domingo, 26 de julho de 2009

História dos Celestiais - Parte I

HISTÓRIA DOS CELESTIAIS - I

1- O PRINCÍPIO DOS TEMPOS: para compreender a história do Éden, é preciso compreender não só a história da Terra como também as lendas de nossas origens. Embora na Terra seja importante conhecer fatos para se entender a história, aqui é preciso entender lendas...
não há como explicar o sobrenatural, afinal de contas, embora possamos compreendê-lo.
Não sabemos ao certo como era a Tellurian antes de nossa existência... sabemos apenas que os Celestiais surgiram após o surgimento da humanidade. É dito que, quando os humanos surgiram, as entidades das trevas e da luz passaram a clamar as almas humanas para si. Segundo os Primi, eles nasceram há muitos milhares de anos... nem eles sabem ao certo, pois naqueles tempos não havia necessidade em se contar o tempo... mas é provável que eles tenham mais de 100 mil anos de idade...
Os sete primeiros Celestiais foram os Primi originais. Eles acordaram nus, cada um em uma parte separada do Éden, e com vagas memórias de suas vidas humanas anteriores. Cada um deles conta que, um dia após vagarem pelo Éden, eles foram visitados pela primeira vez pelos Guardiões, os seres de luz que falam conosco em sonhos.
Cada Primi foi ensinado de um modo diferente pelos Guardiões, de acordo com sua futura missão, mas todos eles concordam que os Guardiões disseram que eles eram as crias do deus que hoje chamamos Ahura Ormazd... Os Primi sabem o Nome Verdadeiro do deus da luz, mas jamais o revelaram.
Segundo os Guardiões, antes da humanidade adquirir consciência, a Tellurian se baseava apenas no equilíbrio natural. Trevas e luz apenas observavam, na forma de dia e noite, a criação, e cada um a governava em seu devido momento. Quando a humanidade surgiu, trevas e luz lutaram por aquela nova criatura, que tinha muito potencial e algo novo: almas.
O deus das trevas, que chamamos Ialdabaoth, reuniu os espíritos de escuridão que o serviam e os sacrificou para criar o Inferno... em seguida, ele reuniu diversas almas humanas — ninguém sabe o número com certeza — e as alterou e as desfigurou, mudando seu passado e tornando-as os terrores sem nome chamados Grandes Lordes — os supostos governantes do Inferno. Não sabemos quantos Grandes Lordes existem, nem seus nomes... apenas sabemos que assim surgiram os demônios...
Ormazd, porém, também reuniu seus espíritos de luz, os Guardiões, mas ao invés de sacrificá-los, pediu seu poder. Os Guardiões aceitaram... os mais fracos morreram ao entregarem seu poder... os mais poderosos, que eram poucos, tornaram-se apenas fantasmas, só visíveis em nossos sonhos... mas o poder que doaram permitiu a Ormazd gerar o Éden... Ormazd então escolheu sete almas humanas, e entregou seu próprio poder a elas. Ele pediu que os Guardiões os guiassem, e partiu da criação, exausto pelo poder que usou.
Essas sete almas são os Primi. Os sete mais poderosos Celestiais.

2 - OS SETE PRIMI: hoje chamamos os Sete pelos nomes de Ariel, Fanuel, Gabriel, Lucibel, Miguel, Rafael e Raguel. Seus nomes originais eram diferentes, porém, mas isso não importa... eles ganharam os nomes que possuem hoje devido ao contato com as tribos originais que formariam os Hebreus, e cada um de seus nomes é um título que mostra a missão do Primus.
Quando renasceram no Éden, os Primi ainda eram ignorantes quanto à sua missão, e o grande poder que possuíam os fez esquecerem suas vidas como mortais. Como crianças sem resposta, eles vagaram até serem visitados pelos Guardiões em sonhos. Cada Primus foi ensinado nos caminhos do Éden e na grande missão que eles teriam. Por fim, os Guardiões pediram que cada um deles fosse à Terra e vagasse até que escolhessem a missão que melhor lhes serviria.
Por muitos anos, cada um dos Sete Primi andaram pela Terra, pelas áreas selvagens e por tribos primitivas, por pequenas vilas e por áreas remotas... até que Miguel, avisado pelos Guardiões, procurou os outros seis e os guiou de volta ao Éden. Pela primeira vez, os Sete Primi se encontraram, na base da grande torre que hoje chamamos Sancta Turrim.
Lá, diante das almas de milhares de mortos que tinham alcançado o Éden, os Sete conversaram. Cada um deles contou o que viu e aprendeu, e cada um deles mostrou o poder que desenvolveu e disse que missão eles tinham escolhido.

Miguel, que reuniu os Sete, disse que ele iria liderar seus irmãos, que iria organizar os vários grupos de Celestiais que se formariam, e que desta forma poderiam agir em conjunto contra o Inferno. Ele mostrou aos outros seus poderes de unir e fortalecer um grupo, e criou o Clero Princeps.

A bela e calma Ariel mostrou sua afinidade com animais, e revelou que viajaria pelos cantos mais longínquos, sempre aprendendo mais, trazendo ajuda aos locais que visitasse e informando os Celestiais de suas descobertas. Ela criou o Clero dos Superviventes.

O sério e temperamental Raguel, por sua vez, disse que a natureza seria seu domínio, que iria usa-la para trazer prosperidade ao povos merecedores e punição aos que desrespeitavam o que é natural. Dele surgiu o Clero Xamã.

Gabriel contou a respeito dos demônios que encontrou e enfrentou, de como eles eram perigosos e poderosos, e mostrou o fogo purificador que ele criou para destruir as abominações infernais. Ele disse que treinaria os guerreiros que enfrentariam o Inferno, e criou o Clero dos Venatores.

O pensativo e planejador Lucibel então revelou que sua missão seria proteger a humanidade. Enquanto Gabriel caçaria os demônios, Lucibel iria impedir que os demônios que escapassem pudessem prejudicar as pessoas. De Lucibel surgiu o Clero dos Protectori.

Rafael então revelou que não apenas os demônios ameaçavam a humanidade... que doenças, infecções e ferimentos impediam que muitos vivessem... ele demonstrou suas habilidades de cura, e revelou que iria tratar para que os humanos vivessem vidas mais longas. Seus descendentes são o Clero Sancti.

Por fim, Fanuel olhou seus irmãos, e revelou que mesmo sob a liderança de Miguel, ainda podiam haver injustiças e desentendimentos. Ele disse que iria cuidar para que não houvessem disputas entre os Celestiais e que cuidaria para que nenhum deles se corrompesse sem ser punido. Fanuel demonstrou conseguir ver as verdades ocultas, e fundou o Clero dos Cuique Suum.

A história do Éden começa a partir deste momento.

3 - A REVOLTA DE LÚCIFER: dezenas de milhares de anos se passaram... as guerras entre Éden e Inferno ocorriam constantemente, mas em escala pequena... era a Pré-história terrestre, mas já haviam cidades e civilizações que os historiadores humanos nem sequer sabem que existiram... Tanto Celestiais como demônios eram tratados como deuses pelas tribos mortais, e respeitados como tal. As áreas selvagens eram território de seres metamórficos que caçavam a humanidade... e as criaturas do Vermis Magnis começavam a se proliferar nesta época.
Foi então que ocorreu um dos eventos mais lamentáveis para o Éden... o Arcanjo Lucibel, Primus do Clero Protectori, se deixou levar pelo orgulho, e se viu como um deus para os mortais. Sob suas ordens, os Protectori passaram a dominar vilas e tribos humanas e a interferir em suas vidas diretamente.
Foi então que Fanuel chamou Lucibel, e perguntou os motivos para agir contra os Mandamentos Celestiais. Lucibel explicou que ele tinha visto que, controlando os mortais, era mais fácil vencer o Inferno e impedir a corrupção. Seu orgulho o fez ver os mortais como míseros rebanhos a serem controlados para o próprio bem deles. Fanuel ordenou que Lucibel parasse com a loucura, mas Lucibel apenas saiu de sua presença.
Os Cleros então se reuniram contra as ações de Lucibel. Na Terra, invadiram as vilas controladas e aprisionaram os Protectori, levando-os ao Éden. Lucibel revoltou-se contra essa atitude, iniciando ataques contra os Cleros e as almas no Éden.
Vendo que Lucibel havia se corrompido, os Cleros se reuniram, e houve guerra no Éden.
A revolta durou anos, embora ninguém saiba o tempo exato, até que Lucibel foi encontrado e enfrentou Gabriel. Quando Gabriel estava prestes a destruir o Primus Protector, Fanuel o impediu, dizendo que havia sido instruído pelos Guardiões sobre uma punição maior e mais justa para o revoltoso.
Lucibel e os Protectori foram julgados por Fanuel e os Cleros. Quando Lucibel se mostrou arrogante demais para pensar nas conseqüências de seus próprios atos, Fanuel revelou uma punição nunca usada antes. Ele condenou os revoltosos a Decaírem e a permanecer na Terra, entre as próprias pessoas que eles prejudicaram e vivendo como elas, até que tenham se arrependido completamente e aprendido com seus erros... Fanuel também revelou que eles seriam vigiados e se preciso Obliterados, caso se corrompessem ainda mais. Cada um dos condenados teve suas asas violentamente arrancadas e foram então atirados em diferentes pontos da Terra, nus e sós, para que refletissem os caminhos que escolheram. Assim surgiram o Anjos Caídos. E a partir desta condenação, Lucibel passou a ser chamado Lúcifer.
Nem todos os Protectori permaneceram ao lado de Lucibel, porém. Muitos lutaram ao lado dos demais Cleros, e foram poupados da condenação. Devido à queda do Clero, porém, esses Protectori tiveram de se unir aos Cleros que sobraram.
Os que se recusaram passaram a ser chamados de Primordiais, os “sem-Clero.” A tradição dos Primordiais perdura até hoje.

Um comentário:

Antarcite disse...

Boa tarde, uma pergunta ao autor deste texto, "Histórias celestiais"..

Este texto foi retirado de algum lado ou é produto da imaginação do autor..??? Se foi retirado de algum lado iria pedir o favor de mencionar a fonte... Obrigado...