Sábado passado eu ganhei o Concurso de Crônicas de Tellurian, com essa Crônica aqui:
"O COLAR DA QUINTESSÊNCIA
Naquele dia, o Mago Princival tinha acordado com uma estranha sensação de que algo muito importante aconteceria. A noite anterior tinha sido muito agitada, envolvida por pesadelos de todos os tipos e ele, como Mago que era, sabia que tinha algo de verídico em tudo aquilo...
A princípio, ele tinha meditado sobre os pesadelos e se deu conta de que, em todos eles, percebera sempre algo estranho: uma corrente de ouro, com um pingente, em forma de Pentagrama.
Mas ele também notara que o Pentagrama não possuía brilho algum, e algo lhe dizia que ali havia uma resposta. Por isso, ele procurou em seus pergaminhos antigos, algum indício ou pista que o levasse à solução desse mistério.
Após muitas horas de pesquisas infrutíferas, eis que ele encontrou um texto, muito antigo, sobre um amuleto mágico, chamado Pentagrama da Quintessência. Segundo o texto, esse amuleto havia desaparecido, durante muito tempo, e reencontrado tempos depois. Ele tinha sido forjado por um Mago poderosíssimo: Merlin, em pessoa.
Princival sabia que ali estava algo em que pensar: o Mago Merlin, o poderosíssimo Mago Merlin, tinha forjado um pingente em forma de Pentagrama, mas ele tinha desaparecido. Será que o sonho era uma presságio?
Mas, por onde procurar? Tudo era meio estranho...Enquanto pensava nisso, o Mago olhava para a ilustração que mostrava como era o pingente, e percebeu algo: havia alguma coisa escrita no circulo que rodeava o Pentagrama, e nele estava escrito alguma coisa. Forçou a visão, e percebeu que era latim: "Litterae non entrant sine sanguine" ("A letra, com sangue, entra").
Princival pensou muito no que significavam aquelas palavras. Enquanto isso, olhava um mapa, que estava na parede. Foi nesse momento que percebeu o significado: Bludeler era uma ilhota que ficava perto de onde ele estava, mais ao Norte. Bludeler, ou Blood Letter, ou "Letra de Sangue"! Tinha que ser lá!
Na manhãseguinte, o Mago partiu para a Ilha de Bludeler. Lá chegando, começou a procurar por algum sinal que lhe desse uma resposta.
Mas algo lhe dizia que ele teria que fazer um pequeno Sacrifício de Sangue: derramar uma gota de seu sangue, em troca de uma pista. Assim, ele falou palavra antiquíssimas, fez um pequeno corte no dedo e deixou uma gota cair ao solo. Ela caiu e rolou, sem semisturar com a terra, até parar num determinado ponto.
Ali, Princival cavou, e encontrou um RUBI, símbolo do FOGO. Ele sabia que deveria seruma das pedras que deveria estar no pingente.
Em seguida, fez um desenho da ilha, e "visualizou" um Pentagrama.
Pelo desenho, andou em direção Oeste, deu dez passos e cavou, até encontrar uma ESMERALDA, símbolo da TERRA.
Depois, caminhou para Norte, cavou e encontrou um TOPÁZIO, símbolo do AR, e para Leste, onde encontrou uma ÁGUA-MARINHA, símbolo da ÁGUA.
Por ultimo, Princival foi na ponta do "Espírito", e encontrou um DIAMANTE. E no centro do desenho estava o Pingente.
E assim, ali estavam todas as partes em suas mãos. Em seguida, ele começou a colocar cada pedra em seu devido lugar. Mas a cada pedra que encaixava, mais a ilha tremia...Quando colocou a última, que era o Diamante do Espírito, a ilha toda tremeu, uma cratera se abriu, e dela saiu um ser horrendo, gigantesco, todo enlameado.
O ser veio em sua direção, e deu um safanão, que atirou Princival longe. Ele sabia que aquele deveria ser um guardião do Pingente, invocado por Merlin para protegê-lo.
Mas Princival teria que usar sua capacidade de Mago, sua sabedoria, para derrotar o monstro, pois ele era mágico, e força física não o derrotaria. E foi nesse momento que ele lembrou das palavras em latim: "letra" e "sangue". E ele conhecia uma magia chamada "Sanguinum", que usava um amuleto poderoso, para desmanchar outras magias. Ele nunca soube que amuleto era esse, até agora...
Levantando-se rapidamente, Princival apontou o pingente em direção ao monstro e proferiu as palavras do sortilégio. Quando falou a última, saiu um raio do pingente, que iluminou tudo ao redor, e destroçou a criatura...
Princival bateu a poeira de sua roupa, olhou para o pingente, guardou-o em seu bolso, e se encaminhou para sua casa. Seu pensamento sore o que acontecera foi: "acho que alguém queria que eu fosse o novo guardião desse amuleto. Respeitado Mago Merlin, espero ser eficiente, nessa tarefa..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário