sábado, 4 de abril de 2009

A Deusa Mãe


Deusa Mãe (ou deusa-mãe) é uma deusa, amiúde representada como a Mãe Terra; é representada como deidade de fertilidade geralmente sendo a generosa personificação da Terra. Como tal, nem todas as deusas podem considerar-se manifestações da deusa mãe.
Esta deusa é representada nas tradições ocidentais de muitas formas, das imagens talhadas em pedra de Cibeles a Dione, deusa invocada em Dodona, junto com Zeus, até finais da época clássica. Entre os hinos homéricos (séculos VII-VI a.C.) há uma dedicação à deusa mãe chamado «Hino a Gea, Mãe de Todo». Os sumérios escreveram muitos poemas eróticos sobre a deusa mãe Ninhursaga.
Exemplos de deusas mães
Tiamat na mitologia suméria, Ishtar (Inanna) e Ninsuna na caldeia, Asherah em Canaã, Astarté na Síria e Afrodite na Grécia, por exemplo.

A deusa irlandesa Anann, às vezes conhecida como Dana, tem um impacto como deusa mãe, a julgar pelo Dá Chích Anann cerca de Killarney (Condado de Kerry). A literatura irlandesa nomeia a última e mais favorecida geração de deuses como ‘o povo de Danu’ (Tuatha de Dannan), Ceridween.
Entre os povos germânicos provavelmente foi adorada uma deusa na religião da Idade de Bronze Nórdica, que mais tarde foi conhecida como Nerthus na mitologia germânica, e que possivelmente seu o culto persistiu no culto a Freya da mitologia nórdica. Sua equivalente na Escandinàvia era a deidade masculina Njörðr.
Nas culturas do Egeu, Anatólia e no antigo Oriente Próximo, uma deusa mãe foi venerada com as formas de Cibeles (adorada em Roma como Magna Mater, a ‘Grande Mãe’), de Gea e de Rea.
As deusas olímpicas da Grecia clássica tinham muitos personagens com atributos de deusa mãe, incluindo Hera e Deméter. A deusa minoica representada em selos outros restos, a quem os gregos chamavam Potnia Theron, ‘Senhora das Betas’, muitos de cujos atributos foram logo absorvidos também por Artemisa, parece haver sido un tipo de deusa mãe, pois em algumas representações amamenta animais que. A arcaica deusa local adorada em Éfeso, cuja estatua de culto era adornada con colares e faixas dos que colgavam protuberancias redondas, mais tarde identificada pelos gregos como Artemisa, foi provavelmente também uma deusa mãe.
A festa de Anna Perenna dos gregos e romanos no Ano Novo, sobre o 15 de março, cerca do equinócio do inverno, pode haver sido una festa da deusa mãe. Dado que o Sol era considerado fonte de vida e alimento, esta festa também se assemelhavam com a deusa mãe.
A equivalente de Afrodite na mitologia romana, Vênus, foi finalmente adotada como figura de deusa mãe. Era considerada a mãe do povo romano, por ser a de seu ancestral, Eneas, e antepassado de todos os subsiguientes governantes romanos. Na época de Júlio César se apodava Vênus Genetrix (‘mãe Venus’).
Magna Dea é a expressão latina para ‘Grande Deusa’, e pode aludir a qualquer deusa principal adorada durante a República o Império romanos. O título Magna Dea podia aplicar se a uma deusa a origem de um panteão, como Juno ou Minerva, ou a uma deusa adorada monoteísticamente.
Umai, também conhecida como Ymai ou Mai, é a deusa mãe dos turcos siberianos. Se representa com sessenta tranças douradas, que parecem raios de sol. Se crêem que uma vez foi idêntica a Ot dos mongóis.
No contexto hinduista, o culto a a deusa mãe pode seguir se até as origens da cultura védica, e talvez mais além. O Rig Veda chama o poder divino feminino Mahimata, um termo que significa literalmente ‘mãe terra’. Em alguns lugares, a literatura védica alude a ela como Viraj, a mãe universal, como Aditi, a mãe dos deuses, e como Ambhrini, a nascida do Oceano Primordial. Durga representa o poder e a natureza protetora da maternidade. Uma encarnação de Durga é Kali, que nasceu de sua frente durante a guerra (como meio para derrotar o inimigo de Durga, Mahishasura). Durga e suas encarnações são especialmente adoradas em Bengala.
Atualmente, Devi é considerada em múltiples formas, todas representando a força criativa do mundo, como Maya e Prakriti, a força que galvaniza a raíz divina da existência e autoproteção como o cosmos. Não é meramente a terra, inclusive que esta perspectiva seja cobierta por Párvati (a encarnação previa de Durga). Todas as diversas entidades femininas hinduistas são consideradas como muitas facetas de a mesma divindade feminina.
As religiões pagãs são, no ocidente, aquelas que mais focalizam seus cultos em uma Deusa Mãe.
Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior é adorada sob a forma de duas divindades básicas: A Grande Mãe e O Grande Pai. Esse Casal Divino representa todos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos. Como algumas tradições wiccanas seguem uma infinidade de Deusas e Deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses são aspectos diferentes dA Grande Deusa e dO Grande Deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma Deusa e todos os deuses são um Deus”.
A Deusa Mãe é a geratriz de Todo o Universo e de tudo o que ele contém, daí a frase: "Tudo vem dA Deusa e tudo para ela retorna".
Uma conseqüência do culto à Deusa Mãe na Wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia.
Além da Terra, outro símbolo muito importante dA Deusa é a Lua, onde se manifesta de três maneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu aspecto de Deusa Mãe.
Uma questão que muitas vezes se levanta na Wicca é se A Deusa é mais importante do que O Deus. O que se pode dizer é que é uma discussão inócua. A Deusa e O Deus são de igual importância na Wicca. As duas divindades básicas da Wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.

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