada uma Deusa lunar tríplice: Àrtemis , a virgem, personificava a Lua Crescente que renascia; Hécate personifica a escura Lua Nova e Selene, ou Deméter, eram a Lua Cheia. Ou, como as forças da Lua em vários reinos: Selene no Céu, Ártemis na Terra e Hécate no Mundo Inferior.

Sófocles retrata a Ártemis a imagem e semelhança de Hécate, quando a denomina a "flecheira dos cervos, a que porta uma tocha em cada mão". Em Áulide havia duas estátuas de pedra de Ártemis, uma com arco e flecha e outra com tochas. Parece como se a Deusa originária da lua contivesse o aspecto escuro e luminoso em uma só unidade.

Hécate seria uma projeção de Ártemis, pois a luz pressupõe a sombra. O lado visível da Lua, o lado de Ártemis, que reflete a vida em pleno vigor, pressupõe o lado de Hécate, o lado oculto da lua, o lado da sombra e da morte; a polaridade negativa, o impedimento para a realização, o lado inconsciente.

O perigo que pode ocorrer quando esse lado sombrio se constela é o de que a energia psíquica seja posta a serviço da morte e da doença.

Hécate, Rainha da Noite, como a chama a poetisa Safo, leva uma diadema brilhante e duas tochas ardentes nas mãos, olhos resplandecentes da escuridão. Talvez se trate de uma imagem da intuição que presente à forma das coisas, mas que todavia, é invisível. Isso explicaria por que, junto com Hermes , deus da imaginação, é guardiã das cruzes dos caminhos, onde não se sabe qual é a direção "correta". Seus companheiros eram os cães, animais que seguem uma rastro "cegamente". Nos lembra o chacal Anubis do submundo egípcio, que podia distinguir o bom do mal, e o Cérbero, o cão de três cabeças que guardava as portas do submundo da antiga Grécia.

Hécate nos revela, os caminhos mais escondidos e secretos do inconsciente, os sonhos guardados, o lado dos desejos mais ocultos. A Lua Crescente, com suas fases clara e escura, também nos sugere esse domínio do feminino.

O lado de Hécate ainda, traz um potencial para a fertilização, desde que seja encaminhado para este fim. A doença pode ser uma via para a saúde e a morte para servir de adubo para a vida.

O feminino tem um movimento livre dentro do reino oculto. O terreno da magia pertence ao feminino. O masculino está ligado aos aspectos mais claros, mais visíveis, mais objetivos. O campo de ação da ciência pertence ao reino masculino.

Hécate é a Deusa que pode conduzir aos caminhos mais difíceis e perigosos, aos abismos e às encruzilhadas da própria psique. A sua função é de guia dentro do reino oculto da alma.

A Terra é o grande inconsciente uterino de onde brota toda a semente. É também o lugar para onde tudo retornará. Nesse inconsciente crônico a vida e a morte coexistem em um mesmo processo cíclico. Deste modo, o "ser" e o "não ser" podem viver sem conflito.

Hécate é uma antiga Deusa de estrato pré-grego de mitos. Os gregos tiveram dificuldade em enquadrá-la em seu esquema de Deuses, mas terminaram por vê-la como filha dos titãs Perseus e Astéria ,Noite Estrelada, que era irmã de Leto, que por sua vez, era mãe de Ártemis e Apolo. A avó de Hécate era Febe, uma anciã titã que personificava a Lua. Dizia-se que Hécate seria uma reaparição de Febe, e portanto uma Deusa Lunar, que se manifestava na lua escura.

Outras tradições tomaram-na por uma Deusa mais primal, fazendo dela irmã de Erebo e de Nix (a Noite).

Zeus deu-lhe um lugar especial entre os Deuses, porque, embora ela não fosse membro do grupo olímpico, permitiu-lhe o domínio sobre o Céu, a Terra e o Mundo Inferior. Ela é, pois, a doadora da riqueza e de todas as bênçãos da vida cotidiana.

Na esfera humana, cabia-lhe presidir os três grandes mistérios do nascimento, da vida e da morte. Seu nome significa "a distante, a remota", sendo ela vista como protetora dos lugares remotos, guardiã das estradas e dos caminhos.

Seu aspecto tríplice tornava-a especialmente presente nas encruzilhadas, ou seja, na convergência de três caminhos. Nesses locais, os gregos podiam encontrar-se com facilidade com Hécate, razão por que os consideravam sagrados, erigindo aí com freqüência estátuas tricéfalas chamadas Hecatéias. Também deixavam oferendas do seu alimento ritual, o "almoço de Hécate", nessas encruzilhadas durante seus festivais especiais.

Os três símbolos sagrados de Hécate são: a Chave, por ser ela carcereira do Mundo Inferior; o Chicote, que revela o seu lado punitivo e seu papel de condutora das almas; e o Punhal, símbolo de seu poder espiritual, que mais tarde tornou-se o Athame das bruxas.

Todos os animais selvagens eram consagrados à Hécate e por isso, foi mostrada muitas vezes com três cabeças de animais: o cão, a serpente e o leão, ou alternadamente, o cão, o cavalo e o urso. Seus animais mais conhecidos são entretanto, o cão e o lobo. O cipreste era a árvore sagrada da Deusa.

Na mitologia grega, Hécate, como representação da Lua Escura, aparece sempre acompanhada por cães que ladram. Como Deusa Tríplice, podia aparecer na representação de um cão com três cabeças (cão da lua), para lembrar de que em eras passadas ela própria era o cão da lua. Sua qualidade trina é representada também em estátuas posteriores, onde aparece como mulher tripla. Freqüentemente carregava consigo o cão que ela própria havia sido, ou uma tocha, emblema lunar, que é seu poder de fertilidade e seu dom especial.

No Submundo, ou Mundo Inferior, Hécate é a carcereira e condutora das almas, a Pritânia, a "Rainha Invisível" dos Mortos. Tendo passado por Cérbero, o cão tricéfalo, e tendo sido julgadas pelos três Juízes dos Mortos (Minos, Radamando e Éaco), as almas devem chegar às encruzilhadas tríplices do Inferno. Nesse ponto, Hécate envia ao reino para o qual foram julgadas adequadas: para as campinas do Asfódelo, para o Tártaro ou para os Campos Elíseos.

Como aspecto de Deusa Amazona, a carruagem de Hécate era puxada por dragões. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas das mãos e as solas dos pés com hena.

Seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aegina no Golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.

Hécate está associada a cura, profecias, visões, magia, Lua Nova, magia negra, encantamentos, vingança, livrar-se do mal, riqueza, vitória, sabedoria, transformação, purificação, escolhas, renovação e regeneração.

HÉCATE: PADROEIRA DAS BRUXAS

A Deusa Hécate, segundo algumas versões, recebeu o título de "Rainha dos Fantasmas" e "Deusa das Feiticeiras". Para protegerem-se, os gregos colocavam estátuas da Deusa na entrada das cidades e nas portas das casas.

Medéia, que era uma de suas sacerdotisas, praticava bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas e venenos, e ainda, para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias das estrelas e da lua.

Como Deusa Feiticeira tinha cães fantasmas como servos fiéis ao seu lado.

Há um grande números de bruxas que, ainda hoje, são devotas de Hécate , pois se sentem atraídas pelos aspectos escuros da Deusa.

Hécate, como Anciã e Deusa da Lua Escura, compreende o "poder do silêncio". Muitas viagens espirituais incluem um período de muita meditação e silêncio. É essencial praticarmos o silêncio em nossos rituais e meditações, pois só o silêncio abre as portas da consciência universal.

Foi a Deusa Hécate que introduziu o alho como amuleto de proteção contra inimigos, roubo, mau tempo e enfermidades. Todos os anos, a meia-noite do dia 13 de agosto (Noite do Festival de Hécate), deve-se depositar cabeças de alho em encruzilhadas como oferenda de sacrifício em nome de Hécate.

HÉCATE HOJE

Hoje podemos nos relacionar com Hécate como uma figura guardiã do nosso inconsciente, que tem nas mãos a chave dos reinos sombrios que há dentro de nós e que traz as tochas para iluminar nosso caminho para as profundezas de nosso interior.
Nossa civilização patriarcal talvez tenha nos ensinado a temer esta figura, mas se confiarmos em suas energias antigas, encontraremos nela uma gentil guardiã.
Ela está presente em todas as encruzilhadas que existem em todos os níveis do nosso ser, manifestando-se como espírito, alma e corpo. Devemos reconhecer que a imagem terrível, tenebrosa e horrenda de Hécate é um mero registro do medo inconsciente do feminino que os homens, imersos em um patriarcado unilateral, projetaram ao longo de milênios nesse arquétipo.
Temos que encarar nossa Hécate interior, estabelecermos uma relação com ela e, confiando na sua assistência, permitir a nós mesmos o desenvolvimento de uma percepção desse rico reino do nosso Mundo Inferior Pessoal. Somente por meio dessa atitude poderemos nos tornar seres integrados, capazes de lidar com as polaridades sem projetar de imediato dualismos.
Ao passar por uma encruzilhada, você irá se deparar com Hécate e ela dirá que nossas vidas são feitas de escolhas. Não existem escolhas certas ou erradas, mas sim, somente escolhas. Independente do que escolher, a experiência, por si só, já é algo valioso. Hécate insiste para que não tenhamos medo do desconhecido. Os desafios apresentados precisam de um salto de fé da pessoa que faz a escolha. Confie que será capaz de fazer uma escolha quando chegar a hora. Conceda-se tempo e espaço, nunca se censure ou se culpe, apenas faça sua escolha.

Fonte: http://www.rosanevolpatto.trd.br/hecate.htm

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Círculo das Encruzilhadas (The Circle of The Crossroads)

Hoje, vamos ver outro grupo de Verbenas...O Círculo das Encruzilhadas.

Círculo das Encruzilhadas: um círculo Verbena dedicado à adoração dos Loas do Vodu, que cresceu fora do contato entre os Verbena e o Bata'a, na região do Delta do Mississippi, perto de New Orleans. O Círculo trabalha para preservar tradições e ritos de Vodu, e estuda muito da cultura africana de raiz. Os membros do Círculo das Encruzilhadas são conhecedores dos segredos dos espíritos e da Umbra, e suas habilidades permitem que naveguem pelas “tempestades de Avatar”. Eles ajudaram a colocar muitos fantasmas e outros espírito agitados acima da tempestade para descansar. O Círculo das Encruzilhadas freqüentemente trabalha com os magos Oradores dos Sonhos.

Vodu Haitiano

No Haiti, uma ilha do Caribe, se desenvolveu o Vodu, também chamado de Sévis Gine ou "serviço africano". Ele possui elementos do Congo e da Nigéria, mas também tem influência dos nativos da região, os índios Taino. Além do Haiti, o Vodu também se desenvolveu na República Dominicana, em Cuba e até nos EUA. Ele é semelhante a outras religiões de origem africana, como o Lukumi (também conhecido como Regla de Ocha ou Santeria) de Cuba, e o Candomblé e a Umbanda do Brasil.

No Vodu, há um "deus" criador de tudo, chamado "Bondje" (do francês "bon dieu" ou "bom deus"). Além de "Bondje", acredita-se em espíritos, que formam 21 "nanchons" ou "nações". Esses espíritos são chamados de "lwa-yo". Um desses espíritos, Ghede, é da fertilidade e da morte. Ele é um dos mais famosos. Mas existem muitos outros...
Os sacerdotes do Vodu são chamados de Hougans e as sacerdotisas são Manbos. Os noviços são "Hounsis".

Mitos e Falsas concepções

O Vodu veio ser associado na mente popular com os fenômenos como "zumbis" e "bonecas do vodu". Enquanto há uma evidência etnobotânica que se relaciona à criação do "zumbi", é um fenômeno menor dentro da cultura rural do Haiti e não uma parte da religião de Vodu em si. Tais coisas caem sob os auspícios do "bokor" ou do feiticeiro antes que do sacerdote. A prática de furar com agulhas "em bonecas vodu" foi usada como um método de amaldiçoar um indivíduo por alguns seguidores do que veio a ser chamado "New Orleans Voodoo", que é um variante local do voodoo.
Esta prática não é original ao "vodu" de Nova Orleans entretanto e tem tanta base em dispositivos mágicos Europeu-baseados tais como a "poppet" quanto o nkisi ou o bocio de África ocidental e central.
As bonecas de "vodu" não são uma característica da religião haitiana, embora as bonecas feitas para turistas possam ser encontradas no Iron Market em Port-au-Prince, capital do Haiti. A prática tornou-se associada ao Vodu na mente popular através dos filmes de horror.