terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os Anjos II

Como já mencionado, a base da doutrina de Zaratustra é o dualismo Bem-Mal. O cerne da religião consiste em evitar o mal por intermédio de uma distinção rigorosa entre Bem e Mal. Além disso, é necessário cultivar a sabedoria e a virtude, por meio de sete ideais, personificados em sete espíritos, os Imortais Sagrados: o próprio Ahura Mazda (imagem), concebido como criador e espírito santo; Vohu Mano, o Espírito do Bem; Asa-Vahista, que simboliza a Retidão Suprema; Khsathra Varya, o Espírito do Governo Ideal;Spenta Armaiti, a Piedade Sagrada; Haurvatãt, a Perfeição; e Ameretãt, a Imortalidade. Estes deuses enfrentam constantemente as forças do Mal, os maus pensamentos, a mentira, a rebelião, a doença e a morte. O príncipe destas forças é Angra Mainyu, o Espírito Hostil, também conhecido como Arimã. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zoroastro

Essa é a versão do Zoroastrismo sobre os anjos. Mas, segundo a revista Veja (22/12/2010), há outros detalhes. Vamos analisá-los:

A forma alada que se consagrou para o anjo talvez seja herança do Faravahar, um símbolo do zoroastrismo para a alma. Mas foi na Bíblia hebraica que o anjo nasceu e prosperou - e de onde migrou para o cristianismo e o islamismo.

Faravahar é a imagem acima, onde vemos claramente um ser que aparenta ser humano, mas que possui asas. Pelo que se conclui do texto, foi essa, provavelmente, a forma que originou a imagem que temos de "anjos".

Gênesis 1:24 - E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.

Nessa passagem, no livro do Gênesis, são Querubins que impedem Adão e Eva de retornar ao Éden, após serem expulsos. E no livro de Ezequiel, há uma descrição de como eles são:

Tinham a semelhança de homem. (Ezequiel 1:5), E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. (Ezequiel 1:6), E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. (Ezequiel 1:10), E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos; (Ezequiel 1:13).

Podemos perceber que, no Velho Testamento, os Anjos têm uma função de guardiões, e sua aparência não é muito "normal" e nem se assemelha com aquela que temos deles...Mas a revista Veja nos dá maiores detalhes sobre essa questão:

A função primeira dos anjos é a de portar mensagens divinas. Malach, a palavra hebraica para "anjo", quer dizer muito simplesmente "mensageiro" - e o mesmo vale para o grego "angelos", do qual se origina "anjo" em português.

A função de "mensageiro" é percebida no Novo Testamento, nos eventos que precederam o nascimento de Jesus:

1) Em Lucas 1:13, um anjo encontra Zacarias e lhe diz: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João (Batista).

Esse era o Anjo Gabriel: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas (Lucas 1:19)

Meses depois, ele foi a Nazaré, onde falou a Maria: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres (Lucas 1:28). Eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. (Lucas 1:31). Abaixo: a Anunciação, segundo visão do pintor Fra Angelico (1400/1455).

Em Mateus, vemos José querendo deixar Maria, visto que ela estava grávida, e não era dele. Então, o anjo veio a ele em sonho e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo (Mateus 1:20), e dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21).

Nesse segundo texto, podemos ter uma visão mais completa do "trabalho" dos anjos. Unindo o que vimos dos anjos do Zoroastrismo com a função de "mensageiros" que a Bíblia lhes conferiu...Logo, veremos outras "facetas" dos anjos...

Os Anjos I


Se existe um lugar "problemático" no planeta Terra, esse lugar é o Oriente Médio (foto ao lado). E, entre os países que o compõem, destaca-se o Irã.
Mas não falaremos sobre o atual Irã, e sim sobre o antigo império que existiu ali, o Império Persa, que durou de 705 a.C. até 330 a.C.
Os primeiros governantes desse Império eram descendentes do lendário rei Aquemênes. Por isso, eles eram chamados de Aquemênidas.
Nessa mesma época, viveu Zoroastro, também chamado de Zaratustra. Ele foi o criador de uma religião, chamada de Zoroastrismo ou Masdeísmo.

Um dia Zaratustra estava meditando às margens de um rio quando um ser estranho lhe apareceu. Ele era indescritível, tal a sua beleza e brilho. Zaratustra perguntou-lhe quem era ele, ao que teve como resposta: "Sou Vohu Mano, a Boa Mente. Vim lhe buscar". E tomou-lhe a mão, e o levou para um lugar muito bonito, onde sete outros seres os esperavam.

Vohu Mano, ao que parece, foi um anjo. E os outros sete também:

1) Spenta Mainyu (Spenamino, Hormazd) significa “o espírito criativo santamente”, ele é o espírito de Ahura Mazda, ativo no mundo. Tem a autoridade sobre seres humanos. É o deus da vida e luz e bens personificados no mundo e nos povos. Mais tarde, tornou-se identificado com Ormazd, quando Ahura Mazda (nome sinônimo com Ormazd) se tornou conhecido como Zurvan.

Os "anjos" que acompanham Spenta Mainyu são os Amesha Spenta. Cada Amesha Spenta personifica um atributo de Ahura Mazda assim como uma virtude humana.

* Os Amesha Spentas masculinos presidem elementos masculinos: Fogo (Asha Vahishta), Metais (Khshathra Vairya) e Animais (Vohu Manah);
* Os Amesha Spentas femininos presidem elementos femininos: Terra (Spenta Armaiti), Água (Haurvatat) e Vegetação (Ameretat).

2) Vohu Manah ou Vohu Mano é a “boa mente, inteligência e bom pensamento”, representa a sabedoria de distinção e o pensamento completo exigidos conduzindo uma vida útil. É o gerador de bons pensamentos, de boas palavras e de boas ações. É dado a liberdade a escolher entre bens e o mal, e a responsabilidade colher as conseqüências. É o princípio intelectual e era o primeiro Amesha Spenta criado por Ahura Mazda, e senta-se à sua direita. É o Amesha Spenta dos Animais.

3) Asha Vahishta significa a “verdade e justiça”, é a divina Lei - ele personifica a retidão, a verdade, a ordem, a justiça e o progresso. É a lei universal da precisão íntegro. Cada Zoroastrista esforça-se para seguir o trajeto de Asha em seu sentido espiritual mais elevado e mais profundo. Asha é a personificação da “maioria da verdade íntegra”. Foi o segundo Amesha Spenta a ser criado e preside o Fogo.

4) O “poder íntegro” de Khshathra Vairya denotam o estabelecimento da paz. É escolhida por povos livres e sábios como sua ordem ideal no espírito e na matéria. É a autoridade divina. É democracia na mente e no corpo, no pensamento, nas palavras e nas ações em cada atividade social. Simboliza o auto-controle para incluir seus desejos e órgãos sensoriais da estimulação por objetos do sentido assim como a boa autoridade que arrumadores na prosperidade e no reino de deus. É o Amesha Spenta do Céu (Ar) e dos Metais.

5) Spenta Armaiti significa “a serenidade santa, devoção” igualmente significa a tranquilidade, conformidade santa. É paz e prosperidade. É uma deusa da terra e da fertilidade e filha de Ahura Mazda. Era o quarto Amesha Spenta criado. Personifica a devoção santamente e a obediência íntegro, e igualmente a humildade, fé, devoção, devoto, e assim por diante. É Amesha Spenta da Terra.

6) Haurvatat significa o “a integridade, a saúde e a conclusão”. É o processo de aperfeiçoamento e a conclusão final de nossa evolução material e espiritual. É o Amesha Spenta que preside sobre a Água e é a personificação da perfeição. Guarda as naturezas espirituais e físicas da água, e traz a prosperidade e a saúde.

7) Ameretat significa “Imortalidade”. Junto com Haurvatat, é o objetivo último e representa a conclusão de nosso desenvolvimento evolucionário e a realização final de nossa vida na terra. É associada com as plantas. Personifica a imortalidade e governa os aspectos físicos e espirituais da vida eterna como são simbolizadas nas plantas.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Sete Anjos - Capítulo 1

Aquele dia, 24 de fevereiro de 1832, ficaria para sempre na memória dos Celestiais: Mephistus, o Grande Lorde da Guerra havia destruído muito do Éden...Os Spíritus Latro e seu Primus, Caesar, haviam deixado de existir...as cidades celestiais de Prístina e Libertatis haviam sido destruídas e milhares de celestiais haviam sido obliterados...E, para piorar tudo, o Primus Veritatis desaparecera...o último a vê-lo foi o Arcanjo Asphael Veritas...
Na verdade, Veritatis buscava respostas, para o que tinha visto, ouvido e vivido...e nessa busca, decidiu vir à Terra, disfarçado, para procurar...
A primeira decisão dele foi a de criar um grupo de guerreiros, que impedissem outra guerra daquelas...pessoas que inspirassem a humanidade a fazer o bem, e não cedessem às manifestações demoníacas dos inimigos...

Pensando assim, Veritatis arquitetou o seu plano, que demoraria certo tempo, mas que traria resultados duradouros...

A primeira fase do projeto era inspirar crianças que nascessem dali em diante, para que pudessem ajudá-lo...e a primeira estava para nascer...

No dia 15 de dezembro de 1832, nasceu Alexandre Gustave Eiffel. Veritatis estava próximo da criança, em Dijon, na França, e o inspirou...

Em 1833, Veritatis visitou o segundo bebê de sua lista. A criança foi batizada como Alfred Bernhard Nobel, e nasceu em Estocolmo, na Suécia...

Em 1836, Veritatis estava na Holanda, para abençoar o nascimento do bebê Lawrence Alma-Tadema.

Em 1837, Veritatis percebeu que o inimigo também estava "cuidando" de nascimentos, e sentiu um arrepio terrível, ao perceber o potencial que aquela criança, nascida na Áustria...mas, sua índole não permitia que matasse crianças...ele apenas percebeu que estava no caminho certo...nesse mesmo ano, nasceu a pequena Isabel, em Munique...

Depois de alguns anos, Veritatis sentiu que estava vindo mais uma criança que precisaria de sua intervenção: a pequena Isabel Cristina, nascida princesa no Brasil, em 1846...era a quinta criança, e segunda mulher...

Nessa altura, Gustave já estava com 14 anos, Alfred tinha 13, Lawrence tinha 10 e Isabel tinha 9 anos. Veritatis acompanhava a vida de cada um deles...Alfred, por exemplo, já não estava mais em Estocolmo, pois desde 1842 ele e a família haviam se mudado para São Petersburgo, na Rússia...e Lawrence havia perdido o pai, em 1840...

Em 1847, Veritatis teve trabalho dobrado: um bebê nasceu na Escócia e outro nos Estados Unidos. O primeiro recebeu o nome de Alexander Graham Bell e o segundo, de Thomas Alva Edison. Agora, eram sete as crianças...a primeira fase estava completa...

(Continua)