Tradição Verbena 4

No começo havia sexo, não aquele sexo que nós imaaginamos, mas o ato primordial de ato e criação...O "todo", completo e perfeito, que um dia dividiu-se, e virou dois, unidos pelo amor: a deusa e seu associado, o deus, a noite e o dia, a Lua e o Sol, Yin e Yang...
Dessa união nasceu a Tellurian, e a roda da vida começou a girar. A roda girou pelo tempo e além do tempo, e as maravilhas da Tellurian multiplicaram-se, até a vida aparecer...O ciclo ou o nascimento infinito, crescimento, concepção e morte, repetiu-se outra vez...
Então a vida desenvolveu a habilidade de olhar para trás na criação e de querer saber no seu existência. A Tellurian ganhou a habilidade de ver, sentir e saber através de nós, com a humanidade. Ele amou e ainda nos ama, e com esse amor, puro, surgiram os Wick, os primeiros...
Eles produziam a mágika sem esforço algum, sem precisar de rituais ou objetos mágicos...Alguns dizem que eles eram mais que magos, eram quase deuses: os Aesir, os Vanir, os olímpicos, Tuatha De Danaan, os Orishas e outros deuses e heróis mitológicos.
Fossem magos ou deuses, a questão é que sabemos que os Wyck foram os primeiros, e os Verbena são seus descendentes...
Naqueles tempos, a mágika estava no ar, e caminhar entre os mundos era algo rotineiro, sem mistério ou dificuldade alguma...
Os Wyck aprenderam os segredos dos animais, expulsaram e/oou aprisionaram seres estranhos, em lugares distantes, aprenderam o uso de ervas dos mais diferentes tipos, que curavam doentes e chegavam até a ressuscitar os mortos...
Eles eram eruditos, chamados sábios. Poderiam ouvir os segredos da natureza no som do vento através das folhas, nas chamadas dos pássaros e nas borbulhas de um córrego. Leram o futuro nas estrelas, na lua e nas marés da Tellurian. Procuraram o conhecimento e a compreensão em todas as suas formas, ajudando seus povos.
A lenda diz que o Wyck nos deram letras e língua e a sabedoria dos animais, das plantas, dos metais, dos cristais e de todas as coisas restantes da terra.
Os Wyck era construtores e fabricantes. Cinzelaram madeira e pedra. Teceram o pano e couro cru. Sua mágica era o poder da mudança, tomando o material cru do mundo e dando-lhe forma, fazendo ferramentas e armas.
Finalmente, os Wyck eram exploradores. Tiveram a insaciável curiosidade de conhecer o mundo em torno deles. Voaram sobre asas da águia aos cantos distantes do mundo, investigaram as profundidades do mar e visitaram muitos lugares e muitos povos. Andaram entre os mundos do espírito e a matéria, se arrasta no além-mundo enevoado do Umbra, a sombra da criação.
Os trajetos do Wyck era estradas a outros lugares, mesmo outros mundos, que cruzavam com a mesma facilidade com que cruzamos nossos quartos...