Como já mencionado, a base da doutrina de Zaratustra é o dualismo Bem-Mal. O cerne da religião consiste em evitar o mal por intermédio de uma distinção rigorosa entre Bem e Mal. Além disso, é necessário cultivar a sabedoria e a virtude, por meio de sete ideais, personificados em sete espíritos, os Imortais Sagrados: o próprio Ahura Mazda (imagem), concebido como criador e espírito santo; Vohu Mano, o Espírito do Bem; Asa-Vahista, que simboliza a Retidão Suprema; Khsathra Varya, o Espírito do Governo Ideal;Spenta Armaiti, a Piedade Sagrada; Haurvatãt, a Perfeição; e Ameretãt, a Imortalidade. Estes deuses enfrentam constantemente as forças do Mal, os maus pensamentos, a mentira, a rebelião, a doença e a morte. O príncipe destas forças é Angra Mainyu, o Espírito Hostil, também conhecido como Arimã. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zoroastro
Essa é a versão do Zoroastrismo sobre os anjos. Mas, segundo a revista Veja (22/12/2010), há outros detalhes. Vamos analisá-los:
A forma alada que se consagrou para o anjo talvez seja herança do Faravahar, um símbolo do zoroastrismo para a alma. Mas foi na Bíblia hebraica que o anjo nasceu e prosperou - e de onde migrou para o cristianismo e o islamismo.
Faravahar é a imagem acima, onde vemos claramente um ser que aparenta ser humano, mas que possui asas. Pelo que se conclui do texto, foi essa, provavelmente, a forma que originou a imagem que temos de "anjos".
Gênesis 1:24 - E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.
Nessa passagem, no livro do Gênesis, são Querubins que impedem Adão e Eva de retornar ao Éden, após serem expulsos. E no livro de Ezequiel, há uma descrição de como eles são:
Tinham a semelhança de homem. (Ezequiel 1:5), E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. (Ezequiel 1:6), E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. (Ezequiel 1:10), E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos; (Ezequiel 1:13).
Podemos perceber que, no Velho Testamento, os Anjos têm uma função de guardiões, e sua aparência não é muito "normal" e nem se assemelha com aquela que temos deles...Mas a revista Veja nos dá maiores detalhes sobre essa questão:
A função primeira dos anjos é a de portar mensagens divinas. Malach, a palavra hebraica para "anjo", quer dizer muito simplesmente "mensageiro" - e o mesmo vale para o grego "angelos", do qual se origina "anjo" em português.
A função de "mensageiro" é percebida no Novo Testamento, nos eventos que precederam o nascimento de Jesus:
1) Em Lucas 1:13, um anjo encontra Zacarias e lhe diz: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João (Batista).
Esse era o Anjo Gabriel: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas (Lucas 1:19)
Meses depois, ele foi a Nazaré, onde falou a Maria: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres (Lucas 1:28). Eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. (Lucas 1:31). Abaixo: a Anunciação, segundo visão do pintor Fra Angelico (1400/1455).
Em Mateus, vemos José querendo deixar Maria, visto que ela estava grávida, e não era dele. Então, o anjo veio a ele em sonho e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo (Mateus 1:20), e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21).
Nesse segundo texto, podemos ter uma visão mais completa do "trabalho" dos anjos. Unindo o que vimos dos anjos do Zoroastrismo com a função de "mensageiros" que a Bíblia lhes conferiu...Logo, veremos outras "facetas" dos anjos...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Os Anjos I
Se existe um lugar "problemático" no planeta Terra, esse lugar é o Oriente Médio (foto ao lado). E, entre os países que o compõem, destaca-se o Irã.
Mas não falaremos sobre o atual Irã, e sim sobre o antigo império que existiu ali, o Império Persa, que durou de 705 a.C. até 330 a.C.
Os primeiros governantes desse Império eram descendentes do lendário rei Aquemênes. Por isso, eles eram chamados de Aquemênidas.
Nessa mesma época, viveu Zoroastro, também chamado de Zaratustra. Ele foi o criador de uma religião, chamada de Zoroastrismo ou Masdeísmo.
Um dia Zaratustra estava meditando às margens de um rio quando um ser estranho lhe apareceu. Ele era indescritível, tal a sua beleza e brilho. Zaratustra perguntou-lhe quem era ele, ao que teve como resposta: "Sou Vohu Mano, a Boa Mente. Vim lhe buscar". E tomou-lhe a mão, e o levou para um lugar muito bonito, onde sete outros seres os esperavam.
Vohu Mano, ao que parece, foi um anjo. E os outros sete também:
1) Spenta Mainyu (Spenamino, Hormazd) significa “o espírito criativo santamente”, ele é o espírito de Ahura Mazda, ativo no mundo. Tem a autoridade sobre seres humanos. É o deus da vida e luz e bens personificados no mundo e nos povos. Mais tarde, tornou-se identificado com Ormazd, quando Ahura Mazda (nome sinônimo com Ormazd) se tornou conhecido como Zurvan.
Os "anjos" que acompanham Spenta Mainyu são os Amesha Spenta. Cada Amesha Spenta personifica um atributo de Ahura Mazda assim como uma virtude humana.
* Os Amesha Spentas masculinos presidem elementos masculinos: Fogo (Asha Vahishta), Metais (Khshathra Vairya) e Animais (Vohu Manah);
* Os Amesha Spentas femininos presidem elementos femininos: Terra (Spenta Armaiti), Água (Haurvatat) e Vegetação (Ameretat).
2) Vohu Manah ou Vohu Mano é a “boa mente, inteligência e bom pensamento”, representa a sabedoria de distinção e o pensamento completo exigidos conduzindo uma vida útil. É o gerador de bons pensamentos, de boas palavras e de boas ações. É dado a liberdade a escolher entre bens e o mal, e a responsabilidade colher as conseqüências. É o princípio intelectual e era o primeiro Amesha Spenta criado por Ahura Mazda, e senta-se à sua direita. É o Amesha Spenta dos Animais.
3) Asha Vahishta significa a “verdade e justiça”, é a divina Lei - ele personifica a retidão, a verdade, a ordem, a justiça e o progresso. É a lei universal da precisão íntegro. Cada Zoroastrista esforça-se para seguir o trajeto de Asha em seu sentido espiritual mais elevado e mais profundo. Asha é a personificação da “maioria da verdade íntegra”. Foi o segundo Amesha Spenta a ser criado e preside o Fogo.
4) O “poder íntegro” de Khshathra Vairya denotam o estabelecimento da paz. É escolhida por povos livres e sábios como sua ordem ideal no espírito e na matéria. É a autoridade divina. É democracia na mente e no corpo, no pensamento, nas palavras e nas ações em cada atividade social. Simboliza o auto-controle para incluir seus desejos e órgãos sensoriais da estimulação por objetos do sentido assim como a boa autoridade que arrumadores na prosperidade e no reino de deus. É o Amesha Spenta do Céu (Ar) e dos Metais.
5) Spenta Armaiti significa “a serenidade santa, devoção” igualmente significa a tranquilidade, conformidade santa. É paz e prosperidade. É uma deusa da terra e da fertilidade e filha de Ahura Mazda. Era o quarto Amesha Spenta criado. Personifica a devoção santamente e a obediência íntegro, e igualmente a humildade, fé, devoção, devoto, e assim por diante. É Amesha Spenta da Terra.
6) Haurvatat significa o “a integridade, a saúde e a conclusão”. É o processo de aperfeiçoamento e a conclusão final de nossa evolução material e espiritual. É o Amesha Spenta que preside sobre a Água e é a personificação da perfeição. Guarda as naturezas espirituais e físicas da água, e traz a prosperidade e a saúde.
7) Ameretat significa “Imortalidade”. Junto com Haurvatat, é o objetivo último e representa a conclusão de nosso desenvolvimento evolucionário e a realização final de nossa vida na terra. É associada com as plantas. Personifica a imortalidade e governa os aspectos físicos e espirituais da vida eterna como são simbolizadas nas plantas.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Sete Anjos - Capítulo 1
Aquele dia, 24 de fevereiro de 1832, ficaria para sempre na memória dos Celestiais: Mephistus, o Grande Lorde da Guerra havia destruído muito do Éden...Os Spíritus Latro e seu Primus, Caesar, haviam deixado de existir...as cidades celestiais de Prístina e Libertatis haviam sido destruídas e milhares de celestiais haviam sido obliterados...E, para piorar tudo, o Primus Veritatis desaparecera...o último a vê-lo foi o Arcanjo Asphael Veritas...
Na verdade, Veritatis buscava respostas, para o que tinha visto, ouvido e vivido...e nessa busca, decidiu vir à Terra, disfarçado, para procurar...
A primeira decisão dele foi a de criar um grupo de guerreiros, que impedissem outra guerra daquelas...pessoas que inspirassem a humanidade a fazer o bem, e não cedessem às manifestações demoníacas dos inimigos...
Pensando assim, Veritatis arquitetou o seu plano, que demoraria certo tempo, mas que traria resultados duradouros...
A primeira fase do projeto era inspirar crianças que nascessem dali em diante, para que pudessem ajudá-lo...e a primeira estava para nascer...
No dia 15 de dezembro de 1832, nasceu Alexandre Gustave Eiffel. Veritatis estava próximo da criança, em Dijon, na França, e o inspirou...
Em 1833, Veritatis visitou o segundo bebê de sua lista. A criança foi batizada como Alfred Bernhard Nobel, e nasceu em Estocolmo, na Suécia...
Em 1836, Veritatis estava na Holanda, para abençoar o nascimento do bebê Lawrence Alma-Tadema.
Em 1837, Veritatis percebeu que o inimigo também estava "cuidando" de nascimentos, e sentiu um arrepio terrível, ao perceber o potencial que aquela criança, nascida na Áustria...mas, sua índole não permitia que matasse crianças...ele apenas percebeu que estava no caminho certo...nesse mesmo ano, nasceu a pequena Isabel, em Munique...
Depois de alguns anos, Veritatis sentiu que estava vindo mais uma criança que precisaria de sua intervenção: a pequena Isabel Cristina, nascida princesa no Brasil, em 1846...era a quinta criança, e segunda mulher...
Nessa altura, Gustave já estava com 14 anos, Alfred tinha 13, Lawrence tinha 10 e Isabel tinha 9 anos. Veritatis acompanhava a vida de cada um deles...Alfred, por exemplo, já não estava mais em Estocolmo, pois desde 1842 ele e a família haviam se mudado para São Petersburgo, na Rússia...e Lawrence havia perdido o pai, em 1840...
Em 1847, Veritatis teve trabalho dobrado: um bebê nasceu na Escócia e outro nos Estados Unidos. O primeiro recebeu o nome de Alexander Graham Bell e o segundo, de Thomas Alva Edison. Agora, eram sete as crianças...a primeira fase estava completa...
(Continua)
Na verdade, Veritatis buscava respostas, para o que tinha visto, ouvido e vivido...e nessa busca, decidiu vir à Terra, disfarçado, para procurar...
A primeira decisão dele foi a de criar um grupo de guerreiros, que impedissem outra guerra daquelas...pessoas que inspirassem a humanidade a fazer o bem, e não cedessem às manifestações demoníacas dos inimigos...
Pensando assim, Veritatis arquitetou o seu plano, que demoraria certo tempo, mas que traria resultados duradouros...
A primeira fase do projeto era inspirar crianças que nascessem dali em diante, para que pudessem ajudá-lo...e a primeira estava para nascer...
No dia 15 de dezembro de 1832, nasceu Alexandre Gustave Eiffel. Veritatis estava próximo da criança, em Dijon, na França, e o inspirou...
Em 1833, Veritatis visitou o segundo bebê de sua lista. A criança foi batizada como Alfred Bernhard Nobel, e nasceu em Estocolmo, na Suécia...
Em 1836, Veritatis estava na Holanda, para abençoar o nascimento do bebê Lawrence Alma-Tadema.
Em 1837, Veritatis percebeu que o inimigo também estava "cuidando" de nascimentos, e sentiu um arrepio terrível, ao perceber o potencial que aquela criança, nascida na Áustria...mas, sua índole não permitia que matasse crianças...ele apenas percebeu que estava no caminho certo...nesse mesmo ano, nasceu a pequena Isabel, em Munique...
Depois de alguns anos, Veritatis sentiu que estava vindo mais uma criança que precisaria de sua intervenção: a pequena Isabel Cristina, nascida princesa no Brasil, em 1846...era a quinta criança, e segunda mulher...
Nessa altura, Gustave já estava com 14 anos, Alfred tinha 13, Lawrence tinha 10 e Isabel tinha 9 anos. Veritatis acompanhava a vida de cada um deles...Alfred, por exemplo, já não estava mais em Estocolmo, pois desde 1842 ele e a família haviam se mudado para São Petersburgo, na Rússia...e Lawrence havia perdido o pai, em 1840...
Em 1847, Veritatis teve trabalho dobrado: um bebê nasceu na Escócia e outro nos Estados Unidos. O primeiro recebeu o nome de Alexander Graham Bell e o segundo, de Thomas Alva Edison. Agora, eram sete as crianças...a primeira fase estava completa...
(Continua)
sábado, 27 de novembro de 2010
Depois de bruxos e vampiros, anjos devem ser a nova febre da literatura
O flanco de mercado aberto por Harry Potter no Brasil, há dez anos, vem sendo dominado nesta última década por personagens com características sobrenaturais, cujo poder principal é o de arregimentar leitores entre o público jovem. O nicho já foi protagonizado por bruxos, por seres mitológicos e por vampiros, os atuais mandatários do pedaço. E tudo indica que em breve será tomado por criaturas celestiais. “Os anjos são o filão do momento”, diz Gabriela Nascimento, editora de títulos juvenis da Agir/Ediouro, que acaba de lançar no Brasil a trilogia Halo, da australiana Alexandra Adornetto.
Na última semana, com pouco mais de um mês de mercado e cerca de 20.000 exemplares comercializados, Halo (472 páginas, 39,90 reais), o livro que inaugura a série homônima, entrou para a lista dos mais vendidos de VEJA, onde agora figura Beijada por um Anjo, da Novo Conceito (leia mais abaixo). Lá, na semana passada, Halo encontrou outro best-seller do segmento: Fallen, inglês para “caído” (Record, 406 páginas, 39,90 reais), da americana Lauren Kate. Desde que foi publicado por aqui, no final de julho, o título vendeu mais de 50.000 cópias, reprisando o bom desempenho alcançado nos Estados Unidos, onde entrou para a lista de best-sellers do New York Times e teve seus direitos para o cinema comprados pela Disney. E marcou a entrada da robusta Record no segmento. Em outubro, a editora carioca daria partida a uma segunda série de anjos, com o lançamento de Cidade dos Ossos (462 páginas, 39,90 reais), de Cassandra Clare, famosa por seus fanfictions (derivações livres) de Harry Potter. Cidade dos Ossos, que nos EUA inspirou até uma linha de joias, teve 10.000 cópias comercializadas por aqui.
“De fato, depois da linha de Harry Potter, que une magia e fantasia, passamos pelos vampiros da Stephenie Meyer e agora há uma movimentação para o lado dos anjos”, diz Fabio Herz, diretor de marketing e relacionamento da Livraria Cultura. “Esse filão pode não atingir a força do nicho vampiresco, mas certamente vai continuar crescendo, porque há um interesse claro do público e porque o segmento dos vampiros uma hora vai saturar.”
Se é o interesse do público quem dita os rumos do mercado, não faltam indícios de que os anjos têm um céu aberto pela frente. Sussurro (264 páginas, 29,90 reais), pontapé inicial da saga americana Hush Hush, de Becca Fitzpatrick, foi lançado em junho pela Intrínseca, a mesma editora dos hits Crepúsculo e Percy Jackson, e, de acordo com a empresa, já contabiliza quase 41.000 exemplares vendidos. Sussurro foi tão bem recebido pelos leitores que sua tiragem inicial de 30.000 exemplares precisou ser repetida e agora a Intrínseca planeja uma tiragem duas vezes maior para Crescendo, o segundo título da série. O livro sai em janeiro com 60.000 cópias.
Outra saga angelical bem sucedida lá fora e importada pelo mercado nacional é Beijada por um Anjo, da americana Elizabeth Chandler, sobre um casal metade humano metade anjo. A trilogia teve seus dois primeiros livros, Uma Inesquecível História de Amor e Suspense (Novo Conceito, 263 páginas, 29,90 reais) e A Força do Amor (Novo Conceito, 263 páginas, 29,90 reais), entregues às lojas em outubro. Desde então, segundo Milla Baracchini, vice-presidente da editora Novo Conceito, de Ribeirão Preto, venderam, cada um, dezenas de milhares de exemplares. Almas Gêmeas, o último volume da série, tem lançamento previsto para 1º de dezembro.
O poder dos anjos – A publicação de um livro não se faz do dia para a noite. Os editores estão sempre visitando feiras no Brasil e no exterior, acompanhando os lançamentos e planejando o que vão pôr no mercado com um ano de antecedência, em média. Na Novo Conceito, a revoada dos anjos vinha sendo armada desde o início de 2009. “Os anjos despontaram como tendência há mais de um ano. Na época, já havia muita coisa de vampiro, nós sentíamos que esse filão estava se esgotando. Buscando algo novo para lançar, encontramos a série da Elizabeth Chandler, que nos EUA foi lançada ainda no final dos anos 1990, e deve ganhar uma continuação em 2011”, diz Milla. “O leitor brasileiro de modo geral ainda é um jovem leitor, então, se o livro for fácil, tem boa aceitação. No caso dos anjos, contribui o fato de eles não serem tão diferentes dos vampiros, que estão em alta: são personagens com poderes especiais, vivendo histórias de amor.”
Para Gabriela Nascimento, da Ediouro, além de envolvidos em histórias românticas, os anjos estão imersos em crises que permitem ao leitor, ainda mais adolescente, se identificar com eles. “Os anjos atraem pela dicotomia entre o bem e o mal, especialmente os caídos, que fazem bobagens e enfrentam dilemas. Na adolescência, os questionamentos éticos são mais acentuados e a identificação é maior com esses personagens de dois lados, que precisam escolher entre agir bem ou mal, assim como o vampiro bonzinho de Crepúsculo deseja, mas tem pudor de morder a amada.”
O tipo de discussão presente nesses livros, diz Gabriela, é capaz de atrair leitores do campo da autoajuda. “Há uma migração clara de um segmento para o outro”, conta. Não se trata, portanto, de uma literatura apenas para adolescentes. "Leitores de até 30 anos, e às vezes de mais idade, também podem se interessar.”
Livros seriados - Outro sintoma da febre dos anjos foi a distribuição pela Rocco, na última semana, dos primeiros 15.000 exemplares brasileiros de Tempo dos Anjos (288 páginas, 34,50 reais). O livro abre uma trilogia angelical da veterana Anne Rice, mais conhecida por seu envolvimento com a literatura vampiresca – em especial, pelo já clássico Entrevista com o Vampiro. A chegada de Rice ao pedaço coroa a sua ascensão. E mostra que o formato de série lançado e consagrado por J. K. Rowling e seu Harry Potter continua ditando os lançamentos para o público jovem.
De fato, apesar da mudança dos protagonistas dos livros, que agora têm asas em vez de dentes afiados ou varas de condão, a estrutura geral é semelhante. São séries de universos fantásticos dotados de verossimilhança interna e profundidade psicológica. “Harry Potter teve o mérito incontestável de ter feito as editoras no mundo inteiro olharem para o público jovem e de ter criado espaço para livros seriados”, diz Jorge Oakim, editor da Intrínseca. “A saga mostrou que livro para jovem não precisa ser simples, de menos de 200 páginas e personagens ralos. O importante é que seja um livro capaz de agradar. Se o leitor jovem gosta de um livro, ele não para mais de ler.”
Fonte: Veja, de 27 de 11 de 2010
Na última semana, com pouco mais de um mês de mercado e cerca de 20.000 exemplares comercializados, Halo (472 páginas, 39,90 reais), o livro que inaugura a série homônima, entrou para a lista dos mais vendidos de VEJA, onde agora figura Beijada por um Anjo, da Novo Conceito (leia mais abaixo). Lá, na semana passada, Halo encontrou outro best-seller do segmento: Fallen, inglês para “caído” (Record, 406 páginas, 39,90 reais), da americana Lauren Kate. Desde que foi publicado por aqui, no final de julho, o título vendeu mais de 50.000 cópias, reprisando o bom desempenho alcançado nos Estados Unidos, onde entrou para a lista de best-sellers do New York Times e teve seus direitos para o cinema comprados pela Disney. E marcou a entrada da robusta Record no segmento. Em outubro, a editora carioca daria partida a uma segunda série de anjos, com o lançamento de Cidade dos Ossos (462 páginas, 39,90 reais), de Cassandra Clare, famosa por seus fanfictions (derivações livres) de Harry Potter. Cidade dos Ossos, que nos EUA inspirou até uma linha de joias, teve 10.000 cópias comercializadas por aqui.
“De fato, depois da linha de Harry Potter, que une magia e fantasia, passamos pelos vampiros da Stephenie Meyer e agora há uma movimentação para o lado dos anjos”, diz Fabio Herz, diretor de marketing e relacionamento da Livraria Cultura. “Esse filão pode não atingir a força do nicho vampiresco, mas certamente vai continuar crescendo, porque há um interesse claro do público e porque o segmento dos vampiros uma hora vai saturar.”
Se é o interesse do público quem dita os rumos do mercado, não faltam indícios de que os anjos têm um céu aberto pela frente. Sussurro (264 páginas, 29,90 reais), pontapé inicial da saga americana Hush Hush, de Becca Fitzpatrick, foi lançado em junho pela Intrínseca, a mesma editora dos hits Crepúsculo e Percy Jackson, e, de acordo com a empresa, já contabiliza quase 41.000 exemplares vendidos. Sussurro foi tão bem recebido pelos leitores que sua tiragem inicial de 30.000 exemplares precisou ser repetida e agora a Intrínseca planeja uma tiragem duas vezes maior para Crescendo, o segundo título da série. O livro sai em janeiro com 60.000 cópias.
Outra saga angelical bem sucedida lá fora e importada pelo mercado nacional é Beijada por um Anjo, da americana Elizabeth Chandler, sobre um casal metade humano metade anjo. A trilogia teve seus dois primeiros livros, Uma Inesquecível História de Amor e Suspense (Novo Conceito, 263 páginas, 29,90 reais) e A Força do Amor (Novo Conceito, 263 páginas, 29,90 reais), entregues às lojas em outubro. Desde então, segundo Milla Baracchini, vice-presidente da editora Novo Conceito, de Ribeirão Preto, venderam, cada um, dezenas de milhares de exemplares. Almas Gêmeas, o último volume da série, tem lançamento previsto para 1º de dezembro.
O poder dos anjos – A publicação de um livro não se faz do dia para a noite. Os editores estão sempre visitando feiras no Brasil e no exterior, acompanhando os lançamentos e planejando o que vão pôr no mercado com um ano de antecedência, em média. Na Novo Conceito, a revoada dos anjos vinha sendo armada desde o início de 2009. “Os anjos despontaram como tendência há mais de um ano. Na época, já havia muita coisa de vampiro, nós sentíamos que esse filão estava se esgotando. Buscando algo novo para lançar, encontramos a série da Elizabeth Chandler, que nos EUA foi lançada ainda no final dos anos 1990, e deve ganhar uma continuação em 2011”, diz Milla. “O leitor brasileiro de modo geral ainda é um jovem leitor, então, se o livro for fácil, tem boa aceitação. No caso dos anjos, contribui o fato de eles não serem tão diferentes dos vampiros, que estão em alta: são personagens com poderes especiais, vivendo histórias de amor.”
Para Gabriela Nascimento, da Ediouro, além de envolvidos em histórias românticas, os anjos estão imersos em crises que permitem ao leitor, ainda mais adolescente, se identificar com eles. “Os anjos atraem pela dicotomia entre o bem e o mal, especialmente os caídos, que fazem bobagens e enfrentam dilemas. Na adolescência, os questionamentos éticos são mais acentuados e a identificação é maior com esses personagens de dois lados, que precisam escolher entre agir bem ou mal, assim como o vampiro bonzinho de Crepúsculo deseja, mas tem pudor de morder a amada.”
O tipo de discussão presente nesses livros, diz Gabriela, é capaz de atrair leitores do campo da autoajuda. “Há uma migração clara de um segmento para o outro”, conta. Não se trata, portanto, de uma literatura apenas para adolescentes. "Leitores de até 30 anos, e às vezes de mais idade, também podem se interessar.”
Livros seriados - Outro sintoma da febre dos anjos foi a distribuição pela Rocco, na última semana, dos primeiros 15.000 exemplares brasileiros de Tempo dos Anjos (288 páginas, 34,50 reais). O livro abre uma trilogia angelical da veterana Anne Rice, mais conhecida por seu envolvimento com a literatura vampiresca – em especial, pelo já clássico Entrevista com o Vampiro. A chegada de Rice ao pedaço coroa a sua ascensão. E mostra que o formato de série lançado e consagrado por J. K. Rowling e seu Harry Potter continua ditando os lançamentos para o público jovem.
De fato, apesar da mudança dos protagonistas dos livros, que agora têm asas em vez de dentes afiados ou varas de condão, a estrutura geral é semelhante. São séries de universos fantásticos dotados de verossimilhança interna e profundidade psicológica. “Harry Potter teve o mérito incontestável de ter feito as editoras no mundo inteiro olharem para o público jovem e de ter criado espaço para livros seriados”, diz Jorge Oakim, editor da Intrínseca. “A saga mostrou que livro para jovem não precisa ser simples, de menos de 200 páginas e personagens ralos. O importante é que seja um livro capaz de agradar. Se o leitor jovem gosta de um livro, ele não para mais de ler.”
Fonte: Veja, de 27 de 11 de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Ser Celestial
E então? O que é "ser um Celestial", para você? Enquanto você pensa numa resposta, vou te dizer o que é, para mim, ok?
Antes de mais nada, penso num Celestial como num humano que se encontra numa nova condição. Não achei uma fonte que tirasse minha dúvida, então não acho que se "nasce" anjo. Prefiro crer que os anjos são "espíritos" de pessoas que morreram, e foram destinadas a lutar contra as "forças do mal"...
Aqui, nessa idéia, gostaria de comentar duas palavras. A primeira é "espírito". Não sou espírita, mas respeito essa doutrina, assim como todas as outras. Então, quando afirmo que, na minha idéia, "anjos" são "espíritos", não o falo dentro dessa idéia, e sim daquela que separa o que é visível e concreto ou material daquilo que é invisível e abstrato ou imaterial.
A segunda idéia é de que "anjos combatem as forças do mal", subentendendo-se que eles fazem parte das "forças do bem", na idéia de que há "mocinhos" e "vilões", tão comum a todas as culturas...
Na verdade, no RPG, usamos as idéias básicas do Zoroastrismo, religião mais antiga ainda praticada, e que influenciou o Cristianismo, justamente nessa idéia de "bem" e "mal", "céu" e "inferno"...
Explicando: o nosso livro-base, "Anjo, A Salvação", se baseia na religião criada por Zoroastro (ou Zaratustra), um profeta que viveu cerca de 700 anos antes de Cristo, na Pérsia (atual Irã). O nome dele era diferente desse, mas os gregos o chamavam assim (em grego, Zoroastro seria "contemplador de astros"). Agora, leia isso:
Um dia Zaratustra estava meditando às margens de um rio quando um ser estranho lhe apareceu. Ele era indescritível, tal a sua beleza e brilho. Zaratustra perguntou-lhe quem era ele, ao que teve como resposta: "Sou Vohu Mano, a Boa Mente. Vim lhe buscar". E tomou-lhe a mão, e o levou para um lugar muito bonito, onde sete outros seres os esperavam.
Vohu Mano e os outros seres seriam anjos? Provavelmente...E, no início, tivemos sete Cleros...E foi assim que Zoroastro começou a aprender e ensinar essa nova religião. Na doutrina zaratustriana, antes de o mundo existir, reinavam dois espíritos ou princípios antagônicos: os espíritos do Bem (Ahura Mazda, Spenta Mainyu, ou Ormuz) e do Mal (Angra Mainyu ou Arimã). Divindades menores, gênios e espíritos ajudavam Ormuz a governar o mundo e a combater Arimã e a legião do mal.
Partindo desse princípio (e dessa explicação), chego à conclusão de que há algo determinado em nossas vidas, e algo que devemos decidir...Quando nasci, já estava previsto que eu seria Celestial. Mas, cada provação, cada ensinamento, cada situação, cada perda, cada ganho, foram essenciais para me testar, para que eu mesma decidisse de que lado ficar...Então, minhas ações foram aprovadas, e quando morri, acabei vindo para o Éden (outros devem ter tido destino diferente do meu...).
Mas, uma perguntinha filosófica: "o que é ser bom?" Se eu salvar a vida de uma pessoa, e depois descobrir que essa pessoa matou outra, qual terá sido o meu papel? Nos filmes e seriados há muito disso: se eu tivesse agido diferente, aquela pessoa teria morrido? Eu sou má, então???
Acho que ser Celestial também passa por essas contradições...Veja a imagem que usei nesse post...Não é nenhum anjinho sorridente, de cabelinhos loiros e roupinhas lavadas com Omo Multi-Ação...Pelo contrário, parece mais um ser angustiado, que precisa se deparar com situações terríveis diariamente, que teve perdas inestimáveis (talvez por isso não queira se envolver com ninguém, assim como o Sam, do seriado "Supernatural"). Por outro lado, pode ter uma grande paixão mas, por força do destino, tenha que estar afastado dela (como o anjo de "Cidade dos Anjos"), ou tenha visto tanta coisa ruim, que ficou meio frio (como os anjos de "Legião" ou "Dogma"). Só não concordo em fazer acordos com o capeta, como fez o anjo de "Constantine", pois aí estaria confirmando o que Maquiavel disse, que "os fins justificam os meios"...Ou será que seria o nosso lado humano fraquejando???
De uma forma ou de outra, escrevi esse post para orientar quem precisa "criar seu anjo" e lhe falta idéias. Assista os filmes que citei, ou a série, para se inspirar. Mas, se você preferir fazer anjinhos loiros de roupinhas e asinhas brancas, também posso ajudar, ok?
Afinal de contas, os Celestiais são unidos contra as forças do mal, e o segredo dessa união é a luminosidade da alma, coisa que "os lá de baixo" não possuem...
Antes de mais nada, penso num Celestial como num humano que se encontra numa nova condição. Não achei uma fonte que tirasse minha dúvida, então não acho que se "nasce" anjo. Prefiro crer que os anjos são "espíritos" de pessoas que morreram, e foram destinadas a lutar contra as "forças do mal"...
Aqui, nessa idéia, gostaria de comentar duas palavras. A primeira é "espírito". Não sou espírita, mas respeito essa doutrina, assim como todas as outras. Então, quando afirmo que, na minha idéia, "anjos" são "espíritos", não o falo dentro dessa idéia, e sim daquela que separa o que é visível e concreto ou material daquilo que é invisível e abstrato ou imaterial.
A segunda idéia é de que "anjos combatem as forças do mal", subentendendo-se que eles fazem parte das "forças do bem", na idéia de que há "mocinhos" e "vilões", tão comum a todas as culturas...
Na verdade, no RPG, usamos as idéias básicas do Zoroastrismo, religião mais antiga ainda praticada, e que influenciou o Cristianismo, justamente nessa idéia de "bem" e "mal", "céu" e "inferno"...
Explicando: o nosso livro-base, "Anjo, A Salvação", se baseia na religião criada por Zoroastro (ou Zaratustra), um profeta que viveu cerca de 700 anos antes de Cristo, na Pérsia (atual Irã). O nome dele era diferente desse, mas os gregos o chamavam assim (em grego, Zoroastro seria "contemplador de astros"). Agora, leia isso:
Um dia Zaratustra estava meditando às margens de um rio quando um ser estranho lhe apareceu. Ele era indescritível, tal a sua beleza e brilho. Zaratustra perguntou-lhe quem era ele, ao que teve como resposta: "Sou Vohu Mano, a Boa Mente. Vim lhe buscar". E tomou-lhe a mão, e o levou para um lugar muito bonito, onde sete outros seres os esperavam.
Vohu Mano e os outros seres seriam anjos? Provavelmente...E, no início, tivemos sete Cleros...E foi assim que Zoroastro começou a aprender e ensinar essa nova religião. Na doutrina zaratustriana, antes de o mundo existir, reinavam dois espíritos ou princípios antagônicos: os espíritos do Bem (Ahura Mazda, Spenta Mainyu, ou Ormuz) e do Mal (Angra Mainyu ou Arimã). Divindades menores, gênios e espíritos ajudavam Ormuz a governar o mundo e a combater Arimã e a legião do mal.
Partindo desse princípio (e dessa explicação), chego à conclusão de que há algo determinado em nossas vidas, e algo que devemos decidir...Quando nasci, já estava previsto que eu seria Celestial. Mas, cada provação, cada ensinamento, cada situação, cada perda, cada ganho, foram essenciais para me testar, para que eu mesma decidisse de que lado ficar...Então, minhas ações foram aprovadas, e quando morri, acabei vindo para o Éden (outros devem ter tido destino diferente do meu...).
Mas, uma perguntinha filosófica: "o que é ser bom?" Se eu salvar a vida de uma pessoa, e depois descobrir que essa pessoa matou outra, qual terá sido o meu papel? Nos filmes e seriados há muito disso: se eu tivesse agido diferente, aquela pessoa teria morrido? Eu sou má, então???
Acho que ser Celestial também passa por essas contradições...Veja a imagem que usei nesse post...Não é nenhum anjinho sorridente, de cabelinhos loiros e roupinhas lavadas com Omo Multi-Ação...Pelo contrário, parece mais um ser angustiado, que precisa se deparar com situações terríveis diariamente, que teve perdas inestimáveis (talvez por isso não queira se envolver com ninguém, assim como o Sam, do seriado "Supernatural"). Por outro lado, pode ter uma grande paixão mas, por força do destino, tenha que estar afastado dela (como o anjo de "Cidade dos Anjos"), ou tenha visto tanta coisa ruim, que ficou meio frio (como os anjos de "Legião" ou "Dogma"). Só não concordo em fazer acordos com o capeta, como fez o anjo de "Constantine", pois aí estaria confirmando o que Maquiavel disse, que "os fins justificam os meios"...Ou será que seria o nosso lado humano fraquejando???
De uma forma ou de outra, escrevi esse post para orientar quem precisa "criar seu anjo" e lhe falta idéias. Assista os filmes que citei, ou a série, para se inspirar. Mas, se você preferir fazer anjinhos loiros de roupinhas e asinhas brancas, também posso ajudar, ok?
Afinal de contas, os Celestiais são unidos contra as forças do mal, e o segredo dessa união é a luminosidade da alma, coisa que "os lá de baixo" não possuem...
domingo, 31 de outubro de 2010
Halloween, Samhain, Bruxas e Deusa Tríplice
O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos.
Origem Pagã
A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam início ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Origem Católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.
A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.
A Wicca é uma religião basicamente duoteística que crê tradicionalmente na Mãe tríplice e no Deus Cornífero. Estas duas deidades são muitas vezes vistas como facetas de uma divindade panteísta maior, ou que se manifestam como várias divindades politeístas. No entanto, há também outras posições teológicas dentro do Ofício, que vão desde o monoteísmo ao ateísmo. A Wicca também envolve a prática ritual da mágica, em grande parte influenciada pela magia cerimonial do passado, muitas vezes em conjunto com um código de moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, embora não seja uma regra. Embora adorem o celta Cernunnos, símbolo da virilidade, e por vezes seja confundida com Satanismo, os wiccanos não crêem em Lúcifer ou em Satã.
Mãe tríplice é a deusa mãe dos celtas. É representada como três mulheres, cada uma segurando um objecto diferente, como um cão, um peixe e um cesto. Três era considerado um número sagrado para os celtas, daí as figuras triplas ou deuses de três cabeças.
A Lua (a Senhora do Destino) é a grande trindade feminina de Donzela, Mãe e Anciã. Os rituais Druídicos são sempre realizados em conjunção com as fases da Lua, e as druidesas (sacerdotisas), alinham o trabalho mágico, com os ciclos menstruais. A Senhora do Destino é consagrada ao dia 6 de janeiro.
Fases místicas da lua
A donzela/Nimué - o crescente lunar, virginal e delicado;
A mãe/Mari - a Lua Cheia, com seu ventre inchado de vida;
A anciã/Anu - a Lua em quarto Minguante, sábia e poderosa, que desaparece na noite escura da morte (Morrigan, a Lua Nova).
Origem Pagã
A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam início ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Origem Católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.
A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.
A Wicca é uma religião basicamente duoteística que crê tradicionalmente na Mãe tríplice e no Deus Cornífero. Estas duas deidades são muitas vezes vistas como facetas de uma divindade panteísta maior, ou que se manifestam como várias divindades politeístas. No entanto, há também outras posições teológicas dentro do Ofício, que vão desde o monoteísmo ao ateísmo. A Wicca também envolve a prática ritual da mágica, em grande parte influenciada pela magia cerimonial do passado, muitas vezes em conjunto com um código de moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, embora não seja uma regra. Embora adorem o celta Cernunnos, símbolo da virilidade, e por vezes seja confundida com Satanismo, os wiccanos não crêem em Lúcifer ou em Satã.
Mãe tríplice é a deusa mãe dos celtas. É representada como três mulheres, cada uma segurando um objecto diferente, como um cão, um peixe e um cesto. Três era considerado um número sagrado para os celtas, daí as figuras triplas ou deuses de três cabeças.
A Lua (a Senhora do Destino) é a grande trindade feminina de Donzela, Mãe e Anciã. Os rituais Druídicos são sempre realizados em conjunção com as fases da Lua, e as druidesas (sacerdotisas), alinham o trabalho mágico, com os ciclos menstruais. A Senhora do Destino é consagrada ao dia 6 de janeiro.
Fases místicas da lua
A donzela/Nimué - o crescente lunar, virginal e delicado;
A mãe/Mari - a Lua Cheia, com seu ventre inchado de vida;
A anciã/Anu - a Lua em quarto Minguante, sábia e poderosa, que desaparece na noite escura da morte (Morrigan, a Lua Nova).
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Os Reis Plantagenetas
Entre 1154 e 1399, a Inglaterra foi governada pelos Reis Plantagenetas ou Angevinos. Esse nome deriva de uma planta, conhecida por "giesta" ("plant genet", em francês), e foi escolhido pelo Conde Godofredo V, de Anjou (de onde deriva o "angevino"), que viveu entre 1113 e 1151.
O casamento de Godofredo V com Matilde da Inglaterra, filha de Henrique I, fez com que os Plantagenetas chegassem à ilha britânica.
Houveram oito reis da Dinastia dos Plantagenetas, a saber:
1) Henrique II: nasceu em 1133 e governou de 1154 até 1189. Em seu Reinado organizaram-se os impostos e foi assassinado Tomás Becket, Arcebispo de Canterbury. Foi ele também que concluiu a conquista do País de Gales e da Irlanda;
2) Ricardo I ou Ricardo Coração de Leão: nasceu em 1157 e era filho de Henrique II e Leonor de Aquitânia. Foi educado em francês e participou da terceira Cruzada. Morreu em 1199;
3) João I ou João Sem Terra: nasceu em 1166 e faleceu em 1216. Era filho de Henrique II e Leonor de Aquitânia, assim como era irmão de Ricardo Coração de Leão. Impopular entre seus súditos, o Rei João foi obrigado a concordar com a Magna Carta (1215), que limitava os seus poderes. Aparece como vilão nas lendas de Ivanhoé e Robin Hood;
4) Henrique III: nasceu em 1207 e era filho de João I e Isabel de Angouleme. Em seu Reinado ocorreu a primeira sessão do Parlamento inglês, em virtude da Magna Carta. Morreu em 1272;
5) Eduardo I: nasceu em 1239 e era filho de Henrique III e Leonor de Castela. Em seu Reinado foi controlado o País de Gales (novamente) e a Escócia. E em 1290, ele expulsou os judeus da Inglaterra. Morreu em 1307;
6) Eduardo II: nasceu em 1284 e era filho de Eduardo I e Leonor de Provença. Antes de ser Rei da Inglaterra, foi o primeiro Príncipe de Gales, a partir de 1301. Acredita-se que era homossexual mas, mesmo assim, casou-se com Isabel de França e teve quatro filhos. Morreu em 1327;
7) Eduardo III: nasceu em 1312 e era filho de Eduardo II e Isabel de França. Subiu ao trono com 14 anos, quando sua mãe depôs seu pai. Quando completou 18 anos, ordenou a morte de seu padrasto e exilou sua mãe. Reconquistou a Escócia, que havia se libertado durante o reinado de seu pai. Sua pretensão ao trono francês deu início à Guerra dos Cem Anos (1337/1453). Morreu em 1377. Seu filho Eduardo, O Príncipe Negro, morreu um ano antes que ele, e Eduardo III foi sucedido por seu neto, Ricardo;
8) Ricardo II: nasceu em 1367 e era filho de Eduardo, O Príncipe Negro com Joana de Kent (era neto de Eduardo III). Ele não teve filhos e foi o último Rei Plantageneta. Morreu em 1400.
Imagem: Rei Eduardo III (1312/1377)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Seres Fantásticos na TV
Você já percebeu como as séries que retratam seres fantásticos têm feito sucesso na TV? Não? Então preste atenção...
Nos anos 50, 60 e 70, a moda era fazer filmes e séries com seres de ficção científica (Star Trek, Perdidos no Espaço, etc.) e super-heróis (Superman, Mulher Maravilha, Batman). Havia séries de seres fantásticos, mas geralmente em tom de comédia (Os Monstros, Jeannie É Um Gênio, A Feiticeira, etc.). Nos anos 80, essas séries deram lugar a outras mais de acordo com a realidade, sem fantasias...
Mas, de um tempo para cá, os seres fantásticos voltaram, e agora não mais em tom de fantasia...Já se admite a possibilidade de que seres fantásticos realmente existam, ao menos nas séries televisivas...
Antes de falarmos dessas séries, podemos pensar no porquê dessa guinada para o fantástico, para o sobrenatural...Será que estamos precisando de mais fantasia, em nossas vidas? Será que o desejo pelo mistério, pelo estranho, é que nos impele a gostar dessas coisas? Ou é apenas pura e inocente diversão?
A princípio, podemos lembrar do enorme sucesso que "O Senhor dos Anéis" fez, na trilogia baseada na obra de Tolkien: "A Sociedade do Anel" (2001), "As Duas Torres" (2002) e "O Retorno do Rei" (2003).
No mesmo ano que teve início a trilogia do "Senhor dos Anéis", estreou o filme "Harry Potter e A Pedra Filosofal", sobre um bruxo que convivia com humanos. Após o estrondoso sucesso dos livros, o filme teve enorme aceitação, rendendo mais de 900 milhões de dólares, e foi seguido por outros: "Harry Potter e A Câmara Secreta" (2002), "Harry Potter E o Prisioneiro de Azkaban" (2004), "Harry Potter e O Cálice de Fogo" (2005), "Harry Potter e A Ordem da Fênix" (2007), "Harry Potter e O Enigma do Príncipe" (2009) e o atual, que está em fase de produção, e será dividido em duas partes (2010 e 2011), "Harry Potter e As Relíquias da Morte".
Pouco tempo depois, teve início a série televisiva "Supernatural", no ano de 2005. Ela já está na sexta temporada, e continua fazendo sucesso...
A série Harry Potter já havia sido um prenuncio do "envolvimento" entre seres fantásticos e pessoas comuns. E em 2005, quando teve início a série Supernatural e Harry Potter estava no quarto filme, a escritora Stephenie Meyer lançou o primeiro livro da série "Crepúsculo".
Contando a história da jovem Bella Swam, que se apaixona pelo vampiro Edward Cullen, a escritora teve grande êxito de vendas, e logo os livros se tornaram filmes: "Crepúsculo" (2008), "Lua Nova" (2009) e "Eclipse" (2010). Para o ano que vem, já está previsto o quarto e último filme dessa sequência: "Amanhecer".
Para passar para a televisão, foi um pulo: em 2008, teve início a série "True Blood", baseada nos livros da escritora Charlaine Harris, que já teve três temporadas de sucesso, e se encaminha para a quarta...Essa série já teve vampiros, lobisomens, metamorfos, bacantes, fadas, e pelo jeito vem mais por aí...
E, ainda no quesito "seres estranhos" X "mortais", ainda podemos citar a série "The Vampire Diaries", sobre Elena Gilbert, que namora Stephan e é cabiçada pelo irmão dele, Damon. Baseado nos livros da escritora Lisa Jane Smith, essa série já teve vampiros, bruxas e lobisomens. Talvez ainda vejamos mais seres fantásticos...
Por estes exemplos, você pode ver que os seres fantásticos estão na moda, e têm movido milhões de dólares, em bilheterias e outros artigos, relacionados ao tema...
Imagem: bonecos representando os principais personagens da série "True Blood"
sábado, 2 de outubro de 2010
Criando Personagem de RPG
Após algum tempo afastada, retorno ao Blog, para analisar um dos assuntos que mais se discute nas Ilhas de RPG do Second Life: a criação de personagens em RPG.
Num post anterior (novembro de 2008), eu já havia abordado esse tema. Mas, na época, eu era "elfa" e usava o D&D para jogar, e também para fazer meus posts.
Agora, passados dois anos, posso dizer que já "evoluí" nesse quesito, e conheço também o Mundo das Trevas, que aposta em outra forma de criação...
Oras, vão dizer os mais astutos, mas ela pouco conhece de RPG e já tem a pretensão de fazer análises sobre o assunto....Para esses, eu digo que não é o conhecimento profundo de todos os sistemas de RPG que garantem a construção de um bom personagem, e sim a criatividade. A pessoa pode conhecer muito de RPG, mas se for pouco criativa, construirá um personagem pobre. Por outro lado, pode conhecer pouco de RPG, mas ser muito criativa. Quem ganha é o personagem e o jogo (e demais jogadores).
Na verdade, esse texto é mais uma tentativa de animar as ilhas de RPG, que tem se transformado em "ilhas de DCS". Nada contra o DCS, o Meter e outros sistemas de lutas. Mas, para esses que dizem não gostar de RPG eu pergunto: então porque você pertence a um grupo e adota um visual que não é seu? Se o que importa é lutar, então não precisaria criar um visual de vampiro, futurista, elfo, medieval, pirata, etc, não é mesmo?
Bem, paremos com esses "poréns", e vamos pensar no que interessa: como criar um personagem! Para isso, escolhi a imagem acima, retirada do filme "O Senhor dos Anéis" (2001).
Quando vamos assistir um filme, procuramos saber quem são os atores que irão participar dele. No caso do filme "Senhor dos Anéis", muitos atores eramd esconhecidos, e se tornaram famosos depois. Na sequência da foto temos:
1) Viggo Mortensen como Aragorn;
2) Ian McKellen como Gandalf;
3) Orlando Bloom como Legolas;
4) Sean Bean como Boromir;
5) Sean Astin como Samwise "Sam" Gamgee;
6) Elijah Wood como Frodo Baggins;
7) Dominic Monaghan como Meriadoc "Merry" Brandybuck;
8) Billy Boyd como Pippin;
9) John Rhys-Davies como Gimli.
E assim, temos formada a Sociedade do Anel, com dois humanos (Aragorn e Boromir), um elfo (Legolas), quatro hobbits (Sam, Frodo, Merry e Pippin) e um anão (Gimli). Também temos Gandalf, um mago, que aparentemente, é um humano com poderes.
Cinco "raças" ou "espécies" foram criadas aí, cada uma com religião, arquitetura, costumes, cultura, língua, idéias, arte, diferentes umas das outras. E os atores, por serem muito bons, personificaram essas "raças" com destreza e perfeição. Um exemplo disso: você consegue relacionar facilmente o personagem que o ator Dominic Monaghan fez em "O Senhor dos Anéis" com o que fez em Lost?
É claro que o texto de Tolkien ajudou muito, pois sem ele não seria possível para os atores criar seus personagens. A descrição foi importante, para que cada um "imaginasse" como seria seu papel, você não acha? No caso do RPG, o texto é o livro-base, que pode ser encontrado em sites e lidos quantas vezes for necessário.
Mas, nem tudo está descrito no livro. A linguagem de cinema é diferente da linguagem escrita, pois muitas coisas não estão descritas ali. Um exemplo disso são os hobbits. Os atores que interpretaram esses seres minúsculos não são pequenos. Mas tiveram que "entender" como seria dançar, lutar, pular, correr, para um pequeno hobbit. E isso não está explicitado no livro. Entra em cena o "laboratório", onde o ator precisa "compreender" a dinâmica de seu personagem, para que ele se torne o mais realista possível.
O resultado é um filme em que podemos "viajar" e acreditar que tudo aquilo é real. Você não vai imaginar o elfo Legolas mandando parar a luta porque o seu celular está tocando, não é mesmo?
Para um RPG ser perfeito, ou cada vez melhor, apontamos essas fases:
1) leitura do texto-base referente ao personagem que você pretende personificar;
2) preenchimento das lacunas (laboratório, para imaginar o que o livro não explica);
3) pesquisa de lugares, trajes, acontecimentos, para não falar bobagem;
4) trocas de idéias com outros que também personificam a mesma raça;
5) inserção total no personagem, nem que seja por 5 minutos. Nada de "vou pegar água" ou "o celular está tocando", durante o RPG.
Acredito que essas dicas possam ajudar os "leigos" a compreender melhor o que é um RPG e como deve ser um personagem de RPG...Bjs e até o próximo post....Saudades de meus amados...^^
Num post anterior (novembro de 2008), eu já havia abordado esse tema. Mas, na época, eu era "elfa" e usava o D&D para jogar, e também para fazer meus posts.
Agora, passados dois anos, posso dizer que já "evoluí" nesse quesito, e conheço também o Mundo das Trevas, que aposta em outra forma de criação...
Oras, vão dizer os mais astutos, mas ela pouco conhece de RPG e já tem a pretensão de fazer análises sobre o assunto....Para esses, eu digo que não é o conhecimento profundo de todos os sistemas de RPG que garantem a construção de um bom personagem, e sim a criatividade. A pessoa pode conhecer muito de RPG, mas se for pouco criativa, construirá um personagem pobre. Por outro lado, pode conhecer pouco de RPG, mas ser muito criativa. Quem ganha é o personagem e o jogo (e demais jogadores).
Na verdade, esse texto é mais uma tentativa de animar as ilhas de RPG, que tem se transformado em "ilhas de DCS". Nada contra o DCS, o Meter e outros sistemas de lutas. Mas, para esses que dizem não gostar de RPG eu pergunto: então porque você pertence a um grupo e adota um visual que não é seu? Se o que importa é lutar, então não precisaria criar um visual de vampiro, futurista, elfo, medieval, pirata, etc, não é mesmo?
Bem, paremos com esses "poréns", e vamos pensar no que interessa: como criar um personagem! Para isso, escolhi a imagem acima, retirada do filme "O Senhor dos Anéis" (2001).
Quando vamos assistir um filme, procuramos saber quem são os atores que irão participar dele. No caso do filme "Senhor dos Anéis", muitos atores eramd esconhecidos, e se tornaram famosos depois. Na sequência da foto temos:
1) Viggo Mortensen como Aragorn;
2) Ian McKellen como Gandalf;
3) Orlando Bloom como Legolas;
4) Sean Bean como Boromir;
5) Sean Astin como Samwise "Sam" Gamgee;
6) Elijah Wood como Frodo Baggins;
7) Dominic Monaghan como Meriadoc "Merry" Brandybuck;
8) Billy Boyd como Pippin;
9) John Rhys-Davies como Gimli.
E assim, temos formada a Sociedade do Anel, com dois humanos (Aragorn e Boromir), um elfo (Legolas), quatro hobbits (Sam, Frodo, Merry e Pippin) e um anão (Gimli). Também temos Gandalf, um mago, que aparentemente, é um humano com poderes.
Cinco "raças" ou "espécies" foram criadas aí, cada uma com religião, arquitetura, costumes, cultura, língua, idéias, arte, diferentes umas das outras. E os atores, por serem muito bons, personificaram essas "raças" com destreza e perfeição. Um exemplo disso: você consegue relacionar facilmente o personagem que o ator Dominic Monaghan fez em "O Senhor dos Anéis" com o que fez em Lost?
É claro que o texto de Tolkien ajudou muito, pois sem ele não seria possível para os atores criar seus personagens. A descrição foi importante, para que cada um "imaginasse" como seria seu papel, você não acha? No caso do RPG, o texto é o livro-base, que pode ser encontrado em sites e lidos quantas vezes for necessário.
Mas, nem tudo está descrito no livro. A linguagem de cinema é diferente da linguagem escrita, pois muitas coisas não estão descritas ali. Um exemplo disso são os hobbits. Os atores que interpretaram esses seres minúsculos não são pequenos. Mas tiveram que "entender" como seria dançar, lutar, pular, correr, para um pequeno hobbit. E isso não está explicitado no livro. Entra em cena o "laboratório", onde o ator precisa "compreender" a dinâmica de seu personagem, para que ele se torne o mais realista possível.
O resultado é um filme em que podemos "viajar" e acreditar que tudo aquilo é real. Você não vai imaginar o elfo Legolas mandando parar a luta porque o seu celular está tocando, não é mesmo?
Para um RPG ser perfeito, ou cada vez melhor, apontamos essas fases:
1) leitura do texto-base referente ao personagem que você pretende personificar;
2) preenchimento das lacunas (laboratório, para imaginar o que o livro não explica);
3) pesquisa de lugares, trajes, acontecimentos, para não falar bobagem;
4) trocas de idéias com outros que também personificam a mesma raça;
5) inserção total no personagem, nem que seja por 5 minutos. Nada de "vou pegar água" ou "o celular está tocando", durante o RPG.
Acredito que essas dicas possam ajudar os "leigos" a compreender melhor o que é um RPG e como deve ser um personagem de RPG...Bjs e até o próximo post....Saudades de meus amados...^^
domingo, 29 de agosto de 2010
Filme: Legião (2010)
Ontem assisti o filme "Legião", e resolvi fazer alguns comentários sobre ele...
O filme nos remete ao nascimento de Jesus Cristo, pois a trama gira em torno de uma criança que está para nascer. Mas, obviamente, esse não é o primeiro filme a tratar desse assunto. Lembro de vários outros filmes que tratavam do mesmo assunto, de O Bebê de Rosemary (1968) a Constantine (2005), passando pelo Exterminador do Futuro (1984).
Você pode dizer: "mas essas crianças não eram Jesus Cristo!" E eu respondo: mas eram crianças!
Hollywood, de tempos em tempos, procura fazer filmes onde crianças são mais do que simples crianças. Lembro-me do filme Os Meninos do Brasil (1978), em que o médico alemão Mengele criou clones de Hitler, para ressuscitar o Nazismo, e as crianças tinham que passar pelas mesmas situações que passou o "original", a fim de que a "experiência" desse certo...É a transformação da inocência em algo maligno...
Então, podemos ver que o fato de haver uma criança no centro das atenções não é em nada original.
Talvez, a originalidade desse filme esteja no fato de que os anjos não são bem o que pensamos deles...
O Arcanjo Miguel é o líder dos exércitos celestiais, padroeiro da Igreja Católica e preside o arrependimento e a justiça.
O Arcanjo Gabriel foi o que anunciou a Maria que ela teria um filho, Jesus. É o mensageiro de Deus, mas também é conhecido como o "anjo da morte". Teria sido ele também que trouxe a mensagem de Deus a Maomé, criador do Islamismo.
No filme, Gabriel faz o que Deus manda, enquanto que Miguel faz o que Deus precisa...Essa subjetividade complica um pouco o enredo do filme, se pensarmos num Deus onisciente e onipresente...Ele mesmo poderia ter resolvido a questão, sem precisar de anjos...E muito menos precisaria que os anjos discutissem suas ordens...
O mais estranho, talvez, nesse filme, é o fato de anjos se apossarem de pessoas, como se fossem demônios...
E a batalha do filme é aquela onde percebemos um toque de RPG: Gabriel, como bom Venator, possui asas de metal, que rebatem as balas da arma usada por Miguel (que, estranhamente, parece estar satisfeito em ter tirado as suas).
Em resumo, esse filme pode receber uma nota 6,0, mais pelas idéias sobre o caráter dos anjos e por nos dar idéias para RPG, do que pelo enredo do filme...
O filme nos remete ao nascimento de Jesus Cristo, pois a trama gira em torno de uma criança que está para nascer. Mas, obviamente, esse não é o primeiro filme a tratar desse assunto. Lembro de vários outros filmes que tratavam do mesmo assunto, de O Bebê de Rosemary (1968) a Constantine (2005), passando pelo Exterminador do Futuro (1984).
Você pode dizer: "mas essas crianças não eram Jesus Cristo!" E eu respondo: mas eram crianças!
Hollywood, de tempos em tempos, procura fazer filmes onde crianças são mais do que simples crianças. Lembro-me do filme Os Meninos do Brasil (1978), em que o médico alemão Mengele criou clones de Hitler, para ressuscitar o Nazismo, e as crianças tinham que passar pelas mesmas situações que passou o "original", a fim de que a "experiência" desse certo...É a transformação da inocência em algo maligno...
Então, podemos ver que o fato de haver uma criança no centro das atenções não é em nada original.
Talvez, a originalidade desse filme esteja no fato de que os anjos não são bem o que pensamos deles...
O Arcanjo Miguel é o líder dos exércitos celestiais, padroeiro da Igreja Católica e preside o arrependimento e a justiça.
O Arcanjo Gabriel foi o que anunciou a Maria que ela teria um filho, Jesus. É o mensageiro de Deus, mas também é conhecido como o "anjo da morte". Teria sido ele também que trouxe a mensagem de Deus a Maomé, criador do Islamismo.
No filme, Gabriel faz o que Deus manda, enquanto que Miguel faz o que Deus precisa...Essa subjetividade complica um pouco o enredo do filme, se pensarmos num Deus onisciente e onipresente...Ele mesmo poderia ter resolvido a questão, sem precisar de anjos...E muito menos precisaria que os anjos discutissem suas ordens...
O mais estranho, talvez, nesse filme, é o fato de anjos se apossarem de pessoas, como se fossem demônios...
E a batalha do filme é aquela onde percebemos um toque de RPG: Gabriel, como bom Venator, possui asas de metal, que rebatem as balas da arma usada por Miguel (que, estranhamente, parece estar satisfeito em ter tirado as suas).
Em resumo, esse filme pode receber uma nota 6,0, mais pelas idéias sobre o caráter dos anjos e por nos dar idéias para RPG, do que pelo enredo do filme...
A Anarquia - 1135 a 1153
"Henrique I morreu na Normandia em Dezembro de 1135 de intoxicação alimentar provocada pela ingestão de lampreias estragadas. Matilde foi designada rainha de Inglaterra, mas o fato de ser mulher e casada com o angevino Geoffrey Plantageneta, Conde de Anjou, provocou uma insurreição popular instigada pelos nobres normandos. Estevão de Blois, sobrinho de Henrique, torna-se rei de Inglaterra dando início à guerra civil conhecida como a Anarquia".
A Anarquia: quando Matilde casou com Geoffrey, os nobres não aceitaram, e passaram a apoiar que Estevão de Blois, filho de Adela (irmã de Henrique) fosse o novo Rei.
Sem apoios em Inglaterra, Matilde virou-se para o rei David I da Escócia, seu tio materno, que em 1138 invadiu Northumberland em seu nome. A campanha não foi enérgica o suficiente e o exército de David foi derrotado em Agosto na batalha do Estandarte. Seguro no trono, Estevão deu-se então ao luxo de cometer alguns erros políticos que lhe custaram o apoio de alguns nobres importantes. Entre eles contava-se Roberto de Gloucester, que tomou o partido de Matilde no fim do ano.
Em 1139, Matilde entra em Inglaterra e toma o Castelo de Arundel, iniciando a guerra civil. Reunida com Gloucester, o seu exército tomou algumas praças importantes nos anos seguintes, sem que ocorresse uma batalha definitiva. Entretanto, o governo de Estevão mostrava-se cada vez mais fraco e incapaz de controlar as sucessivas insurreições populares.
A 2 de Fevereiro de 1141 ocorre uma batalha entre os partidários de Estevão e de Matilde. O resultado é uma derrota clara de Estevão que é feito prisioneiro em Bristol. Matilde passou então a controlar o país da sua capital em Londres e recusou o título de rainha, preferindo chamar-se Senhora dos Ingleses. A sua vantagem durou pouco tempo devido à atitude arrogante e à influência que Geoffrey Plantageneta detinha sobre ela. Em Setembro, Londres era já uma cidade cheia de inimigos e Matilde retira-se para Oxford. Na mesma altura, Roberto de Gloucester é apanhado por aliados de Estevão e ameaçado de morte. Matilde vê-se então obrigada a trocar o meio irmão pela liberdade de Estevão, que se apressa a recuperar a coroa e o controle do país. O exército de Estevão desloca-se então para Oxford, onde monta cerco ao castelo onde se encontrava Matilde, que só não é apanhada porque, segundo a lenda, fugiu sozinha a meio da noite atravessando os campos cobertos de neve. Matilde nunca mais recuperou a vantagem e em 1147 é obrigada a fugir para o Condado de Anjou, o feudo do marido.
Estevão recuperou a coroa mas não a autoridade ou a força política que nunca teve. O estado de caos generalizado propagou-se ao país, onde durante os anos seguintes não houve lei que fosse respeitada. Cronistas contemporâneos referem este período como a época em que Cristo e todos os seus apóstolos dormiram, o que resultou no nome de a anarquia pelo que a guerra é conhecida.
Nos anos seguintes, a saúde de Estevão foi piorando. O rei fez o que pode para legitimar as suas pretensões da sua linha à coroa inglesa e tentou coroar o filho Eustáquio IV, Conde de Bolonha em sua vida. O Papa proibiu-o e chegou mesmo a colocar Inglaterra sob um interdito pela ousadia da proposta.
Quando Eustáquio morre em 1153, as esperanças de preservar a linha dos Blois ruiram. Entretanto Henrique Plantageneta, o filho mais velho de Matilde e do Conde de Anjou, viu a sua oportunidade. Henrique, apesar dos 20 anos de idade, tinha um apurado sentido político e sabia aproveitar as suas oportunidades, ao contrário de Estevão. Pouco depois da morte de Eustáquio, invadiu a Inglaterra e em Novembro forçou Estevão a assinar o Tratado de Wallingford, onde o reconhecia como herdeiro.
Com a morte de Estevão no ano seguinte, Henrique torna-se rei sem oposição, iniciando a dinastia angevina (Plantagenetas) de reis de Inglaterra. Matilde nunca regressou a Inglaterra e retirou-se para Ruão.
A Anarquia: quando Matilde casou com Geoffrey, os nobres não aceitaram, e passaram a apoiar que Estevão de Blois, filho de Adela (irmã de Henrique) fosse o novo Rei.
Sem apoios em Inglaterra, Matilde virou-se para o rei David I da Escócia, seu tio materno, que em 1138 invadiu Northumberland em seu nome. A campanha não foi enérgica o suficiente e o exército de David foi derrotado em Agosto na batalha do Estandarte. Seguro no trono, Estevão deu-se então ao luxo de cometer alguns erros políticos que lhe custaram o apoio de alguns nobres importantes. Entre eles contava-se Roberto de Gloucester, que tomou o partido de Matilde no fim do ano.
Em 1139, Matilde entra em Inglaterra e toma o Castelo de Arundel, iniciando a guerra civil. Reunida com Gloucester, o seu exército tomou algumas praças importantes nos anos seguintes, sem que ocorresse uma batalha definitiva. Entretanto, o governo de Estevão mostrava-se cada vez mais fraco e incapaz de controlar as sucessivas insurreições populares.
A 2 de Fevereiro de 1141 ocorre uma batalha entre os partidários de Estevão e de Matilde. O resultado é uma derrota clara de Estevão que é feito prisioneiro em Bristol. Matilde passou então a controlar o país da sua capital em Londres e recusou o título de rainha, preferindo chamar-se Senhora dos Ingleses. A sua vantagem durou pouco tempo devido à atitude arrogante e à influência que Geoffrey Plantageneta detinha sobre ela. Em Setembro, Londres era já uma cidade cheia de inimigos e Matilde retira-se para Oxford. Na mesma altura, Roberto de Gloucester é apanhado por aliados de Estevão e ameaçado de morte. Matilde vê-se então obrigada a trocar o meio irmão pela liberdade de Estevão, que se apressa a recuperar a coroa e o controle do país. O exército de Estevão desloca-se então para Oxford, onde monta cerco ao castelo onde se encontrava Matilde, que só não é apanhada porque, segundo a lenda, fugiu sozinha a meio da noite atravessando os campos cobertos de neve. Matilde nunca mais recuperou a vantagem e em 1147 é obrigada a fugir para o Condado de Anjou, o feudo do marido.
Estevão recuperou a coroa mas não a autoridade ou a força política que nunca teve. O estado de caos generalizado propagou-se ao país, onde durante os anos seguintes não houve lei que fosse respeitada. Cronistas contemporâneos referem este período como a época em que Cristo e todos os seus apóstolos dormiram, o que resultou no nome de a anarquia pelo que a guerra é conhecida.
Nos anos seguintes, a saúde de Estevão foi piorando. O rei fez o que pode para legitimar as suas pretensões da sua linha à coroa inglesa e tentou coroar o filho Eustáquio IV, Conde de Bolonha em sua vida. O Papa proibiu-o e chegou mesmo a colocar Inglaterra sob um interdito pela ousadia da proposta.
Quando Eustáquio morre em 1153, as esperanças de preservar a linha dos Blois ruiram. Entretanto Henrique Plantageneta, o filho mais velho de Matilde e do Conde de Anjou, viu a sua oportunidade. Henrique, apesar dos 20 anos de idade, tinha um apurado sentido político e sabia aproveitar as suas oportunidades, ao contrário de Estevão. Pouco depois da morte de Eustáquio, invadiu a Inglaterra e em Novembro forçou Estevão a assinar o Tratado de Wallingford, onde o reconhecia como herdeiro.
Com a morte de Estevão no ano seguinte, Henrique torna-se rei sem oposição, iniciando a dinastia angevina (Plantagenetas) de reis de Inglaterra. Matilde nunca regressou a Inglaterra e retirou-se para Ruão.
domingo, 22 de agosto de 2010
Monumentos Históricos Ingleses
No post anterior, citamos alguns locais históricos da Inglaterra. Para ilustrar melhor o tema, resolvemos "conhecer" um pouco mais três deles:
1 - Abadia de Westminster: a Westminster Abbey fica na cidade de Westminster e é considerada a mais importante da Inglaterra, sendo o local de coroação dos monarcas ingleses.
Em 616, um pescador do Rio Tâmisa teve uma visão de São Pedro, e ali foi criado um local de culto. Em 970, São Dunstan de Canterbury criou ali uma comunidade de Monges Beneditinos. Entre 1045 e 1050, o Rei Eduardo, o Confessor, ordenou que ali fosse construída a Abadia. Ela foi consagrada em 1065 e ele foi enterrado ali.
Os reis Guilherme I (em 1066), Guilherme II (1087) e Henrique I (1100), foram os primeiros monarcas ingleses a ser coroados ali.
2 - Catedral de Winchester: essa Catedral começou a ser construída no século XI, quando Winchester era a capital da Inglaterra. Ela foi construída onde antes ficava um mosteiro de monges beneditinos, fundado em 642. Foi ali que o Rei Eduardo, o Confessor, foi coroado e é ali que está sepultado o Rei Guilherme II, entre outros.
3 - Castelo de Cardiff: ele fica na cidade de Cardiff, capital do País de Gales. Por volta do ano 55, ali foi construído um forte romano. O Castelo foi construído no mesmo local e a torre de arquitetura normanda foi construída em 1091. Seu prisioneiro mais célebre foi Roberto II, filho de Guilherme I e Duque da Normandia. Ele ficou preso ali entre 1106 e 1134.
1 - Abadia de Westminster: a Westminster Abbey fica na cidade de Westminster e é considerada a mais importante da Inglaterra, sendo o local de coroação dos monarcas ingleses.
Em 616, um pescador do Rio Tâmisa teve uma visão de São Pedro, e ali foi criado um local de culto. Em 970, São Dunstan de Canterbury criou ali uma comunidade de Monges Beneditinos. Entre 1045 e 1050, o Rei Eduardo, o Confessor, ordenou que ali fosse construída a Abadia. Ela foi consagrada em 1065 e ele foi enterrado ali.
Os reis Guilherme I (em 1066), Guilherme II (1087) e Henrique I (1100), foram os primeiros monarcas ingleses a ser coroados ali.
2 - Catedral de Winchester: essa Catedral começou a ser construída no século XI, quando Winchester era a capital da Inglaterra. Ela foi construída onde antes ficava um mosteiro de monges beneditinos, fundado em 642. Foi ali que o Rei Eduardo, o Confessor, foi coroado e é ali que está sepultado o Rei Guilherme II, entre outros.
3 - Castelo de Cardiff: ele fica na cidade de Cardiff, capital do País de Gales. Por volta do ano 55, ali foi construído um forte romano. O Castelo foi construído no mesmo local e a torre de arquitetura normanda foi construída em 1091. Seu prisioneiro mais célebre foi Roberto II, filho de Guilherme I e Duque da Normandia. Ele ficou preso ali entre 1106 e 1134.
Guilherme I e seus Filhos
Guilherme I, o Conquistador, nasceu em 1027 e morreu em 1087. Seu feito mais extraordinário foi o de conquistar a Inglaterra. Assim, o Duque da Normandia, vassalo do Rei da França e descendente de vikings, passou a ser o soberano inglês (a Tapeçaria de Bayeux, uma tapeçaria de cerca de meio metro de altura por setenta de comprimento, é uma homenagem à Batalha de Hastings, decisiva para a vitória de Guilherme).
Obviamente, nem todos aceitaram ter um normando como soberano, e durante seis anos, até 1072, ele se dedicou a derrotar os revoltosos. Foi ele também, que ordenou a construção da Torre de Londres, onde seriam aprisionados muitos nomes famosos, no futuro...
Guilherme I teve dez filhos, sendo que os mais conhecidos foram Roberto, Guilherme e Henrique.
Roberto II (1054/1134) era o mais velho e também o mais corajoso filho de Guilherme I e Matilde de Flandres. Mas tinha um temperamento intempestivo. Por isso, Guilherme I deixou o Reino da Inglaterra para Guilherme II enquanto que a Roberto coube o Ducado da Normandia.
Roberto não aceitou, e fez uma guerra contra o irmão mais novo. Por fim, os dois assinaram um Tratado, onde um seria sucessor do outro. Mas em 1096, Roberto II juntou-se à Primeira Cruzada, rumo à Terra Santa.
Em 1100, ele estava longe da Inglaterra, quando Guilherme II morreu, e seu irmão mais novo, Henrique, usurpou o trono inglês. Protegido pelo exército, e pela população, que não gostava de Roberto, Henrique acabou tornando-se o novo soberano inglês, através do Tratado de Alton.
Mais tarde, Henrique invadiu a Normandia (1105), derrotou Roberto II e o aprisionou no Castelo de Cardiff, onde ele ficou até a morte.
Guilherme II (1056/1100) era filho de Guilherme I e Matilde de Flandres e seu apelido era "Rufus" ("Ruivo"), por causa da cor de seu cabelo. Seu reinado foi difícil, pois ele teve que enfrentar várias revoltas internas, bem como ataques dos reis da Escócia. Em 1100, ele foi atingido por uma flecha no olho. Foi sepultado na Catedral de Winchester e não deixou herdeiros.
Segundo Tratado que assinou com Roberto, esse é que devia assumir o trono. Mas quem assumiu foi seu irmão mais novo, Henrique.
Henrique I (1068/1135) era filho de Guilherme I e Matilde de Flandres, e irmão de Roberto II e Guilherme II. Como era o terceiro filho homem, foi educado para o sacerdócio e não para ser rei. Talvez por isso, foi o único filho a aprender inglês.
Enquanto Roberto e Guilherme brigavam pelo trono inglês, Henrique se manteve à sombra.
Mas, quando Guilherme II morreu, em 1100, Henrique aproveitou que Roberto estava longe, na Terra Santa (Primeira Cruzada) e usurpou o trono inglês, sendo coroado na Abadia de Westminster. O povo inglês o apoiou, pois não gostavam de Roberto.
Assim, Henrique tornou-se Henrique I, Rei da Inglaterra e, em 1105, tomou o Ducado da Normandia de seu irmão, prendendo-o no Castelo de Cardiff.
Infelizmente, em 1120, o filho de Henrique e seu sucessor, Guilherme Adelin, morreu num naufrágio. Assim, ele nomeou sua filha Matilde como sua sucessora, e obrigou os nobres a lhe jurarem fidelidade.
Obviamente, nem todos aceitaram ter um normando como soberano, e durante seis anos, até 1072, ele se dedicou a derrotar os revoltosos. Foi ele também, que ordenou a construção da Torre de Londres, onde seriam aprisionados muitos nomes famosos, no futuro...
Guilherme I teve dez filhos, sendo que os mais conhecidos foram Roberto, Guilherme e Henrique.
Roberto II (1054/1134) era o mais velho e também o mais corajoso filho de Guilherme I e Matilde de Flandres. Mas tinha um temperamento intempestivo. Por isso, Guilherme I deixou o Reino da Inglaterra para Guilherme II enquanto que a Roberto coube o Ducado da Normandia.
Roberto não aceitou, e fez uma guerra contra o irmão mais novo. Por fim, os dois assinaram um Tratado, onde um seria sucessor do outro. Mas em 1096, Roberto II juntou-se à Primeira Cruzada, rumo à Terra Santa.
Em 1100, ele estava longe da Inglaterra, quando Guilherme II morreu, e seu irmão mais novo, Henrique, usurpou o trono inglês. Protegido pelo exército, e pela população, que não gostava de Roberto, Henrique acabou tornando-se o novo soberano inglês, através do Tratado de Alton.
Mais tarde, Henrique invadiu a Normandia (1105), derrotou Roberto II e o aprisionou no Castelo de Cardiff, onde ele ficou até a morte.
Guilherme II (1056/1100) era filho de Guilherme I e Matilde de Flandres e seu apelido era "Rufus" ("Ruivo"), por causa da cor de seu cabelo. Seu reinado foi difícil, pois ele teve que enfrentar várias revoltas internas, bem como ataques dos reis da Escócia. Em 1100, ele foi atingido por uma flecha no olho. Foi sepultado na Catedral de Winchester e não deixou herdeiros.
Segundo Tratado que assinou com Roberto, esse é que devia assumir o trono. Mas quem assumiu foi seu irmão mais novo, Henrique.
Henrique I (1068/1135) era filho de Guilherme I e Matilde de Flandres, e irmão de Roberto II e Guilherme II. Como era o terceiro filho homem, foi educado para o sacerdócio e não para ser rei. Talvez por isso, foi o único filho a aprender inglês.
Enquanto Roberto e Guilherme brigavam pelo trono inglês, Henrique se manteve à sombra.
Mas, quando Guilherme II morreu, em 1100, Henrique aproveitou que Roberto estava longe, na Terra Santa (Primeira Cruzada) e usurpou o trono inglês, sendo coroado na Abadia de Westminster. O povo inglês o apoiou, pois não gostavam de Roberto.
Assim, Henrique tornou-se Henrique I, Rei da Inglaterra e, em 1105, tomou o Ducado da Normandia de seu irmão, prendendo-o no Castelo de Cardiff.
Infelizmente, em 1120, o filho de Henrique e seu sucessor, Guilherme Adelin, morreu num naufrágio. Assim, ele nomeou sua filha Matilde como sua sucessora, e obrigou os nobres a lhe jurarem fidelidade.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Os Ainur e Arda, a Terra.
Quando Ilúvatar apresentou aos Ainur o que criaram, eles foram surpreendidos pelos filhos de Ilúvatar, pois ele também se dedicou a criar algo, enquanto eles produziam o tema musical que criou Arda, a Terra.
Os Ainur amaram os Filhos de Ilúvatar, pois eles eram diferentes e livres. Eles eram os elfos e os homens, os Primogênitos e os Sucessores.
Melkor, o mais poderoso dos Ainur, procurou imaginar que submeter os Filhos de Ilúvatar lhes faria bem. Mas, no fundo de seu ser, sentia inveja deles, assim como sentia do próprio Ilúvatar. Ele queria ter seus próprios súditos, que se submetessem à sua vontade...
Todas as coisas em Arda deixaram os Ainur maravilhados.
"Mas de todas era a água a que mais enalteciam. E dizem os eldar que na água ainda vive o eco da Música dos Ainur mais do que em qualquer outra substância existente na Terra; e muitos dos Filhos de Ilúvatar escutam, ainda insaciados, as vozes do Oceano, sem contudo saber por que o fazem..."
Mas, quem eram os Ainur? Além de participarem da criação de Arda, muitos deles foram ali morar, e foram divididos em Valar e Maiar. Os Valar tinham poder maior e os Maiar tinham poder menor, passando a servir os primeiros.
Os Valar (masculinos) e as Valier (femininos), são: Manwë, Ulmo, Aulë, Mandos, Oromë, Lórien e Tulkas (Valar), Varda, Yavanna, Nienna, Estë, Vairë, Nessa e Vána (Valier).
Desses quatorze, oito possuem maior prestígio e, por isso, são chamados de Aratar: Manwë, Ulmo, Aulë, Mandos, Oromë, Varda, Yavanna e Nienna.
Os Ainur amaram os Filhos de Ilúvatar, pois eles eram diferentes e livres. Eles eram os elfos e os homens, os Primogênitos e os Sucessores.
Melkor, o mais poderoso dos Ainur, procurou imaginar que submeter os Filhos de Ilúvatar lhes faria bem. Mas, no fundo de seu ser, sentia inveja deles, assim como sentia do próprio Ilúvatar. Ele queria ter seus próprios súditos, que se submetessem à sua vontade...
Todas as coisas em Arda deixaram os Ainur maravilhados.
"Mas de todas era a água a que mais enalteciam. E dizem os eldar que na água ainda vive o eco da Música dos Ainur mais do que em qualquer outra substância existente na Terra; e muitos dos Filhos de Ilúvatar escutam, ainda insaciados, as vozes do Oceano, sem contudo saber por que o fazem..."
Mas, quem eram os Ainur? Além de participarem da criação de Arda, muitos deles foram ali morar, e foram divididos em Valar e Maiar. Os Valar tinham poder maior e os Maiar tinham poder menor, passando a servir os primeiros.
Os Valar (masculinos) e as Valier (femininos), são: Manwë, Ulmo, Aulë, Mandos, Oromë, Lórien e Tulkas (Valar), Varda, Yavanna, Nienna, Estë, Vairë, Nessa e Vána (Valier).
Desses quatorze, oito possuem maior prestígio e, por isso, são chamados de Aratar: Manwë, Ulmo, Aulë, Mandos, Oromë, Varda, Yavanna e Nienna.
de Rollo a Guilherme, O Conquistador
Rollo (846/932) foi o chefe viking que assinou o Tratado de Saint-Clair-sur-Epte com o Rei carlos, o Simples, em 911. Por esse tratado, ele se tornou líder da Normandia, provavelmente um Duque.
Segundo a tradição feudal, os duques eram vassalos dos reis, e lhes deviam obediência. Assim, Rollo passou a ser fiel ao Rei. Ele também é identificado como Roberto I.
Por volta de 927, ele passou o título de Duque para seu filho, William I Longsword (também conhecido como Guilherme I).
Guilherme I (893/942) era filho de Rollo e Poppa, e nasceu como cristão (Rollo se convertera em 911). Seu sucessor foi seu filho, Ricardo I.
Ricardo I (933/996) era filho de Guilherme I e Sprota. Ele era um menino quando seu pai morreu, e não conseguiu impedir que Luís IV (filho do Rei Carlos, o Simples), invadisse a Normandia e o prendesse. Somente em 947 ele recuperou a Normandia. Seu sucessor foi seu filho, Ricardo II.
Ricardo II (970/1026) era filho de Ricardo I e Gunnor, assumindo o Ducado da Normandia em 996. E o filho de Ricardo II, também de nome Ricardo, foi seu sucessor.
Ricardo III (997/1027) era filho de Ricardo II e Judith. Sem casar e sem ter filhos, Ricardo III governou durante pouco tempo (cerca de sete anos) e morreu, sendo sucedido por seu irmão, Robert.
Robert I (1000/1035) era filho de Ricardo II e Judith. Assumiu o Ducado após a morte de seu irmão, em 1027 (existe a suspeita de que ele tenha matado o irmão). Seu sucessor foi seu filho, Guilherme.
Guilherme II (1028/1087) era filho de Robert I e Herleva. Quando seu pai morreu, em 1035, ele assumiu o Ducado da Normandia. Em 1053, casou com Matilda de Flandres, tendo dez filhos.
Em 1066, morreu o Rei Eduardo, o Confessor, de Wessex (um dos Reinos Ingleses), sem deixar herdeiros ou sucessores. Assim, surgiram três pretendentes ao trono:
a) Harold Godwinson, Conde de Wessex;
b) Harald III da Noruega (Harald Hardrada);
c) Guilherme II, Duque da Normandia.
Guilherme se apoiava no fato de que sua tia-avó Emma (irmã de Ricardo II) havia sido mãe do Rei Eduardo. Mas, enquanto ele contestava seu direito, foi coroado Harold Godwinson.
Como o Papa Alexandre II o apoiava, Guilherme II organizou um exército e partiu em direção à Inglaterra. Após inúmeras batalhas, Guilherme II conquistou a Inglaterra e, no Natal de 1066 foi coroado como Rei da Inglaterra. Ele passou a ser conhecido como Guilherme, o Conquistador, ou Guilherme I da Inglaterra.
Segundo a tradição feudal, os duques eram vassalos dos reis, e lhes deviam obediência. Assim, Rollo passou a ser fiel ao Rei. Ele também é identificado como Roberto I.
Por volta de 927, ele passou o título de Duque para seu filho, William I Longsword (também conhecido como Guilherme I).
Guilherme I (893/942) era filho de Rollo e Poppa, e nasceu como cristão (Rollo se convertera em 911). Seu sucessor foi seu filho, Ricardo I.
Ricardo I (933/996) era filho de Guilherme I e Sprota. Ele era um menino quando seu pai morreu, e não conseguiu impedir que Luís IV (filho do Rei Carlos, o Simples), invadisse a Normandia e o prendesse. Somente em 947 ele recuperou a Normandia. Seu sucessor foi seu filho, Ricardo II.
Ricardo II (970/1026) era filho de Ricardo I e Gunnor, assumindo o Ducado da Normandia em 996. E o filho de Ricardo II, também de nome Ricardo, foi seu sucessor.
Ricardo III (997/1027) era filho de Ricardo II e Judith. Sem casar e sem ter filhos, Ricardo III governou durante pouco tempo (cerca de sete anos) e morreu, sendo sucedido por seu irmão, Robert.
Robert I (1000/1035) era filho de Ricardo II e Judith. Assumiu o Ducado após a morte de seu irmão, em 1027 (existe a suspeita de que ele tenha matado o irmão). Seu sucessor foi seu filho, Guilherme.
Guilherme II (1028/1087) era filho de Robert I e Herleva. Quando seu pai morreu, em 1035, ele assumiu o Ducado da Normandia. Em 1053, casou com Matilda de Flandres, tendo dez filhos.
Em 1066, morreu o Rei Eduardo, o Confessor, de Wessex (um dos Reinos Ingleses), sem deixar herdeiros ou sucessores. Assim, surgiram três pretendentes ao trono:
a) Harold Godwinson, Conde de Wessex;
b) Harald III da Noruega (Harald Hardrada);
c) Guilherme II, Duque da Normandia.
Guilherme se apoiava no fato de que sua tia-avó Emma (irmã de Ricardo II) havia sido mãe do Rei Eduardo. Mas, enquanto ele contestava seu direito, foi coroado Harold Godwinson.
Como o Papa Alexandre II o apoiava, Guilherme II organizou um exército e partiu em direção à Inglaterra. Após inúmeras batalhas, Guilherme II conquistou a Inglaterra e, no Natal de 1066 foi coroado como Rei da Inglaterra. Ele passou a ser conhecido como Guilherme, o Conquistador, ou Guilherme I da Inglaterra.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Tratado de Saint-Clair-sur-Epte
O Tratato de Saint-Clair-sur-Epte foi assinado no outono de 911 entre Carlos o Simples e Rollo, líder dos Vikings, com o objetivo de assentar os normandos na Nêustria e proteger o reino de Carlos de novas invasões normandas.
Após muitas batalhas com os Vikings, Carlos percebeu que ele não conseguiria mais conter os seus avanços e decidiu como medida temporária ceder a Rollo as terras ao redor de Rouen, sob a condição de que ele deveria se converter ao Cristianismo e defender o Rio Sena de outros vikings.
No tratado, Rollo jurou lealdade a Carlos, tornando-se vassalo do rei e se convertendo ao Cristianismo. Em contrapartida, Carlos cedeu a Rollo a região do baixo Sena (correspondente hoje a Alta Normandia), localizada ao redor da cidade de Rouen, que desde então passou a se chamar Normandia. Existem controvérsias entre os historiadores se a posição de Rollo no recém criado Feudo da Normandia era de Duque ou se era equivalente a de um Conde.
Após muitas batalhas com os Vikings, Carlos percebeu que ele não conseguiria mais conter os seus avanços e decidiu como medida temporária ceder a Rollo as terras ao redor de Rouen, sob a condição de que ele deveria se converter ao Cristianismo e defender o Rio Sena de outros vikings.
No tratado, Rollo jurou lealdade a Carlos, tornando-se vassalo do rei e se convertendo ao Cristianismo. Em contrapartida, Carlos cedeu a Rollo a região do baixo Sena (correspondente hoje a Alta Normandia), localizada ao redor da cidade de Rouen, que desde então passou a se chamar Normandia. Existem controvérsias entre os historiadores se a posição de Rollo no recém criado Feudo da Normandia era de Duque ou se era equivalente a de um Conde.
Os Vikings
Para entendermos a continuação da História da Inglaterra, devemos parar e analisarmos os Vikings, povo vindo da Escandinávia, que invadiu as Ilhas Britânicas e parte do continente europeu, entre os séculos VIII e XI.
Se você observar um mapa europeu, verá que a Escandinávia fica ao norte da Grã-Bretanha. Por isso, os Vikings eram também chamados de "homens do Norte". Eles viviam na Noruega, na Suécia e na Dinamarca. Suas principais cidades eram Hedeby, Ribe, Viborg, Skara, Oslo, Birka e outras.
A sociedade Viking era dividida em jarls (nobres), karls (povo livre) e thralls (escravos de guerra ou por dívidas). Possuíam reis e rainhas.
A maior parte dos povoados Vikings eram fazendas pequenas, com entre cinqüenta e quinhentos habitantes. Nessas fazendas, a vida era comunitária, ou seja, todos deviam se ajudar mutuamente. O trabalho era dividido de acordo com as especialidades de cada um. Uns eram ferreiros, outros pescadores (os povoados sempre se desenvolviam nas proximidades de rios, lagos ou na borda de um fiorde), outros cuidavam dos rebanhos, uns eram artesãos, outros eram soldados profissionais, mas a maioria era agricultora.
As mulheres, após o casamento, mudavam para a família do marido e tinham trabalhos como cozinhar, limpar e cuidar dos necessitados. As mulheres eram obedientes, mas podiam pedir divórcio, caso houvesse motivo, já os maridos podiam ter concubinas e matar as mulheres adúlteras, mas tinham de pagar ao pai da noiva para casar. Como as famílias ensinavam os trabalhos aos filhos, muitos trabalhos eram familiares, como os stenfsmiors, que construíam barcos e com a madeira dos barcos velhos, reparavam os outros barcos.
Mas os Vikings também eram hábeis marinheiros e, com seus Drakkar ("navios dragão"), fizeram comércio e também saquearam...
Eles tinham três rotas comerciais:
1) Rota Oriental - Seguida principalmente pelos suecos, que penetraram no coração dos territórios eslavos, até Novgorod e Kiev, fundando o primeiro Estado russo.
2) Rota Ocidental (linha interna) - seguida principalmente pelos dinamarqueses, que os conduzia às costas da Escócia, da Northumbria e da Neustria.
3) Rota Ocidental (linha externa)- seguida principalmente pelos noruegueses, no qual fundaram a Islândia, Groelândia e a visita à América do Norte.
Os Vikings fizeram a primeira investida no Oeste no final do século VIII. Os primeiros relatos de invasões viking datam de 793, quando dinamarqueses ("marinheiros estrangeiros") atacaram e saquearam o famoso monastério insular de Lindisfarne, na costa Leste da Inglaterra. Eles saquearam o monastério, mataram os monges que resistiram, carregaram seus navios e retornaram à Escandinávia.
Nos 200 anos seguintes, a história Europeia encontra-se repleta de contos sobre os Vikings e suas pilhagens. O tamanho e a frequência das incursões contra a Inglaterra, França e Alemanha aumentaram ao ponto de se tornarem invasões. Eles saquearam cidades importantes como Hamburgo, Utrecht e Rouen.
Colônias foram estabelecidas como bases para futuras incursões. As colônias no Noroeste da França ficaram conhecidas como Normandia (de "homens do Norte"), e seus residentes eram chamados de normandos.
Em 865, um grande exército dinamarquês invadiu a Inglaterra. Eles controlaram a Inglaterra pelos dois séculos seguintes. Um dos últimos reis de toda a Inglaterra até 1066 foi Canuto, que governava a Dinamarca e a Noruega simultaneamente.
Em 871, uma outra grande esquadra navegou pelo Rio Sena para atacar Paris. Eles cercaram a cidade por dois anos, até abandonarem o local com um grande pagamento em dinheiro e permissão para pilhar, desimpedidos, a parte Oeste da França.
Em 911, o rei da França elevou o chefe da Normandia a Duque em troca da conversão ao Cristianismo e da interrupção das incursões.
Do Ducado da Normandia veio uma série de notáveis guerreiros como Guilherme I, que conquistou a Inglaterra em 1066; Robert Guiscard e família, que tomaram a Sicília dos árabes entre 1060 e 1091 e Balduíno I, rei cruzado de Jerusalém.
Os Vikings conquistaram a maior parte da Irlanda e grandes partes da Inglaterra, viajaram pelos rios da França, Portugal e Espanha, e ganharam controle de áreas na Rússia e na costa do Mar Báltico. Houve também invasões no Mediterrâneo e no leste do Mar Cáspio e há indícios que estiveram na costa do novo continente, fundando a efêmera colônia de Vinland, no atual Canadá.
Se você observar um mapa europeu, verá que a Escandinávia fica ao norte da Grã-Bretanha. Por isso, os Vikings eram também chamados de "homens do Norte". Eles viviam na Noruega, na Suécia e na Dinamarca. Suas principais cidades eram Hedeby, Ribe, Viborg, Skara, Oslo, Birka e outras.
A sociedade Viking era dividida em jarls (nobres), karls (povo livre) e thralls (escravos de guerra ou por dívidas). Possuíam reis e rainhas.
A maior parte dos povoados Vikings eram fazendas pequenas, com entre cinqüenta e quinhentos habitantes. Nessas fazendas, a vida era comunitária, ou seja, todos deviam se ajudar mutuamente. O trabalho era dividido de acordo com as especialidades de cada um. Uns eram ferreiros, outros pescadores (os povoados sempre se desenvolviam nas proximidades de rios, lagos ou na borda de um fiorde), outros cuidavam dos rebanhos, uns eram artesãos, outros eram soldados profissionais, mas a maioria era agricultora.
As mulheres, após o casamento, mudavam para a família do marido e tinham trabalhos como cozinhar, limpar e cuidar dos necessitados. As mulheres eram obedientes, mas podiam pedir divórcio, caso houvesse motivo, já os maridos podiam ter concubinas e matar as mulheres adúlteras, mas tinham de pagar ao pai da noiva para casar. Como as famílias ensinavam os trabalhos aos filhos, muitos trabalhos eram familiares, como os stenfsmiors, que construíam barcos e com a madeira dos barcos velhos, reparavam os outros barcos.
Mas os Vikings também eram hábeis marinheiros e, com seus Drakkar ("navios dragão"), fizeram comércio e também saquearam...
Eles tinham três rotas comerciais:
1) Rota Oriental - Seguida principalmente pelos suecos, que penetraram no coração dos territórios eslavos, até Novgorod e Kiev, fundando o primeiro Estado russo.
2) Rota Ocidental (linha interna) - seguida principalmente pelos dinamarqueses, que os conduzia às costas da Escócia, da Northumbria e da Neustria.
3) Rota Ocidental (linha externa)- seguida principalmente pelos noruegueses, no qual fundaram a Islândia, Groelândia e a visita à América do Norte.
Os Vikings fizeram a primeira investida no Oeste no final do século VIII. Os primeiros relatos de invasões viking datam de 793, quando dinamarqueses ("marinheiros estrangeiros") atacaram e saquearam o famoso monastério insular de Lindisfarne, na costa Leste da Inglaterra. Eles saquearam o monastério, mataram os monges que resistiram, carregaram seus navios e retornaram à Escandinávia.
Nos 200 anos seguintes, a história Europeia encontra-se repleta de contos sobre os Vikings e suas pilhagens. O tamanho e a frequência das incursões contra a Inglaterra, França e Alemanha aumentaram ao ponto de se tornarem invasões. Eles saquearam cidades importantes como Hamburgo, Utrecht e Rouen.
Colônias foram estabelecidas como bases para futuras incursões. As colônias no Noroeste da França ficaram conhecidas como Normandia (de "homens do Norte"), e seus residentes eram chamados de normandos.
Em 865, um grande exército dinamarquês invadiu a Inglaterra. Eles controlaram a Inglaterra pelos dois séculos seguintes. Um dos últimos reis de toda a Inglaterra até 1066 foi Canuto, que governava a Dinamarca e a Noruega simultaneamente.
Em 871, uma outra grande esquadra navegou pelo Rio Sena para atacar Paris. Eles cercaram a cidade por dois anos, até abandonarem o local com um grande pagamento em dinheiro e permissão para pilhar, desimpedidos, a parte Oeste da França.
Em 911, o rei da França elevou o chefe da Normandia a Duque em troca da conversão ao Cristianismo e da interrupção das incursões.
Do Ducado da Normandia veio uma série de notáveis guerreiros como Guilherme I, que conquistou a Inglaterra em 1066; Robert Guiscard e família, que tomaram a Sicília dos árabes entre 1060 e 1091 e Balduíno I, rei cruzado de Jerusalém.
Os Vikings conquistaram a maior parte da Irlanda e grandes partes da Inglaterra, viajaram pelos rios da França, Portugal e Espanha, e ganharam controle de áreas na Rússia e na costa do Mar Báltico. Houve também invasões no Mediterrâneo e no leste do Mar Cáspio e há indícios que estiveram na costa do novo continente, fundando a efêmera colônia de Vinland, no atual Canadá.
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